quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Virtualização de desktops: conheça os 5 erros mais comuns

Pouca compreensão sobre o modelo e falta de integração à estratégia de negócios prejudica os resultados da iniciativa.

Por Natalie Lambert*, da Forrester Research, para a CIO/EUA
05 de agosto de 2009 - 09h13

A virtualização de desktops (modelo pelo qual terminais simples de acesso substituem computadores tradicionais e são interligados à infraestrutura de armazenamento virtual da companhia – conceito conhecido em inglês por thin clients) há algum tempo tem conquistado um espaço nas empresas. No entanto, ainda existe muita dúvida quanto à adoção desse padrão tecnológico e às questões sobre segurança das informações, acesso remoto às aplicações e gerenciamento do novo ambiente.

Muitos profissionais de TI esquecem que só com um profundo conhecimento sobre a virtualização de equipamentos poderão tirar todos os benefícios desejados por esse tipo de plataforma. Na maior parte dos casos, os CIOs “caem na conversa” dos fornecedores que oferecem soluções mágicas, capazes de reduzir custos operacionais e melhorar a proteção de dados de uma só vez.

Com base na experiência como consultora de negócios e TI da Forrester Research, listei os cinco equívocos dos gestores de tecnologia ao optarem pela virtualização de desktops. Seguem eles:

1. Achar que uma única solução contemplará todas as necessidades do negócio: os usuários ainda esperam que exista uma ferramenta capaz fazê-los alcançar todos os benefícios relativos à virtualização de desktops - desde a redução do custos de manutenção do parque de máquinas dos colaboradores, até a melhoria do acesso remoto à rede corporativa. No entanto, para atingir essas condições é necessária a aquisição de diversas tecnologias e a contratação de muitos prestadores serviços.

2. Pensar que, com a virtualização, aumentarão os riscos relativos à proteção dos dados: todo mundo já deve ter ouvido que o ponto fraco da virtualização é a segurança, mas, na realidade, as informações corporativas tornam-se bem mais protegidas por meio dos desktops virtuais – já que, com essa estrutura, todos os dados sensíveis deixam de ficar armazenados nos próprios dispositivos, os quais podem ser roubados ou perdidos. Com o ambiente virtual, somente os usuários autorizados poderão acessar informações críticas do negócio.

3. Julgar a virtualização como uma forma diferente de empacotar as mesmas soluções: para ter sucesso nesse processo de migração é preciso entender que, uma vez virtualizados, os desktops deverão ser gerenciados de maneira diferente. Antes da virtualização, por exemplo, as aplicações ficavam completamente separadas umas das outras na infraestrutura corporativa – o que pode ser bom, já que evita conflitos. Porém, quando virtualizadas, essas mesmas aplicações precisam ser adaptadas ao novo padrão de modo que sejam capazes de transacionar os dados armazenados do ambiente virtual ao usuário – no thin client.

4. Basear a estratégia de virtualização de desktops na redução de custos: atenção, pois os nove meses necessários para o retorno sobre investimento em virtualização prometidos pelos fornecedores raramente são verdadeiros. O período varia de acordo com o usuário e pode chegar a durar até quatro anos. Por isso, ao apresentar a proposta de virtualização ao alto comando da companhia, os CIOs devem direcionar a atenção dos diretores ao benefícios operacionais que a adoção do modelo pode trazer – como a facilidade de gerenciamento, melhoria no acesso remoto dos usuários à rede da empresa, entre outros.

5. Achar que o desenvolvimento de um ambiente virtual é simples: seria maravilhoso se todas as aplicações pudessem ser inseridas na estratégia de virtualização. No entanto, muitas soluções não funcionam bem nesse modelo e, por isso, é importante que os gestores de TI estejam atentos a essas particularidades ao fechar contrato com os fornecedores.

*Natalie Lambert é analista da consultoria e instituto de pesquisas Forrester Reseach

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