quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Brasil está longe de atingir maturidade de infraestrutura em TI

Foi o que revelou estudo inédito, realizado pelas consultorias IDC e Accenture, que ouviu 150 das maiores empresas instaladas no País.

Por Andrea Giardino, da Computerworld
24 de setembro de 2009 - 14h27

A nata das empresas que atuam no Brasil ainda está aquém de atingir o nível de maturidade desejado quanto ao uso de infraestrutura de tecnologia da informação (TI). Pelo menos essa foi a constatação feita pelo estudo Brazil Infrastructure Maturity X-Ray, divulgado na última quarta-feira (23/9), pela consultoria Accenture e pelo instituto de pesquisa IDC.

Inédito no País, o levantamento ouviu 150 companhias de grande porte, em agosto e durante todo este mês de setembro. Seu principal objetivo foi mapear o cenário da TI das empresas e medir o grau de evolução tecnológica de suas operações.

O Brasil apresentou nível 2,4 de maturidade, enquanto a média mundial é 4. “O esperado é que chegássemos, pelo menos, a nível 3”, afirma o gerente sênior da Accenture, Jesus Lopes Aros.

A avaliação teve como pano de fundo as melhores práticas de gestão de TI, a biblioteca ITIL (do inglês Information Technology Infraestructured Library), considerada hoje a espinha dorsal dos projetos de infraestrutura. Embora o mesmo estudo revele que 50% dos entrevistados dominem o padrão ITIL, quando o ideal seria que esse índice fosse de, no mínimo, 75%.

A metodologia envolve níveis que vão de 1 a 5 – informal, repetido, definido, controlado e otimizado. “Esse cenário é preocupante já que o Brasil desponta como uma das economias que mais crescem em investimentos de TI e Telecomunicações, superando os países da América Latina e deixando para trás Coréia e Índia, entre os emergentes”, explica Roberto Gutierrez, diretor da IDC.

De acordo com o consultor da Accenture, um ponto relevante a observar é de que forma o orçamento de TI vem sendo usado. Atualmente, há uma concentração em gastos ligados a manutenção do parque instalado.

Ou seja, do total de empresas ouvidas, 35% dos investimentos são destinados à infraestrutura existente. “Quando deveríamos ter ações voltadas a melhorias dos processos de gestão e inovação”, destaca Aron.

A pesquisa aponta também as políticas de TI Verde ainda estão em fase incipiente. A média de maturidade no Brasil ficou na casa dos 2,3, muito abaixo dos 3 desejáveis. “Muito se fala em política de sustentabilidade, mas as empresas não acordarão para importância do tema”, diz Gutierrez.

Médias empresas devem adotar de forma maciça a RFID

Segundo um dos principais líderes dos EUA em pesquisas sobre a tecnologia, já há como obter soluções de RFID viáveis, capazes de trazer retorno sobre o investimento.

Por Rodrigo Afonso, da COMPUTERWORLD
28 de setembro de 2009 - 07h00

Há tempos se fala da revolução que a tecnologia RFID (identificação por rádiofrequência) pode trazer para processos produtivos de diversos setores da economia. De fato, as etiquetas estão presentes com sucesso em diversas aplicações, como o conhecido dispositivo que libera a passagem em pedágios e estacionamentos quando um automóvel se aproxima ( o Sem Parar).

Trata-se, no entanto, de uma etiqueta ativa, de custo elevado e que precisa de alimentação de energia para funcionar. A maior revolução está na etiqueta passiva, que pode ser aplicada em grandes volumes, mas precisa passar perto de uma antena que fornece energia para a realização de sua leitura.

De acordo com o professor da Universidade de Los Angeles (UCLA) e fundador do Wireless Media Lab da mesma instituição, Rajit Gadh, as médias empresas serão as que terão mais condições de aderir à tecnologia em larga escala. "As pequenas não têm poder de investimento e as grandes, apesar de contribuir para a discussão, implementam lentamente a tecnologia devido ao seu porte", afirma.

O pesquisador, que estará no País para o IV Simpósio de Soluções em Negócios em RFID, no final de outubro, em São Paulo, acredita que a tecnologia pode ajudar essas empresas a se tornarem mais produtivas e manterem a eficiência por meio de redução de estoque, melhor gerenciamento de ativos, redução do tamanho das instalações, entre outras vantagens.

Um dos trabalhos do professor é discutir com diferentes organizações o desenvolvimento de aplicativos de RFID usando a plataforma WinRFID Middleware, que funciona com vários padrões e protocolos. Na sua opinião, a tecnologia vive hoje um momento propício para decolar, já que os preços das etiquetas e dos leitores diminuiu o suficiente, enquanto o middleware teve os custos com desenvolvimento e a integração de software reduzidos.

“Já há como se obter no mercado soluções completas, financeiramente viáveis e capazes de oferecer retorno sobre investimento (ROI) no curto e médio prazo", afirma Gadh. Apesar de já haver possibilidade de retorno, ainda é necessário estudar caso a caso para saber até que ponto é viável sua adoção, defende o professor.

Com o grande número de padrões que ainda existem hoje, situação similar ao que a telefonia celular viveu nos anos 80, o custo das etiquetas pode variar entre 10 centavos de dólar e 10 dólares. "Há situações em que as etiquetas mais caras compensam e as mais baratas não oferecem benefício financeiro”, diz Gadh.

O professor, no entanto, é otimista ao prever o futuro da tecnologia. “As etiquetas podem chegar a décimos de centavos e os leitores a 10 dólares". Os valores seriam garantia de retorno e adoção maciça.

A RFID também está sendo desenvolvida para apoiar a implantação do Smart Grid, outra tecnologia que está sendo amplamente discutida. Atualmente, o Smart Grid é um empreendimento importante nos Estados Unidos, com cerca de 4,5 bilhões de investimentos determinados pelo presidente Obama.

"Faz parte da evolução da RFID, de uma tecnologia de inventário para uma ferramenta de computação, monitoração e controle", diz Gahd. A tecnologia oferece oportunidades também na área de saúde e administração hospitalar, razões pelas quais ela deve contar, também, com investimentos governamentais.


Aplicações

Embora seja uma tecnologia em maturação, a RFID já é responsável por alguns casos de sucesso no Brasil e no mundo. Um dos mais representativos do país é o da HP, que passou por uma longa fase de desenvolvimento até conseguir aplicar a tecnologia para realização de inventário em sua linha de impressoras.

"Com o apoio do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em RFID da HP, conseguimos ler 100% das impressoras etiquetadas quando elas passam pela leitura, sem que a movimentação da linha de produção seja interrompida", afirma o gerente de operações para o Mercosul na HP Brasil, Marcelo Pandini .

O sucesso se traduziu em economia de espaço e retrato mais fiel sobre a situação do estoque da companhia. Para Pandini, ainda há muito espaço para que a RFID traga ganhos operacionais para sua área específica. O executivo já vislumbra prateleiras inteligentes, com informações sobre estoque de parceiros do varejo, que ajudarão a fazer análises e a melhorar a cadeia de fornecimento.

"Uma solução dessas com a tecnologia 3G embarcada poderia levar informações em tempo real para o varejo e para os fornecedores, gerando retornos fantásticos", diz.

Na Fundação Bradesco, a RFID já é utilizada para o controle de frequência de mais de 110 mil alunos e dos professores da instituição. As informações são processadas em uma central de gestão integrada, tornando- se essencial para a empresa avaliar seu desempenho e de seus profissionais.

77% dos sites com código malicioso são legítimos

Em 2008, número de páginas com links questionáveis teve crescimento de 671%. Sites com conteúdo de usuários estão entre os mais arriscados.

Por Rodrigo Afonso, da COMPUTERWORLD
25 de setembro de 2009 - 19h35

O portal da operadora de telecomunicações Vivo sofreu, no começo do mês, ação de um programa malicioso instalado por criminosos virtuais. Os hackers queriam aplicar golpes financeiros, colocando todos os usuários do site em risco e, consequentente, as empresas de onde partem acessos.

Apesar desse caso específico ter causado uma grande repercussão, situações do tipo são muito mais comuns do que se imagina. Segundo levantamento realizado pela empresa de segurança Websense, 77% de todos os sites que contêm códigos maliciosos são páginas legítimas, comprometidas com ataques de terceiros.

Segundo a companhia, os laboratórios da empresa detectaram um crescimento de 233% na quantidade de sites maliciosos no último semestre e crescimento de 671% durante o ano de 2008. De acordo com o engenheiro sênior de sistemas para a América Latina da Websense, Fernando Fontão, “os criminosos virtuais estão buscando retorno financeiro de suas atividades, o que justifica o aumento nos ataques direcionados”. Assim, faz sentido que sites como o da Vivo sejam o alvo desse tipo de ataque.

Para fazer a análise, a empresa dividiu os sites em três categorias: os 100 mais visitados, grupo ao qual pertencem grandes portais e redes sociais, o milhão de sites mais visitados, geralmente de notícias e com conteúdo regional e a “cauda longa” da internet, que inclui todos os demais, com sites que têm foco em fraudes e com conteúdo questionável.

O tipo de conteúdo, aliás, diz muito sobre os riscos que se corre ao visitar a página. 69% de todos os sites com conteúdo adulto, de apostas e com informações ilegais continham ao menos um link malicioso. E pior, 95% dos comentários gerados por usuários de blogs, salas de bate-papo e outros recursos das redes sociais eram spam ou levavam a sites maliciosos. Esse dado fica mais assustador quando se leva em conta que 47% dos 100 sites mais visitados recebem conteúdo de usuários.

Gestão de equipes afeta resultado das empresas, diz pesquisa

De acordo com a consultoria Hay Group, companhias onde líderes investem em ações de engajamento e capacitação de funcionários conseguem crescimento até 4,5 vezes maior

Por Redação CIO Brasil
25 de setembro de 2009 - 18h30

Funcionários engajados e motivados sempre foram uma fórmula de sucesso para qualquer organização. Mas um levantamento global realizado pela consultoria norte-americana Hay Group International mostra que as empresas onde os líderes mais investem em ações para estimular as equipes conseguem resultados melhores, em termos de crescimento de receita, atendimento aos clientes e retenção de talentos.

Segundo o relatório da Hay Group, as companhias que, apesar da crise, mantiveram os investimentos em ações voltadas a capacitar os profissionais e engajá-los - por meio de uma comunicação clara e honesta das lideranças - tiveram resultados efetivamente melhores durante o período de turbulência econômica.

Para chegar a essas conclusões, a consultoria ouviu, entre o final de 2008 e início deste ano, organizações de diversos segmentos em todo o mundo e cruzou os dados com entrevistadas realizadas com cerca de mil funcionários dessas organizações.

Entre as companhias consultadas pelo estudo, as que tiveram estratégias mais agressivas de engajamento dos funcionários conseguiram um crescimento de receitas até 2,5 vezes maior durante a crise do que aquelas nas quais essa não foi uma preocupação. Já no caso das organizações que mesclaram essa atividade com investimentos em capacitação, esse índice salta para 4,5 vezes.

Da mesma forma, o levantamento aponta que as empresas mais bem colocadas no ranking de ações para engajamento e capacitação das equipes devem ter um retorno, sobre investimentos e valor de ações, 40% a 60% mais alto do que a média do mercado, em um prazo de cinco anos. Também entre essas organizações, o índice de satisfação dos clientes é 54% melhor do que os demais.

Por fim, o levantamento da Hay Group mostra que o turnover (movimento de troca de profissionais) é 54% menor entre as organizações que se destacam por suas políticas para engajar e capacitar equipes.

Nova solução avalia riscos de operaçóes em grid computing

segunda-feira, 28 de setembro de 2009, 12h21 - TI Inside

Um consórcio multinacional formado por instituições e empresas européias de TI desenvolveram o AssessGrid. Software que permite a avaliação do risco na utilização da tecnologia Grid. No projeto de desenvolvimento participaram Atos Orgin (França), IAMSR ABO Akademi University (Finlandia), CETIC (Bélgica), Universidad de Leeds (Reino Unido), Paderborn Center for Parallel Computing (Alemanha), Technical University Berlin (Alemanha), TUV Rheinland Group (Alemanha) e Winkor Nixdorf (Alemanha).
O AssessGrid é uma ferramenta que proporciona a capacidade, tanto para provedores como usuários, de avaliação do risco do negócio associado à prestação de um serviço especifico baseado na tecnologia grid, que, por sua vez, possibilita ao usuário utilizar uma capacidade extra de informação para acelerar o desenvolvimento de projetos complexos, obtendo acesso a recursos compartilhados de vários computadores remotos.
O consórcio que impulsiona o AssessGrid tem desenhado e desenvolvido um marco de Service Level Agreements (SLAs), onde cada usuário pode escolher o seu fornecedor com base na qualidade e no preço oferecidos, além de apresentar uma extensão de utilidades informáticas e atuar como um broker de Grid Computing. O acesso ao software é feito através de um portal na internet onde os usuários podem realizar comparações de diferentes fornecedores antes da sua eleição. O software piloto já esta sendo utilizado na Europa com possibilidades de adaptação para os demais países do grupo.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Gartner: erros de gestão comprometem políticas de segurança

Gestores de TI falham ao planejar estratégias com base na oferta dos fornecedores sem comunicar melhores práticas aos usuários.

Por Redação CIO Brasil
23 de setembro de 2009 - 08h15

O sucesso das políticas de segurança da informação depende de diversos fatores, que vão desde a liberação dos investimentos necessários até a criação de regras voltadas à proteção de dados e à prevenção de incidentes. De acordo com recente levantamento da consultoria Gartner, no entanto, os principais erros cometidos pelas organizações estão ligados à gestão das políticas de segurança.

Para esclarecer quais são as principais atitudes que devem ser evitadas, o Gartner listou os três equívocos mais comuns que os CIOs ou gestores da área de segurança da informação cometem na hora de gerenciar as políticas:

1. Não avaliar cada caso como único: é impossível que as unidades de negócio consigam ter o mesmo nível de proteção com a utilização de ferramentas similares. Cada departamento possui particularidades que podem gerar mais ou menos ameaças às companhias. O gestor de TI ou de segurança deve conhecer muito bem a realidade de cada setor da companhia para estabelecer estratégias que contemplem todos os segmentos com a mesma eficiência.

2. Fazer planos com base em ofertas de fornecedores: mesmo que a indústria esteja lançando uma solução fantástica, não significa que ela será necessária para todas as empresas. O CIO deve entender as necessidades das áreas de negócio para, então, identificar quais soluções podem ser utilizadas para saná-las. Se os gerentes departamentais não conseguirem expor objetivamente seus cenários em termos de segurança, um profissional mais capacitado deve mediar a conversa.

3. Não comunicar claramente as políticas de segurança às unidades de negócio: CIOs devem desenvolver mecanismos para expressar de forma clara e articulada quais são as regras voltadas à proteção de dados. Isso porque, sem que os usuários entendam a importância das normas para o resultado da operação não as respeitarão.

Bunge usa ferramenta de TI para fomentar inovação

terça-feira, 22 de setembro de 2009, 21h54 - TI Inside

A Bunge Alimentos acaba de implantar a solução i9Plus com o objetivo de atender o programa de inovação da multinacional chamada Inova Bunge, que é um banco de ideias disponível para toda a empresa e coordenado pela área de Projetos de Inovação a partir dos Comitês de Inovação. A meta é fomentar todos os setores da empresa a gerar ideias que tragam retorno financeiro e tornem a tornem mais competitiva e sustentável.

“Queremos consolidar uma cultura de inovação na Bunge e esperamos que o i9Plus possa contribuir nesse processo”, disse Wanderley Correia, gerente de Projetos de Inovação. Em 23 meses de implantação do programa Inova Bunge, a empresa recebeu 7.490 ideias.

Segundo Márcio Silveira, diretor da e-Core, o i9Plus é uma solução que motiva a geração e circulação de ideias em um processo bem estruturado e com resultados mensuráveis. No novo sistema, o usuário final pode visualizar todos os feedbacks enviados a ele por meio dos comitês, acompanhar sua pontuação no programa e também pode solicitar diretamente os prêmios. Já para os integrantes dos comitês, a e-Core desenvolveu uma nova interface com gráficos personalizados que permitem verificar todas as informações de uma maneira mais rápida, simples, concisa e dinâmica.

O aplicativo pode ser acessado pelos colaboradores da área comercial através do palmtop, mantendo as mesmas funcionalidades do site, mas com um formato de página desenvolvido especialmente para este fim.

“O novo sistema facilita o gerenciamento de projetos, tanto que ele permite criar tarefas e junto a elas anexar os arquivos que efetivamente conterão os dados do projeto. Além disso, é possível acompanhar as atividades em ‘execução’, em ‘atraso’ e ‘finalizadas’. Somado a isso, teremos os cálculos de retorno financeiro que permitirão a Bunge Alimentos classificar e dimensionar o seu “pipeline” de inovação”, detalhou Rogério Pieritz, coordenador de Projetos de Inovação.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Acordo, contrato ou imposição de nível de serviço?

segunda-feira, 21 de setembro de 2009, 15h00 - TI Inside

Após vários anos trabalhando nesse segmento, vejo muitas vezes a mesma situação se repetir: os Gestores ansiosos na implementação de níveis de serviço e afoitos em definir tempos e prazos para atendimento e resposta. Mas tenho na memória as respostas a uma pergunta que sempre fiz em treinamentos: Alguém poderia me explicar o que entende por SLA? E é sempre comum ouvir algo do tipo, “SLA é algo assim: eu tenho 30 minutos pra resolver o problema do Diretor da empresa”.

Boa parte das pessoas associa SLA a funções e posições dentro da corporação. Entendem o conceito como um privilégio hierárquico e, na verdade, a definição e constituição de um SLA vão muito além.

Sem desmerecer o pensamento hierárquico, que é de fato importante, pois existem pessoas que tem a responsabilidade de realizar ações estratégicas e vitais para o negócio. Mas, como o próprio nome já diz, SLA significa Service Level Agreement (Acordo de Nível de Serviço). É um acordo, um contrato que é definido em cima daquilo que você, como prestador do serviço, tem condições de cumprir e, por outro lado, atende as necessidades de quem é o cliente do serviço.

É muito comum a criação de SLAs fantasia. Digo fantasia porque é desenvolvida sem levantamentos das necessidades, fazendo com que a falta de informação impossibilite o cumprimento desses prazos. Como vou prometer que atenderei um determinado cliente em 30 minutos se levo, no mínimo, 25 para chegar ao local onde ele está? Com isso, o que acaba acontecendo é que os prazos (definidos anteriormente sem planejamento) não são cumpridos e a frustração é inevitável. E, como não poderia deixar de ser, o crédito da TI vai por “terra”.

Mas, por onde devemos começar? Acredito que entendendo a seguinte questão: mais do que ver pela posição hierárquica dentro da corporação, é preciso pensar, em primeiro lugar, no que compromete a atividade fim da empresa. Isso mesmo, o que é vital para o negócio? Como por exemplo, podemos verificar: linhas de produção? Expedição? Faturamento? É essencial analisar os sistemas e serviços críticos que interferem no bom funcionamento desse organismo.

Outro ponto importante: eu consigo atender esses prazos? Possuo recursos para atender essas necessidades? O acesso a essas áreas está ao meu alcance nesse intervalo de tempo? Se houve alguma dúvida quanto a essas perguntas, certamente a aplicação de um SLA precisa ser melhor discutida entre as partes para que o cliente forneça recursos para cumprimento do que foi acordado ou, ainda, dê um prazo aceitável para que o acordado possa ser cumprido.

Não adianta ter um bom sistema para que os SLAs sejam gerenciados. Se não foi planejado e estudado com todas as hipóteses analisadas para o seu cumprimento, o que será visto nos gráficos, dashboards e indicadores de performance será claro quanto a sua ineficiência. Cabe a nós aplicarmos: Estudo, conhecimento do negócio e da estrutura e diálogo para que realmente seja criado um Acordo só trará benefícios tanto para TI como para os usuários dos serviços que ela mesma presta.

*Everton de Lima é Gerente Regional de Suporte da Automidia, empresa brasileira especializada no desenvolvimento de softwares para gerenciamento de serviços e controle de ativos.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Empresas estão mais exigentes na hora de contratar

Apesar do mercado de TI enfrentar um déficit de profissionais, companhias buscam conhecimento mais especializado e valorizam perfil comportamental.

Por Andrea Giardino, da Computerworld
15 de setembro de 2009 - 07h00

As empresas estão mais exigentes na hora de contratar, mesmo as de tecnologia da informação (TI) que continuam enfrentando um déficit de profissionais qualificados. A realidade é bem outra depois da crise.

Consenso entre os presidentes das companhias, diretores de RH e consultorias especializadas em recrutamento. Na Totvs, uma das maiores empresas brasileiras de softwares de gestão, o nível de exigência nos processos de contratação continua forte.

O ingrediente novo é a busca por talentos que tenham um perfil comportamental alinhado com o da companhia. Ou seja, características como proatividade, senso de urgência, capacidade de reagir prontamente e trabalhar de forma acelerada.

“Queremos pessoas que percebam o que deve ser feito e ao resolverem, sejam percebidos na empresa por terem resolvido”, afirma Maria de Fátima Albuquerque, diretora de relações humanas da Totvs.

Com uma visão clara sobre o perfil do profissional que a Totvs quer, ela ressalta que foi reforçado o desenho interno das habilidades e competências ideais.

Hoje, Maria de Fátima conta que o foco é na identificação das características pessoais que devem acompanhar as dos executivos. “Fizemos um extenso mapeamento e, por essa razão, adotamos a estratégia de contratar em volume na camada mais baixa da pirâmide”, afirma.

São esses profissionais juniores – estagiários e trainees - que acabam sendo formados dentro de casa para assumirem cargos estratégicos no futuro. “A maior vantagem é ter gente com a nossa cultura e atuando diante das perspectivas de gestão que temos”.

Henrique Gamba, consultor sênior da divisão de TI da empresa de recrutamento Hays, ressalta que competências como flexibilidade de lidar com problemas de diversas naturezas, gerenciar equipes, trabalhar em grupo, saber tomar decisões complexas e ter iniciativa passaram a ser pré-requisitos no momento da contratação.

“Sem contar que o domínio de línguas se tornou fator preponderante e ter certificações é obrigatório para quem te perfil mais técnico”, define Gamba.

Para Claudia Barronca, gerente de RH da Topmind, consultoria em TI e de recrutamento, a crise afetou os processos seletivos no aspecto de se cobrar dos candidatos um perfil multitarefas. "As empresas querem que as pessoas assumam funções além das quais foram contratadas", diz.

José Luiz Rossi, CEO da CPM Braxis, empresa de serviços em TI, afirma que o cenário mudou e a alta rotatividade “voluntária” - como classifica para a saída de funcionários que aceitam convites externos – diminuiu. “Fenômeno que reflete na redução de escassez de profissionais”, afirma.

Só este ano, Rossi explica que foram contratadas 900 pessoas e o grau de exigência se aplica a todos os níveis de funcionários – sejam trainees ou gerentes.

“No caso de profissionais com perfil mais técnico, não tem jeito, ele precisa cada vez mais estar atualizados nas novas tecnologias que surgem”, diz. “Quem para de se atualizar se torna obsoleto, seu conhecimento passa a ser ‘comoditizado’ e acaba tendo menor valor no mercado”.

Apenas 38% das empresas brasileiras têm governança de TI

Para Peter Weill, do MIT, no País, apenas as organizações do setor financeiro e as empresas de mineração mostraram sinais de evolução nas métricas e nos processos para controle das operações de tecnologia da informação

Por Patrícia Lisboa, da CIO Brasil
15 de setembro de 2009 - 08h52

No Brasil, cerca de 38% das grandes corporações possuem projetos estruturados de governança de TI, ao passo que esse índice salta para 95% quando analisadas as melhores práticas na área de finanças. Os dados, que fazem parte de estudo realizado pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT) e foram apresentados a CIOs brasileiros pelo presidente do conselho e pesquisador-sênior do Centro para Pesquisas em Tecnologia da Informação do MIT, Peter Weill. De acordo com o especialista, os números confirmam uma falta da maturidade das companhias brasileiras em relação à gestão do desempenho dos departamentos de TI.

Weill, que é autor do livro “IT Governance: How Top Performers Manage IT Decision Rights for Superior Results” (Governança de TI: Tecnologia da Informação, em português), defende que, embora a crise tenha aberto os olhos dos executivos quanto à importância das políticas de governança, no Brasil, apenas empresas dos setores financeiro e minerador evoluíram efetivamente no desenvolvimento de métricas e de processos para controle das operações de tecnologia da informação.

Ele destaca ainda que a chave para elaborar um projeto eficaz de governança de TI é “fazer tudo do modo mais simples possível”. Para tanto, Weill aponta quais são os quatro passos fundamentais que devem ser seguidos no processo de desenvolvimento das políticas:

1. Buscar o alinhamento com as áreas de negócios: de acordo com o especialista, antes de iniciar a elaboração do projeto de governança, os CIOs precisam conhecer profundamente a estratégia dos demais departamentos da organização. “Só assim saberão como estipular objetivos que realmente tragam resultados para o negócio”, diz ele.

2. Mapear projetos e serviços de TI: os CIOs devem mapear formalmente todos seus ativos e, principalmente, identificar redundâncias e aquilo que pode ser eliminado. “Dessa forma, reduzindo custos, ganharão a confiança dos gestores das demais áreas e mostrarão que não são apenas um centro de custos da companhia”, explica Weill.

3. Estebelecer prioridades: depois de eliminar o que é dispensável, os gestores de TI devem priorizar os projetos e serviços do departamento de acordo com a estratégia do negócio e buscando, sempre, a valorização da companhia perante o cliente final.

4. Acompanhar resultados: o CIOs devem avaliar as políticas de governança trimestralmente para, então, estipular metas mais factíveis à equipe e identificar fatores que atrapalham o desempenho da área, bem como a tomada de decisão por parte das lideranças.

5 dicas para evitar perda de dados confidenciais

Mesmo com todos os investimentos em segurança de perímetro, as informações confidenciais das empresas ainda vazam por culpa dos usuários. Confira dicas para evitar que as falhas ocorram.

Por Rodrigo Afonso, da COMPUTERWORLD
14 de setembro de 2009 - 17h40

Líderes empresariais muitas vezes queixam-se de que fizeram altos investimentos em tecnologia para segurança da informação, mas continuam enfrentando problemas com vazamento de informações. A maior parte desses vazamentos ocorre por erros cometidos pelos usuários.

Segundo Marcelo Brunner, especialista em prevenção a perda de dados da EZ-Security, o surgimento de novas tecnologias, denominadas DLP (Data Loss Preventon), é um dos indicativos de que as empresas começam a se preocupar com o assunto.

Para aconselhar as empresas e seus funcionários sobre segurança da informação, Brunner deu cinco dicas que podem ajudar a evitar prejuízos:

1 – Cuidado ao armazenar informações confidenciais na redes sem qualquer restrição de leitura e escrita.

2 – Não envie documentos e planilhas para e-mails pessoais. Os arquivos vão parar em ambiente inseguro, como o computador doméstico do funcionário, e podem vazar.

3 – Evite ao máximo copiar informações críticas para dispositivos móveis, como pendrives, celulares, HDs externos etc. Se for imprescindível, utilize técnicas de proteção ou criptografia.

4 – Mantenha o computador bloqueado quando não estiver por perto, evitando que pessoas não autorizadas acessem seus arquivos confidenciais.

5 – Cuidado ao conversar sobre assuntos confidenciais em locais públicos, como restaurantes e cafés. Muitas pessoas não se atentam para esse detalhe, mas podem estar perto de concorrentes, fornecedores e clientes.

Universidade reduz custos com centro de serviços compartilhados

O projeto deve resultar em uma redução de 35% nos gastos das oito entidades de ensino superior que participam do projeto

Por Tatiana Americano, CIO Brasil
14 de setembro de 2009 - 08h40

A necessidade de lidar com uma concorrência cada vez mais acirrada entre as universidades privadas brasileiras, somada à exigência de reduzir custos, levou oito entidades de ensino superior ligadas às Instituições Metodistas – que hoje contemplam 58 estabelecimentos de ensino em todo o País – a criar um Centro de Serviços Compartilhados (CSC).

Localizado no campus da Universidade Metodista em São Bernardo do Campo (SP), o CSC vai concentrar as atividades de TI, finanças, recursos humanos e contas a pagar e a receber das oito entidades que participam do projeto. Este último, começou a ser implementado em dezembro de 2008 e deve ser concluído até meados do próximo ano.

No caso específico da TI, o centro de serviços contempla a criação de um data center no qual vão ser processadas as informações dos 70 mil alunos que fazem parte das entidades envolvidas. Além disso, o CSC deve padronizar todos os processos e sistemas das diversas unidades, espalhadas em 27 campi.

O processo, conta o responsável pela implementação do CSC e diretor de tecnologia e informação da Universidade Metodista, Daví Nelson Betts, começou com a adoção de um novo padrão de processos e sistemas de TI e telecom na sede do centro. “E estamos replicando o modelo para os demais campi”, afirma Betts.

Ao todo, 172 profissionais estão diretamente envolvidos com o projeto. E a equipe inclui, além do time que está localizado no CSC, equipes avançadas, que vão suportar as operações em cada uma das instituições.

Mesmo sem revelar os gastos totais previstos no projeto, o diretor calcula que quando o centro estiver totalmente implementado existe a expectativa de uma redução de 35% nos custos relacionados à TI.

Outro ganho direto, segundo Betts, vai a possibilidade de compartilhar as melhores práticas e os sistemas que hoje já rodam em cada uma das universidades.

Saiba como definir metas eficientes para sua empresa

Corporações precisam de lideranças que mesclem habilidades estratégicas e experiência prática.

Por CIO/EUA
14 de setembro de 2009 - 08h35

“Dê-me um ajudante de serviços gerais com um objetivo de vida e eu o devolverei como um homem que fez história ou, então, me passe um executivo sem um objetivo e eu o devolverei como um ajudante de serviços gerais.” Essa frase é atribuída a James Cash Penney que, em 1902, fundou a rede de varejo J.C.Penney Stores e tornou-se um dos maiores milionários dos Estados Unidos naquele século.

Por décadas, as palavras desse empreendedor foram repetidas nas universidades de todo o mundo com o intuito de mostrar aos alunos as virtudes de se estabelecer metas audaciosas na vida.

Gerações inteiras cresceram apoiadas na teoria de que quanto mais ambiciosos, melhores eram os objetivos de uma pessoa e as chances de alcançá-los. No entanto, de acordo com o professor de gestão da informação da Universidade da Pensilvânia (nos Estados Unidos), Maurice Schweitzer, muitos dos modernos fracassos corporativos foram ocasionados, justamente, pelo estabelecimento de metas rígidas por líderes que não tiveram a agilidade de reformulá-las no meio do caminho.

Um exemplo dessa situação aconteceu na General Motors (GM) quando um diretor estabeleceu que a equipe de vendas deveria dobrar o número de unidades comercializadas em seis meses. “Para chegar ao objetivo, os vendedores passaram a negociar carros com compradores sem crédito comprovado”, diz Schweitzer, que complementa: “Com isso, uma gestão irresponsável sacrificou a lucratividade em nome de um objetivo inalcançável de formas éticas.”

Estabelecer metas não é ruim, mas torna-se necessário, também, desenvolver mecanismos para acompanhar a performance da equipe durante o período estipulado, bem como os movimentos do mercado no qual a companhia está inserida.

No que diz respeito ao monitoramento do desempenho dos colaboradores, os CIOs devem estar cientes de que é necessário estabelecer indicadores que realmente comuniquem a evolução das tarefas – e não apenas calculem os números de horas trabalhadas em determinado projeto.

O gestor de TI da rede norte-americana de trens Amtrak, Dee Waddell, defende que estabelecer objetivos no departamento de tecnologia depende de um líder que mescle habilidades estratégicas e experiência na execução. Para ele, sem a união de tais conhecimentos, a TI continuará concordando em realizar projetos com prazos muito apertados. “Quando se tem a noção exata de como as coisas são desenvolvidas, as metas tornam-se mais realistas e factíveis”, diz ele.
Além disso, Waddell afirma que outro mecanismo eficiente para o estabelecimento de objetivos é a consulta aos membros da equipe. “Pergunto a eles quais seriam as atividades possíveis para determinados intervalos de tempo”, afirma o gestor da Amtrak, que complementa: “Quando envolvidos na estratégia, os funcionários sentem-se motivados e produzem melhores resultados.”

domingo, 13 de setembro de 2009

País quer ser referência em software livre para redes colaborativas

quinta-feira, 10 de setembro de 2009, 16h44 - TI Inside

O Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) quer transformar o Brasil em um centro internacional de referência em software livre para ambiente de redes de colaboração. Para isso, Jarbas Lopes Cardoso, coordenador de projetos de cooperação do Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI), do MCT, destacou a necessidade de avaliar a qualidade do produto e o processo de desenvolvimento.

A expectativa é colocar, até outubro deste ano, os primeiros resultados do projeto em uma comunidade virtual chamada 5CQualiBR. A comunidade será aberta a todos os internautas. Entre os principais resultados, estão alguns modelos de testes e avaliações de produtos e processos.

Cardoso explicou que, dentro de ambientes empresariais fechados, o Brasil já possui essas comunidades funcionando em um nível bom, mas no momento em que a situação muda para um ambiente de colaboração aberto a todos os internautas é difícil administrar com regras tradicionais de gestão de projetos. Segundo ele, ainda existem questões sem resposta, tais como "qualificar uma contribuição vinda de uma rede de cooperação, como aquilo foi criado, como poder confiar nas respostas e em sua rapidez".

O CTI do MCT está estudando alguns casos de sucesso para poder se basear. O objetivo é fortalecer a indústria nesse novo ambiente de colaboração livre para gerar novos negócios e, consequentemente, desenvolvimento social. No momento, o CTI está trabalhando para assegurar que a infraestrutura existente pode suportar a demanda potencial do projeto. Com informações da Agência Brasil.

Comitê prevê R$ 1bi de investimentos em TIC se Rio sediar Olímpiadas

sexta-feira, 11 de setembro de 2009, 21h29 - TI Inside

O coordenador executivo da candidatura do Rio de Janeiro às Olímpiadas 2016, André Brandão, afirmou nesta sexta-feira, 11, que R$ 1 bilhão da verba do Comitê Organizador aos jogos olímpicos (17% do total) será investido no setor de tecnologia da informação e comunicação. "Será um salto importante para o Rio", afirmou, comparando com o Pan 2007, quando o investimento foi de R$ 350 milhões em equipamentos e serviços. As oportunidades para o setor de TI nos grandes eventos esportivos foi tema do Fórum de Negócios, no último dia do Rio Info 2009.

Os jogos do Pan Americano 2007 serviram de experiência para fortalecer a imagem do Rio na candidatura da Copa de 2014 e Olimpíadas de 2016 que, segundo os palestrantes, deixou um legado de infraestrutura e TI para a cidade. Se for escolhida sede das Olimpíadas 2016, 50% das atividades ficarão na Barra da Tijuca, onde será construído o centro de mídia. Márcia Lins secretária de Estado de Turismo, Esporte e Lazer do Rio disse que a escolha do local se deu em função de ser uma área de desenvolvimento tecnológico da cidade.

Os serviços, segundo Alexandre Cardeman, membro do Comitê Rio 2016, geralmente são contratados com os players já existentes, mas as demais empresas, assegura, podem aproveitar as oportunidades apresentando inovações e valor agregado, ou seja, algo diferente do que já é oferecido no mercado. Outra dica dada pelo palestrante é começar pelos eventos esportivos regionais, para ter experiência de TI no esporte, quando for oferecer o serviço para grandes eventos.

Cardeman também falou dos projetos que a prefeitura desenvolve já para os Jogos Militares, Copa e Olimpíadas, como o Rio Conectado que vai ligar 2.191 unidades administrativas, incluindo os locais dos jogos com intranet, call center, com informações sobre trânsito e locais de jogos em três idiomas e o Registro Único do Cidadão, com dados que permitirão um atendimento mais rápido para quem recorrer a ouvidoria da Prefeitura que ficarão como legado

para a cidade.

Para os eventos esportivos que acontecerão na cidade será necessária uma reorganização urbanística, que envolverá sistemas de tecnologia na área de segurança pública e nas redes de transporte da cidade, interligando as quatro regiões dos jogos: Deodoro, Barra da Tijuca, Maracanã e Copacabana.

Gastos com TI por pessoa caem 17,2% em um ano no Brasil

Estudo da consultoria Everis aponta, no entanto, crescimento no valor per capta destinado à tecnologia, que passou de US$ 332 no primeiro trimestre do ano para US$ 362

Por Fabiana Monte, da Computerworld
11 de setembro de 2009 - 07h00

Em um ano, os gastos anuais por pessoa com tecnologia da informação no Brasil caíram 17,2%, totalizando 362 dólares. A informação é parte de um relatório da consultoria Everis que avalia, trimestralmente, o desempenho de todas as nações da América Latina em relação ao uso da TI.

Apesar da queda anual, em relação aos três primeiros meses de 2009, o valor destinado à tecnologia aumentou, já que o estudo divulgado em abril indicava gastos per capta de 332 dólares. A consultoria estima que em junho de 2010, o gasto total com serviços de tecnologia da informação seja de 378 dólares - crescimento de 4%.

"Muitas empresas repensaram seus investimentos em tecnologia e outras mantiveram, porém, muito mais focadas em eficiência operacional. O crescimento em relação ao primeiro trimestre é reflexo do início da recuperação da economia mundial", diz o vice-presidente da Everis Brasil, Teodoro López, em entrevista por e-mail.

A pesquisa considera nesta variável serviços de venda de varejo online, número de domínios de internet por cada 1000 habitantes, número de usuários de internet por cada 1000 habitantes e os gastos em TIC por habitante expressado em dólares.

O País também apresentou crescimento no uso da tecnologia da informação, atingindo 4,37 pontos no Indicador da Sociedade da Informação (ISI) - avanço de 1% em relação ao mesmo período de 2008. Além do Brasil, o Peru foi a única nação da América Latina a apresentar crescimento no segundo trimestre de 2009.

Com este resultado, o Brasil manteve o penúltimo lugar na região, atrás da Colômbia, que atingiu 4,13 pontos - queda de 3,6% na avaliação anual. O Chile continua em primeiro lugar, com 5,55 pontos. "A posição desfavorável do Brasil no ranking deve-se e muito à grandiosidade do País, com zonas muito desenvolvidas e outras onde o desenvolvimento ainda é lento", analisa López. Por outro lado, segundo ele, essas são as áreas que apresentam o maior potencial de desenvolvimento.

Segundo o relatório, o desempenho brasileiro deve-se, principalmente, ao aumento no número de equipamentos como computadores, servidores e, especialmente, telefones celulares, que triplicaram em cinco anos e avançaram 18,2% no ano.

A evolução do número de usuários de internet também contribuiu para este progresso. De acordo com o documento, 13% dos usuários de internet no País utilizam serviços de banda larga, o que representa um crescimento de 1,3 ponto percentual na comparação com o ano passado.

A previsão da Everis é que o ISI brasileiro atinja 4,40 pontos no segundo trimestre de 2010, com avanço anual de 0,7% - o menor dos últimos sete anos. Em relação a número de celulares, o País terá o maior crescimento regional (10,4%), atingindo 881 aparelhos para cada mil habitantes. Hoje, são 798 aparelhos para cada mil pessoas.

Os computadores devem somar 332 para cada mil pessoas, com projeção de crescimento anual de 6,1%. Atualmente, há 235 PCs para cada mil habitantes do País.