quinta-feira, 30 de julho de 2009

10 mandamentos para fazer menos com menos

Manifesto propõe que profissionais de tecnologia quebrem paradigmas e deixem de adotar a premissa de "fazer mais com menos".

Por InfoWorld/EUA
27 de julho de 2009 - 17h53

Durante anos, os profissionais de tecnologia da informação têm ouvido que devem fazer mais com menos. As equipes são encolhidas e terceirizadas, ao mesmo tempo em que cresce a demanda por um atendimento melhor e pela adoção de novas tecnologias. A realidade tem sido assim, mas isso não quer dizer que deverá ser sempre dessa forma.

O site da área de tecnologia da informação InfoWorld decidiu fazer um manifesto pela "desaceleração da TI". O veículo norte-americano diz que chegamos a um momento de ruptura e é preciso parar esse ciclo. Não existe mais por "mais", por isso mesmo, daqui para frente, a TI deve aprender a fazer menos com menos. E você já sabe como estabelecer este limite. Faça o negócio escolher suas prioridades, em vez de despejar todas em você e mantenha o foco no que é realmente crítico. Recue quando se deparar com prazos e exigências impraticáveis, sem embasamentos reais que possam trazer benefícios reais para todos no longo prazo.

Em todo o mundo, a desaceleração econômica está sendo usada por executivos para justificar demissões, cortes, fechamentos, atrasos, negociações e toda espécie de triagem. Você pode jogar o mesmo jogo. No fim das contas, você só quer o que é bom para a empresa. E se alguém disser que dói, bem, isso é apenas temporário, certo? Esta é uma emergência! Procure oportunidades na adversidade. Abrace os 10 princípios da "desaceleração da TI":

1- Pare de tentar ser um super herói: Prazos irreais e sobrecarga de trabalho levam à baixa qualidade. Você é solicitado a gerenciar um conjunto de prioridades. Devolva as solicitações a quem elas pertencem. Seja claro em cada requisição relativa a tempo e dinheiro de cada projeto e deixe que o negócio decida suas prioridades.

Novos projetos significam que alguma coisa terá de descer na lista de prioridades e não é o seu trabalho decidir qual delas se moverá. Na realidade, deixando que a empresa tome a decisão, você reduzirá o número de pedidos inúteis. Mas atenção: isso só funcionará se você entregar o que prometer, caso contrário parecerá que você está fugindo do trabalho.

2- Permita que os usuários gerenciem-se sempre que puderem: Muitos usuários podem instalar software em suas máquinas e gerenciar atualizações. A menos que haja regras específicas, permita que eles instalem o iTunes, o Gmail, e coisas do gênero, deixando claro que se houver algum problema, você vai reinstalar a configuração-padrão.

Por outro lado, torne pública a política de segurança para o caso do uso de aparelhos como o iPhone, contas de e-mail pessoal ou outras tecnologias que não sejam o padrão da corporação. Faça com que todos saibam e entendam porque você está agindo dessa forma. Deixe claro que liberdade exige responsabilidade e que você tem trabalho mais crítico a fazer.

3- Elimine o “fazer por fazer”: Revise suas tarefas rotineiras e defina o real valor que elas trazem. É grande a possibilidade de estar gastando mais tempo do que o necessário no monitoramento de riscos pequenos. Pode parece uma heresia, mas é mais eficiente deixar algumas coisas simplesmente acontecerem, consertando problemas ocasionalmente, do que dedicar um grande esforço na prevenção. Dessa forma, é possível reduzir o “fazer por fazer” e entregar às áreas de negócios os benefícios da tecnologia que elas realmente querem.

4- Automatizar tudo o que puder: Mostre para a companhia o quanto economizou em força de trabalho com processos de automatização. Tenha certeza que seus sistemas de monitoramento abrangem tudo, do nível de uso dos roteadores até as linhas de fax. Apenas certifique-se que todos entendem que o piloto automático só funciona quando o céu está limpo.

5- Terceirize os aborrecimentos: Software como serviço e computação em nuvem não são apenas as últimas modas em tendências tecnológicas. Estes conceitos também ajudam a fugir da manutenção e do gerenciamento de servidores, do armazenamento e dos aplicativos. As ferramentas web de escritório do Google (Google Apps) e o Live Workspaces, sistema de compartilhamento online de arquivos da Microsoft e similares são bons substitutos para os repositórios de arquivos departamentais — e essas ferramentas estão disponíveis para qualquer um.

Aplicativos hospedados fora da empresa são um passo maior, mas os mesmos princípios podem ser aplicados. Se está dando suporte a uma grande variedade de sistemas de marketing, vendas, orçamento, cobrança ou projetos para um número tão grande de grupos de trabalho, é hora de racionalizar o ambiente. Comece a desligar servidores e consolide estes aplicativos na nuvem. Os sistemas mais problemáticos e os usuários mais barulhentos devem estar no começo da fila.

6- Concentre-se nas “vacas sagradas”: Procure por qualquer oportunidade de eliminar o que é “legal” em favor do que é realmente importante. É hora de reavaliar valores antigos e matar "vacas sagradas". Aquele sistema legado é realmente uma necessidade ou um luxo que a empresa não pode mais manter? Os usuários realmente precisam de acesso à rede sem fio em todos os cantos do prédio?

A menos que a gerência esteja dentro de uma caverna, ela já começou a reexaminar novos projetos e compras programadas. Agora, é a chance de colocar os custos e os benefícios de ativos existentes no microscópio também — especialmente aqueles que estão causando problemas.

7- Tempo de descanso é tempo de descansar: Não ligue o notebook quando chegar em casa, desligue o telefone celular e deixa os e-mails indesejáveis se acumularem em sua caixa postal no final de semana. A maneira mais rápida de perder a cabeça é não aprender a relaxar. Crie um hobby, aprecie um uísque puro malte. Já existem problemas demais durante a semana de trabalho. Deixe-os fora do seu domingo — a menos que não haja alternativa.

8- Não case com nada: Hardware, software, escritório, casa, roteadores, computadores; não importa: não é porque você consertou uma vez que é obrigado por contrato a fazer para sempre. Na verdade, não deveria ter consertado da primeira vez. Na próxima vez que alguém trouxer o notebook pessoal para você “só dar uma olhada”, peça algo que seja inaceitável. “Bom, você trabalha na contabilidade, não? Se importaria de rever minhas declarações de imposto de renda dos últimos três anos?”. Dê o troco.

9- Mantenha viva a diversão eletrônica: Sim, tudo é urgente, mas não deixe a diversão e a inovação da tecnologia de fora da sua agenda. Mantenha essa diversão como um motivador. Estar atento a inovações tecnológicas vão ajudar a enxergar soluções mais facilmente, à medida que forem aparecendo. Reserve, ao menos, uma hora por dia para ler sites de tecnologia. Não fique preso ao trabalho.

10- Faça a empresa ouvi-lo: Todo mundo está cansado de ouvir que a área de tecnologia precisa entender de negócios. Bom, a área de negócios precisa entender de tecnologia também. Procure se relacionar com o pessoal de negócios para que conheça suas necessidades, e vice-versa. Quando descobrir que eles não são sanguessugas, e eles descobrirem que você não é um marciano, você vai criar um relacionamento verdadeiro que é crucial durante tempos difíceis.

Mercado de software livre movimentará US$ 8,1 bi até 2013

quarta-feira, 29 de julho de 2009, 16h31 - TI Inside

A receita da indústria de software de código aberto tem crescido a taxas anuais cada vez mais elevadas e a expectativa é que o ritmo continue acelerado. Os investimentos mundiais em software open source devem atingir US$ 8,1 bilhões até 2013, com taxa de crescimento anual composto de 22,4%, segundo a IDC.

A nova projeção é superior à realizada pela consultoria no ano passado e para ela isso decorre principalmente do fato de a recessão econômica ter estimulado as empresas a adotarem programas de código aberto desde o fim do ano até o momento.

Michael Fauscette, vice-presidente de pesquisa da IDC, acredita que a crise estabeleceu um cenário importante para que os software abertos caminhassem para uma posição cada vez mais essencial nas empresas. Segundo ele, com a consolidação do mercado de software "tradicional", é primordial para os fornecedores de programas de código aberto conquistar o maior número de clientes possível.

O estudo constatou ainda que, com o crescimento da adoção de modelo de software como serviço (SaaS), as vendas mistas, ou seja, tanto de software de código aberto quanto proprietário, serão o principal modelo comercial para os próximos anos. Segundo a IDC, empresas do setor como IBM, Oracle, Sun, Dell e HP estão obtendo um grande retorno com software de código aberto.

Conexões de banda larga móvel superarão as fixas no Brasil até 2011

quarta-feira, 29 de julho de 2009, 10h54 - TI Inside

O número de conexões de internet em banda larga móvel ultrapassarão o de fixas no Brasil até 2011, quando atingirão 28 milhões de usuários por meio de cartões de dados (cartões PCMCIA e modems USB), contra 1,5 milhão registrado no ano passado, o que representa uma taxa de crescimento composto anual (CAGR, na sigla em inglês) de 62%, segundo dados da Pyramid Research.

De acordo com a consultoria, os modems USB são os principais impulsionadores da adoção da banda larga móvel no país e se tornarão uma grande alternativa à banda larga fixa.

Nesse cenário, o analista da Pyramid e autor do estudo, Fernando Faria, aponta que as operadoras nacionais deverão estar preparadas para um forte e sustentado crescimento desse serviço nos próximos anos, com ofertas agressivas e interessantes para os consumidores.

Segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o número de conexões em banda larga móvel atingiram em maio 4,3 milhões, respondendo por 30% do mercado total de banda larga.

Para a Pyramid, o valor da banda larga móvel é incontestável. Ela aponta que os cartões de dados oferecem uma maneira fácil de conexão em uma variedade de locais e com velocidades expressivas. O estudo cita ainda que, apesar de os serviços móveis de internet em alta velocidade serem mais caros que os das fixas, com a maior aceitação dos modems USB pelos consumdiores e o aumento dos números de clientes, se tornará viável para as operadoras reduzirem os preços do serviço.

Implantação de carimbo do tempo está na fase final

Mecanismo estabelece dia e horário exatos em que determinado documento eletrônico foi assinado por meio de certificação digital.

Por Rodrigo Afonso, da COMPUTERWORLD
30 de julho de 2009 - 08h00

O mecanismo que estabelece o dia e o horário exatos em que determinado documento eletrônico foi assinado por meio de certificação digital, denominado carimbo do tempo, está em fase final de desenvolvimento. A previsão é de que já seja implantado a partir de 2010.

No entanto, o carimbo do tempo não vai ser, necessariamente, uma obrigação para quem faz uso dos certificados. Segundo o presidente do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), Renato Martini, a datação eletrônica tem como objetivo assegurar o momento exato em que o documento foi enviado.

Um dos setores que mais vai se beneficiar desse recurso é o judiciário. Documentos que determinam a pena de um condenado à prisão, por exemplo, poderão ser assinados digitalmente e beneficiados com o carimbo do tempo, permitindo que os juízes possam avaliar o cumprimento da pena com um documento confiável.

O sistema bancário e as seguradoras também terão vantagens. O carimbo do tempo permitirá a assinatura de contratos a distância, com valor legal e garantia do horário exato em que foram acertados.

“Toda a parte normativa e as regras básicas para a implantação da datação eletrônica já estão definidas”, diz Martini. No momento, o instituto estuda especificações para abrir licitações para a aquisição de relógio atômico e o restante da infraestrutura necessária para viabilizar o fornecimento do carimbo.

A compra do hardware e as ferramentas para sincronismo com o horário do observatório nacional leva em conta também as tecnologias das companhias que desenvolveram sistemas para o método de datação.

Uma dessas organizações é a Bry Certificação Digital, que já dedicou oito anos de estudos a sistemas e equipamentos para o setor de certificação digital, visando garantir o caráter de tempestividade aos documentos. A empresa catarinense desenvolveu a tecnologia necessária para a implantação de uma Autoridade de Carimbo de Tempo (ACT), prevista na normalização da Infraestrutura de Chaves Pública Brasileira (ICP-Brasil).

O País tem mais uma tecnologia homologada para a implantação do carimbo do tempo, da companhia de origem inglesa NCipher, que foi adquirida recentemente pela empresa francesa de segurança da informação Thales.

Para Martini, a tecnologia brasileira tem qualidade superior, graças à experiência do País no desenvolvimento de certificações digitais e sistemas de segurança. “Prova disso são os métodos eletrônicos de emissão de nota fiscal, prontuário médico, entre outros”, diz.

Microsoft e Yahoo selam parceria para buscas online

Yahoo utilizará Bing como buscador oficial e terá, como contrapartida, o direito de vender anúncios relacionados.

Por IDG News Service
29 de julho de 2009 - 11h08

A Microsoft e o Yahoo assinaram um acordo em publicidade online nesta quarta-feira (29/7). O anúncio, feito nos Estados Unidos, aponta que o mecanismo de busca Bing irá fazer parte do Yahoo, enquanto este venderá serviços de anúncios nos buscadores de ambas as empresas.

O acordo levou cerca de um ano e meio até ser concluído, e começou com uma oferta não solicitada da desenvolvedora norte-americana de softwares Microsoft para comprar a empresa de internet Yahoo em fevereiro de 2008 por 47,5 bilhões de dólares.

O jornal The Wall Street Journal aponta que a parceria é de dez anos, e o acordo deve ser finalizado em 2010. A ideia é aumentar o poder de busca das empresas, que se unem contra o gigante rival Google, líder no mercado de publicidade online com base em buscas.

As empresas irão manter equipes de venda e negócios de anúncios separados. A Microsoft pagará o Yahoo por um acordo de compartilhamento de receita do tráfego gerado na sua rede de sites próprios e afiliados. A empresa pagará ao Yahoo, inicialmente, 88% da receita de venda gerada nos sites do Yahoo - e também os operados por ele - durante os primeiros cinco anos do acordo.

Segundo as empresas, as ações e forças de suas equipes voltadas aos buscadores irão acelerar inovações e torná-las mais competitivas no mercado de buscas.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Microsoft divulga preços do Windows Azure

Plataforma de computação em nuvem da companhia poderá ser paga conforme o uso, por meio de assinatura ou em um modelo que permite a integração do produto com outros contratos já firmados com a empresa.

Por IDG News Service/EUA
14 de julho de 2009 - 14h51

A Microsoft divulgou, durante conferência com desenvolvedores realizada nos Estados Unidos nesta terça-feira (14/7), os preços e mais detalhes sobre como vai vender o Windows Azure, plataforma voltada para infraestruturas de computação em nuvem que será lançada em Novembro.

Serão três modelos de cobrança: consumo, no qual os clientes pagam pelo que utilizam; assinatura, com periodicidade de cobrança fixa; e volume, que permite aos usuários integrarem o Azure em outros contratos que já tenham firmado com a Microsoft.

No modelo de consumo, a empresa vai cobrar 12 centavos de dólar por hora de uso da infraestrutura computacional; 15 centavos de dólar por gigabyte (GB) de armazenamento; e 1 centavo de dólar para cada 10 mil transações de dados (cada vez que o usuário adiciona, atualiza, lê ou apaga um dado, é contada uma transação).

Para o SQL Azure, banco de dados no modelo de nuvem, a Microsoft vai cobrar 9,99 dólares por uma versão web, com capacidade de até 1GB, e 99,99 dólares pela versão corporativa, com capacidade de até 10 GB.

Os valores para os outros modelos de cobrança serão divulgados no lançamento oficial da plataforma.
A empresa também vai oferecer um conjunto de ferramentas para o desenvolvimento de aplicações baseadas na arquitetura em nuvem, usando a linguagem .Net, com o preço de 15 centavos de dólar para um conjunto de 100 mil mensagens operacionais. O uso da banda terá o preço de 10 centavos de dólar por GB de dados adicionados, e 15 centavos de dólar por GB de informações recuperadas.

A partir de novembro, o produto estará disponível nos Estados Unidos, Europa, Austrália e Japão. No Brasil, a chegada está prevista para 2010, quando o sistema também será oferecido na Coréia do Sul, Malásia, Cingapura, Chile, Colômbia, México e no Leste Europeu.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Microsoft libera 20 mil linhas de códigos para comunidade Linux

Empresa vai oferecer linhas para serem incorporadas ao núcleo do sistema operacional de código aberto.

Por IDG News Service
20 de julho de 2009 - 19h15

A Microsoft anunciou hoje (20/7), nos Estados Unidos, que vai tornar disponível 20 mil linhas de códigos de drivers (softwares que permitem ao sistema operacional usar as funcionalidades de determinado dispositivo, como uma câmera ou disco rígido externo) para a inclusão no núcleo (kernel) do Linux, sistema operacional de código aberto.

Os drivers, uma vez adicionados ao Linux, vão permitir que qualquer distribuição do sistema operacional aberto funcione de forma virtual em servidores com sistema Windows e Hyper-V, software para virtualização de servidores (hypervisor) da Microsoft. Os códigos serão oferecidos sob licença GPLv2 (general public license version 2, que permite a utilização livre do software, o acesso a seu código fonte e a obrigatoriedade de manter aberta qualquer versão feita a partir de um sistema com este tipo de licença).

Segundo a Microsoft, a iniciativa vai deixar o Windows mais aberto e ajudar a empresa a ter uma oferta consistente de ferramentas para gerenciamento e suporte de ambientes virtualizados. De acordo com o diretor para estratégias de plataformas da Microsoft, Sam Ramji, as comunidades Linux e Microsoft estão caminhando juntas. “É um benefício para nossos clientes”, afirma.

A comunidade Linux, diz o executivo, construiu uma plataforma usada por muitos clientes da Microsoft. “Nossa estratégia é melhorar a interoperabilidade entre nossas plataformas e quantas tecnologias abertas nossos clientes desejam usar, o que inclui o Linux”.

Outro motivo para a abertura do código é a crise econômica mundial. Segundo Ramji, muitas empresas estão procurando a Microsoft na tentativa de criar ambientes de tecnologia mais heterogêneos. “Nós entendemos que reduzir a complexidade é reduzir custos. A interoperabilidade ajuda no crescimento dos negócios”, afirma o executivo.

Cartão BNDES passa a financiar serviços de software

segunda-feira, 20 de julho de 2009, 14h53 - TI Inside

A partir de agora, o cartão BNDES poderá ser usado para financiar a contratação de serviços de instituições reconhecidas que atuam na avaliação e na implantação da qualidade de produtos e de processos de software.

São três os serviços que poderão ser contratados. Um deles é a implantação e avaliação da qualidade de processo de software em MPS.BR fornecidas por instituições credenciadas pela Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex).

Um outro é a avaliação da qualidade de processo de software no modelo CMMI, fornecida por instituições avaliadoras do CMMI, credenciadas pelo Software Engineering Institute (SEI) e com sede no Brasil. E, por fim, a avaliação da qualidade de produtos de software no método MEDE-PROS, fornecida pelo Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI) e sua rede credenciada.

Para a obtenção da linha de crédito não é necessário a apresentação do projeto, uma vez que o cartão BNDES é uma linha de financiamento com limite de crédito pré-aprovado. "A Softex informará ao BNDES as instituições implementadoras e avaliadoras do modelo MPS [Melhoria de Processo de Software] habilitadas e o banco providenciará a autorização prévia dessas instituições no portal de operações do cartão BNDES", explicou José Antônio Antonioni, diretor de Qualidade e Competitividade da Softex.

Posteriormente, a solicitação do credenciamento poderá ser realizada pelas instituições no próprio portal, na opção "Seja um Fornecedor Credenciado". Com o cadastramento concluído, as micro, pequenas e médias empresas que possuírem o cartão BNDES poderão pagar essas organizações pelos serviços de implantação do Modelo MPS e pelos serviços de avaliação.

A Softex manterá o BNDES informado sobre o ingresso de novas instituições, bem como sobre aquelas que vierem a perder as condições de credenciamento. O uso do cartão BNDES para esse tipo de "serviço tecnológico" ficará submetido às regras gerais do cartão aplicáveis aos demais produtos passíveis de financiamento.

Software público beneficia órgãos e empresa, indica pesquisa

segunda-feira, 20 de julho de 2009, 16h49 - TI Inside

O apoio ao software livre é a principal motivação para integrar as comunidades de prática do Portal do Software Público Brasileiro (www.softwarepublico.gov.br). A constatação é da professora da Universidade de Brasília, Christiana Freitas, que investiga o papel da iniciativa na democratização das relações sociais e de mercado no Brasil.

Das 1.130 pessoas que responderam ao questionário de uma pesquisa realizada pela educadora, quase 80% afirmaram que um dos principais motivos para participar do portal é a possibilidade de apoiar as tecnologias e softwares livres disponibilizados no website. Outro dado verificado é que a grande maioria dos cadastrados possui vínculos institucionais que os motivam a integrar a rede.

Segundo a pesquisadora, o principal motivo para se cadastrar no portal é o interesse profissional, informado por 26,9% dos participantes. Já o interesse pessoal foi a razão apontada por 17,7% das pessoas. No que se refere ao perfil das instituições, foi verificado um significativo interesse da iniciativa privada. Cerca de 24% dos cadastrados se apresentam como integrantes do setor privado. Para o coordenador do portal, Corinto Meffe, isso demonstra que a iniciativa atinge diversos segmentos da sociedade e beneficia também as empresas.

De acordo com Christiana, a grande maioria dos usuários entrevistados possui vínculos empregatícios sólidos, tem um nível de escolaridade e remuneração acima da média da população brasileira e busca no Portal do Software Público laços sociais que lhes permitam obter soluções, oportunidades ou resolver problemas relacionados aos artefatos tecnológicos utilizados. Aspectos que, segundo a pesquisadora, reforçam o ambiente de produção de software público no Brasil.

Ela também considera que o portal apresenta fortes características institucionais, é utilizado como um meio para a consolidação da carreira profissional de seus integrantes e como uma forma de obtenção de reconhecimento e prestígio perante seus pares.

Na opinião do secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Rogério Santanna, essa pesquisa contribui para que o Governo Federal conheça melhor o perfil dos usuários do portal. "Esse ambiente tem grande relevância para a difusão dos softwares desenvolvidos no país e que podem ajudar o governo federal, estados, municípios e o conjunto da sociedade brasileira", destacou. Santanna lembrou que o compartilhamento qualifica a oferta de profissionais para prestar suporte e promover a melhoria contínua das soluções.

O segundo bloco de resultados parciais será apresentado no final do mês de julho. No momento, os dados da pesquisa estão sendo analisados. A publicação final dos resultados e conclusões tem previsão para o fim do ano de 2009. Os resultados parciais podem ser obtidos no endereço http://www.softwarepublico.gov.br/result_pesquisa.

Terceirização: como definir acordos de nível de serviço

Especialistas em terceirização de tecnologia relatam as principais precauções que devem ser tomadas para definir SLAs.

Por Rodrigo Caetano, da Computerworld
20 de julho de 2009 - 07h00

A crise econômica mundial e a consequente redução nos orçamentos de tecnologia estão gerando uma onda de terceirização entre as empresas brasileiras. Segundo a consultoria americana Gartner, o segmento deve crescer entre 10% e 12% este ano no País, taxa bem superior à esperada para o mercado mundial, que tem expectativa de queda de 4,3%. Apesar dos números positivos, Cássio Dreyfuss, vice-presidente de pesquisas da consultoria, afirma que as companhias estão retrocedendo em relação às melhores práticas de governança.

O problema está na procura de serviços terceirizados de tecnologia apenas para reduzir custos. “Nenhuma empresa deve imaginar que, só por transferir determinada tecnologia para um terceiro, vai conseguir uma economia de 20%", afirmou Dreyfuss, durante evento sobre terceirização realizado pelo Gartner semana passada, em São Paulo. "Isso não vai acontecer”. Com essa abordagem, o mais provável, avaliou, é que a companhia, mesmo diminuindo gastos, encare uma queda significativa na qualidade do serviço, prejudicando outras áreas do negócio.

Para garantir o melhor custo, sem abrir mão da qualidade, é fundamental que as empresas saibam como definir os acordos de nível de serviço (SLA, da sigla em inglês para service level agreement). Este documento, assinado no ato de contratação do serviço, vai definir as responsabilidades do fornecedor, garantir a entrega do que foi contratado e estabelecer penalidades em caso de não cumprimento do contrato. “Atualmente, 90% das empresas utilizam métricas defasadas, que não identificam o verdadeiro impacto aos negócios”, afirma Ruben Gallego, líder da área de terceirização da consultoria Accenture.

Conheça as principais precauções que as empresas devem tomar, de acordo com especialistas em terceirização, na hora de definir os SLAs:

1- Métricas de negócios:
Tudo começa na definição do que é importante para os negócios da empresa e no entendimento de quais processos serão suportados pela infraestrutura terceirizada. A partir dessa definição, é possível estabelecer indicadores de negócios para o contrato. “É comum os SLAs serem bastante focados em indicadores de desempenho da área de tecnologia", define Ronei Silva, sócio-diretor da consultoria especializada em terceirização TGT Consult. "Isso é importante e deve estar no contrato". Mas, o ponto de partida precisa ser o desempenho da empresa em termos de negócios, completa. Na opinião de Gallego, da Accenture, de nada adianta o prestador garantir 99% de disponibilidade em determinado serviço, se o 1% restante impacta em algum processo crítico para os negócios.


2- Responsabilidades:

Defina quem é responsável por cada atributo do contrato. Em caso de não cumprimento do que foi combinado - se essa questão não estiver bem resolvida -, podem surgir questionamentos da parte do fornecedor quanto à sua capacidade de cumprir o que está no papel. O que abre espaço para discussões intermináveis. Richard Matlus, vice-presidente de pesquisas do Gartner, explica que as empresas devem conhecer e gerenciar a estrutura de relacionamento com o fornecedor. Também é importante, segundo Matlus, conhecer e aprovar a pessoa que será responsável por esse relacionamento da parte do fornecedor. “Conflitos vão surgir. Por isso, tem de estar claro quem vai resolvê-los”, afirma.


3- Penalidades e recompensas:

Partindo da definição das métricas de negócios, estabeleça multas significativas. Matlus diz que, costumeiramente, fornecedores consideram como perda normal até 5% do valor do contrato. Ou seja, penalidades de 1% ou 2% não adiantam. “Se o prestador não sente a multa, o SLA vira um objetivo e nunca será cumprido”, afirma. Nesse quesito, o entendimento de como o serviço terceirizado impacta nos negócios da empresas é fundamental, uma vez que as penalidades devem estar atreladas a esses indicadores, e não somente às métricas da tecnologia. O mesmo vale para recompensas por melhor qualidade. Sabendo quanto é possível ganhar caso o fornecedor melhore o serviço, a empresa pode definir bonificações de incentivo. Entretanto, as penalidade ou recompensas não devem servir para reduzir custos ou aumentar as margens do fornecedor. “O relacionamento entre cliente e fornecedor é de longo prazo e tem de estar baseado em confiança", diz Gallego. "As penalidades servem como uma marcação. Até porque, as pessoas responsáveis pelo contrato podem mudar”.


4- Gerenciamento e inovação:

Para Carlos Maurício, diretor de serviços e tecnologia da Algar Tecnologia, empresa especializada em consultoria e serviços de terceirização de processos de negócios, quem opta pela terceirização deve sempre reservar 2% do orçamento para gerenciar o contrato. “Esse investimento deve ser feito em instrumentos que permitem acompanhar as métricas definidas”, afirma Maurício. Nesta questão, também entra a parte de inovações tecnológicas que o fornecedor pode agregar ao serviço. De acordo com Richard Matlus, do Gartner, o compromisso do prestador em se manter atualizado quanto às últimas tendências precisa estar no contrato. “As empresas às vezes pensam que, por estarem contratando um grande fornecedor, vão automaticamente se beneficiar dos investimentos em inovação feitos pela empresa", diz Matlus. "Mas, se isso não estiver no papel, não vai haver benefício”. O contratante também pode determinar a realização de reuniões anuais, por exemplo, para discutir o uso de novas tecnologias.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Empresas treinam em casa para reduzir déficit de formação

Crise não afeta orçamento de treinamento, que, em alguns casos, até aumentou este ano.

Por Andrea Giardino, Computerworld

15 de julho de 2009 - 07h00

A aposta na formação dos profissionais continua sendo a principal arma do setor de tecnologia da informação (TI) para combater a falta de gente qualificada no País. A boa notícia é que nem a crise afetou o orçamento das empresas. Algumas, inclusive, ampliaram os investimentos para 2009. É o caso da Everis, consultoria especializada em negócios e TI, que ampliou a verba de treinamento no Brasil, saltando de 700 mil reais ano passado para 1 milhão de reais em 2009.

O aumento dos recursos, destinados à universidade corporativa, visa suportar o crescimento no número de funcionários de 2008 para cá. Foram contratadas 150 novas pessoas, totalizando 430 empregados. Todos, desde quem acabou de entrar na companhia até os mais antigos, passam por programas de capacitação. São cursos técnicos e comportamentais, que envolvem profissionais de níveis gerencial e operacional.

“A meta é treinar cada colaborador em pelo menos 56 horas por ano”, afirma Cristhiane Gameiro, gerente de RH da Everis Brasil. No caso dos mais juniores, ela explica que os programas têm o objetivo de prepará-los para assumir cargos mais altos no futuro. “Os menos experientes também são acompanhados por mentores que o ajudam a evoluir na carreira”, diz.

De acordo com Cristhiane, este ano um dos focos da Everis é a área de consultoria, considerada estratégica para a empresa. Tanto que a universidade corporativa tem dado atenção a cursos de liderança para os executivos e treinamentos técnicos para os consultores. Além disso, a Everis mantém um programa de pós-graduação em parceria com a Universidade de La Salle, na Espanha, dirigido aos consultores.

Na Asyst Sudamérica, empresa brasileira especializada em suporte ao usuário, os treinamentos e certificações são subsidiados pela empresa. Para aqueles que chegam sem nada, há um esforço para que se submetam a algum tipo de curso. “As faculdades não conseguem preparar o profissional para o mercado e nossos clientes exigem gente altamente capacitada”, explica Oswaldo Brancaglione, vice-presidente da companhia para a América Latina.

Os investimentos na Asyst abrangem todos os níveis e vão além de cursos técnicos, comportamentais para a liderança e de idiomas. “Temos uma carência de gente que fale inglês, mas por incrível que pareça muitos mal dominam o português”, ressalta. “Damos até aula de interpretação de texto”.

Atualmente, a empresa destina 3% do faturamento – em 2008, a Asyst registrou uma receita de 42 milhões de reais - com programas de treinamento e para 2009 aposta suas fichas no ensino a distância para capacitar, no prazo de um ano, todos os funcionários da operação brasileira. “Para 2010, nossa expectativa também é implantar os treinamentos virtuais nas operações da Argentina e Chile”, afirma Brancaglione.

“Como boa parte dos funcionários atua na casa dos clientes, precisamos chegar até eles”, destaca o executivo. Os treinamentos serão realizados a partir do acesso ao portal Webtraining Asyst, ainda em fase de desenvolvimento, e poderão ser obrigatórios ou opcionais, de acordo com a necessidade da equipe e demanda do contratante.

Faça chuva, faça sol, e a subsidiária brasileira da T-Systems não reduz nenhum centavo dos 0,6% do faturamento bruto do País para treinamento. É o que revela o vice-presidente de RH da companhia, André Vieira. “O profissional de TI não sai pronto da faculdade”, também afirma. Com uma média de 50 contratações por mês – das quais 15 são de estagiários -, a empresa concentra esforços na formação.

“Muitos dos que entram, ainda estão no primeiro ou segundo ano da universidade e precisam ser treinados tanto do aspecto prático como de habilidades comportamentais”, diz Vieira. O executivo explica que formar dentro de casa foi uma das estratégias adotadas pela companhia. “Queremos que o talento seja criado aqui dentro”, afirma.

Prova disso, que em boa parte dos casos, os profissionais são preparados desde o começo da faculdade. Segundo Vieira, 90% dos estagiários são efetivados um ano após ingressarem na companhia.

Pacote de segurança reúne soluções abertas e proprietárias

Oferta de baixo custo tem foco nas pequenas e médias empresas que possuem as mesmas demandas de segurança que as grandes.

Por Rodrigo Afonso, da COMPUTERWORLD

17 de julho de 2009 - 08h42

A OpenSOC, consultoria de projetos de segurança, está oferecendo pacotes voltados para o segmento das pequenas e médias empresas (PMEs), reunindo aplicativos proprietários e de código aberto em um pacote, com preços a partir de 31,25 dólares por mês para empresas de até 10 usuários de rede, 60,6 reais ao câmbio de hoje (16/7).

A suite de segurança Untangle Professional Package é formada por 18 aplicativos e inclui proteção tanto em clientes da rede local, quanto em máquinas remotas, além de suporte técnico via internet. “A mistura do código aberto com ferramentas proprietárias tem o objetivo de reunir as melhores soluções com um preço adequado às empresas de pequeno e médio porte, que possuem as mesmas necessidades de segurança que as companhias grandes”, afirma o diretor de tecnologia (CTO) da OpenSoc, Gabriel Lourenço.

O preço anunciado ainda pode cair de acordo com o número de licenças. Acima de 151 máquinas, as empresas passam a ter um custo fixo mensal de 325 dólares (630 reais). Segundo Lourenço, o valor é menos da metade do que o das soluções 100% proprietárias disponíveis no mercado.

Para oferecer as ferramentas no mercado, a empresa vai utilizar sua rede de canais e busca assinar novas parcerias.

Governo promete levar banda larga para mais 15 mil escolas neste ano

quinta-feira, 16 de julho de 2009, 10h00 - TI Inside

O ministro das Comunicações, Hélio Costa, disse na quarta-feira, 15, que o governo federal quer ampliar o programa de inclusão digital nos municípios brasileiros. Segundo ele, uma das prioridades é o programa Banda Larga nas Escolas e o governo, que já conectou cerca de 30 mil escolas urbanas até agora, pretende chegar a mais de 45 mil até o fim do ano. A meta é levar conexão em banda larga para mais 15 mil escolas urbanas.

O ministro ressaltou também a necessidade de ampliar a inclusão digital, reforçando a implantação de mais telecentros comunitários nas cidades espalhadas pelo território nacional. Hélio Costa lembrou que o governo federal já entregou 66 mil computadores, que integram cerca de 6 mil telecentros comunitários nos municípios do interior brasileiro.

Segundo ele, até o fim de 2010, todas as 56.720 escolas públicas urbanas do Brasil serão conectadas, beneficiando cerca de 37 milhões de estudantes, o que representa 84% dos alunos de ensino básico no Brasil.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Quanto você quer pagar por sua licença de software?

Ao mesmo tempo em que diversificam seus modelos de oferta de software, fornecedores dificultam processo de gestão dos líderes de tecnologia da informação.

Por Andrea Giardino, do Computerworld

14 de julho de 2009 - 07h00

O aumento do leque de opções na compra de software – que ganhou um componente extra com o conceito de computação em nuvem - tem criado um verdadeiro teste de múltipla escolha para os líderes de TI: decidir qual o melhor formato de licenciamento entre os inúmeros disponíveis no mercado brasileiro. A vantagem é que, neste caso, eles podem escolher mais de uma opção.

Para se ter ideia, há nove modelos oferecidos hoje pelos fornecedores. “Diversidade que levará os diretores de TI a manter diferentes tipos de contratos para atender às suas necessidades específicas”, afirma o sócio da TGT Consulting, Pedro Bicudo. Apesar dessa multiplicidade, hoje os modelos mais adotados pelas empresas são: proprietário, aluguel e o software como serviço (da sigla em inglês, SaaS).

Embora a diversidade no portfólio de ofertas seja extremamente saudável para a dinâmica do mercado, por outro lado, causa uma enorme dor-de-cabeça para os CIOs em administrar não só os múltiplos fornecedores como os vários modelos de contrato. “Há tantos tipos de licença que em nosso departamento jurídico existe um advogado que está virando quase um especialista em contratos de software”, afirma o diretor de tecnologia do grupo Martins, Flávio Lucio Borges Martins. A empresa é um dos principais distribuidores atacadistas do País.

Mas os problemas não param por aí. Martins reclama dos absurdos que têm encontrado nas formas de cobrança. O executivo lembra uma situação vivida por sua empresa por quase um ano. Um de seus inúmeros fornecedores o procurou com a alegação de que precisava fazer um ajuste na mensalidade dos serviços de manutenção: o valor de cinco mil reais passaria a 50 mil reais.

Após meses de discussões bastante tensas, ambas as partes chegaram a um acordo no final de 2008. Desgastes que o CIO considera extremamente desnecessários. Além da perda de tempo, ele afirma que a relação de confiança com o fornecedor fica ameaçada. “Se não estamos atentos às negociações, imagina o que acontece”, diz.

Para o gerente de tecnologia da mineradora AngloGold Ashanti, Pedro Augusto de Oliveira, o maior problema é gerenciar a infinidade de contratos. O executivo conta que os fabricantes só se preocupam em fechar negócios e muitas vezes esquecem de dar apoio na hora da renovação. Há algum tempo, Oliveira só foi descobrir que um contrato tinha vencido quando precisou acionar o suporte.

Os questionamentos do gerente de TI da AngloGold revelam um cenário crítico em toda a cadeia que envolve o processo de aquisição de licenças, e parece estar longe de chegar a uma solução. Com 30 anos na área de informática, a maior perda que considera hoje para os profissionais de TI é se afastar da sua função inicial. “Considero lastimável nos tornarmos cada vez mais financistas e administradores”, afirma Oliveira.

Tarefa difícil? O gerente de infraestrutura em TI de um grande banco, Jayro Caner de Souza, concorda, mas reconhece que essa multiplicidade de contratos é necessária. “Não dá para ficar na mão de um único fabricante. Cada aplicação exige soluções de fornecedores diferentes, os quais mantêm tipos de contratos diferentes”, afirma. Na empresa em que atua, há três tipos de licença – proprietária, aluguel e SaaS. “Software como serviço funciona bem para aplicações de e-mail corporativo, mas em sistemas de missão crítica ainda é preciso algumas evoluções”, diz.

A sócia da área de propriedade intelectual e de tecnologia da informação do escritório de advocacia Trench, Rossi e Watanabe, Maria Cristina Machado Cortez, revela que há muitos processos de empresas que se sentem lesadas pela forma de precificação das licenças. Ela ressalta a dificuldade de entender o modelo que cobra em partes distintas os valores de aquisição de uma licença e dos serviços de manutenção, implantação e atualização de novas versões (mesmo quando o contrato une todos esses itens em pacote só).

Em geral, Maria Cristina afirma que os casos são levados para arbitragem: a resolução de conflitos deixa de ir para o judiciário – onde o processo é demorado e pode levar anos - e passa para a esfera extrajudicial, onde um árbitro vai decidir pelas partes.

Preferência
Talvez por conta dos desafios, a maioria das empresas usuárias continua optando pelo tradicional modelo de software proprietário – que inclui a compra da licença e os serviços de manutenção. Neste caso, a companhia adquire a versão do produto, transformando-a em um ativo para o “resto da vida”. O valor da licença é pago de uma vez só no momento da aquisição e as correções, atualizações do programa e manutenção têm custo anual.

Em segundo lugar vem o formato de aluguel. A empresa paga apenas pelo uso da ferramenta e não tem a sua “posse”. O valor cobrado é fixo e mensal, como acontece no aluguel de um imóvel, e é estendido por períodos determinados, de acordo com as bases do contrato. Esse modelo divide com o de licença perpétua a demanda das companhias.

Por último, aparece o mais novo modelo de licenciamento, que vem ganhando terreno e aos poucos atrai o interesse das empresas como alternativa ao velho software proprietário: o software como serviço. Recente pesquisa da consultoria Gartner aponta que já em 2012, pelo menos um terço das aplicações de negócios serão contratadas no modelo, no lugar das licenças de software tradicionais.

“É uma questão de tempo”, prevê Bicudo, da TGT Consulting. Para ele, a maior vantagem do modelo “sob demanda” é a possibilidade de se pagar pelo acesso de um uma pessoa a um determinado serviço. Um exemplo. Se a empresa tem 20 usuários e esse número dobra, ela vai pagar exclusivamente por esses 40. Diferente do aluguel, que exige um pagamento fixo mensal.

Menu de ofertas
Para o diretor de vendas técnicas da área de governança da CA (que oferece os três modelos), Francisco Dal Fabro, o formato de software como serviço é interessante por sua flexibilidade. Mas o executivo acredita ser necessária ainda uma evolução no formato que existe atualmente.

Ele ressalta que nem todos os produtos se encaixam nesse modelo e faltam passos para se chegar ao que seria ideal. A cobrança no modelo de software como serviço da CA é feita em 12, 24 e 36 meses. Se em um ano acontece algum tipo de redução, a fabricante consegue renegociar o contrato. Vale ressaltar que para aderir ao modelo, a empresa exige um número mínimo de usuários.

No CA Clarity Project & Portfolio Manager (CA Clarity PPM), por exemplo, o modelo é viável a partir de 100 usuários. A administração do data center onde o software está instalado fica a cargo do fornecedor, bem como a infraestrutura de TI. Além do Clarity PPM, a CA oferece software como serviço em três soluções: gerenciamento de portfólio; financiamento de riscos, conformidades e governança; e processos de backup e armazenamento.

Mesmo sendo a bola da vez, o SaaS ainda permanece na lanterninha de preferência dos clientes da fornecedora. Dal Fabro afirma que o formato tradicional lidera a demanda, com a compra do direito de uso permanente e o pagamento de manutenção, suporte e novos releases.

A Citrix possui dois modelos de cobrança, baseados no formato de licença perpétua. Para a linha de virtualização de servidores (data center), adota o pagamento por licença de servidor físico, independente de processador ou core. Já para a linha de virtualização de aplicativos e desktops, o licenciamento é por usuários concorrentes - número de usuários simultâneos acessando o sistema.

A diretora de vendas e canais da companhia, Érika Ferrara, diz que a vantagem deste modelo é que só se paga pelo número real de usuários que acessam o sistema ao mesmo tempo. Em ambos os casos, o cliente paga a licença de uma única vez, na aquisição. A partir daí, anualmente há o valor correspondente à manutenção e direito à atualização (lançamentos e novidades).

Software como serviço
Seguindo o movimento das empresas em contratar mais serviços, a Citrix entrou no mercado de SaaS, mas “vendendo” licenças para a compra de desktop como serviço, por exemplo, a provedores de acesso e data centers. De acordo com Érika, a fornecedora não atende ao cliente neste modelo. As soluções fazem parte da família Citrix On line.

A SAP, por enquanto, não se rendeu ao SaaS. Mantém os conhecidos modelos de software proprietário e de aluguel. O formato tradicional é o mais adotado por usuários do sistema de gestão, que preferem deter em seu poder as licenças. O valor da solução pode ser desembolsado em um período de três a seis meses e os gastos com manutenção, correções e atualizações são pagos anualmente.

O modelo de aluguel, por sua vez, é aplicado em soluções específicas, a exemplo do CRM (da sigla em inglês, sistema de gestão de relacionamento com clientes). Silmar El-Beck diretor comercial da SAP, destaca que a TI “contrata” o número de licenças de acordo com a quantidade de pessoas que irão usar o CRM e por um determinado período (um ou dois anos).

Outro tipo de licença também é oferecido quando o cliente quer um contrato sob demanda. “Se ele não tem ou não quer manter a estrutura dentro de casa, oferecemos a possibilidade de acesso a aplicação armazenada fora de casa”, afirma El-Beck. A SAP aciona, sob o formato de terceirização, parceiros homologados como HP, IBM e T-Systems, entre outros, que empacotarão tudo e cobrarão mês a mês, de forma facilitada.

Quem vem levantando a bandeira do SaaS e promete quebrar paradigmas é o Google. Suas soluções para o mercado corporativo baseiam-se no formato de aplicações hospedadas em nuvem (cloud computing), com foco em serviços e cobrança anual, por usuário.

De acordo com o diretor do Google Enterprise Brasil, José Nilo, são oferecidas quatro linhas de produtos. A principal delas é o Google Apps, que oferece recursos de e-mail, agenda, calendário, mensagem instantânea (Google Talk), vídeo (que funciona como um YouTube corporativo), ferramenta de documentos (planilha e apresentação), ferramenta para edição de site, antispam e antivírus. Neste modelo, o valor anual pago por usuário gira entre 75 dólares e 80 dólares, incluindo suporte 24 x 7 em português e novas versões.

A Microsoft também está abrindo um cardápio para clientes que querem seus aplicativos rodando na nuvem (softwares antispam e filtro de e-mail, por exemplo). O gerente geral da divisão de produtividade e colaboração da companhia, Eduardo Campos, explica que, ao contrário do que se possa imaginar, o cliente não precisa abandonar o formato de contrato que já possui (seja ele de aluguel ou licença perpétua) para migrar para o modelo de software como serviço.

O maior volume de negócios continua com o tradicional modelo de software proprietário, mas Campos observa que nos últimos anos houve um aumento de clientes que avaliam o modelo de assinatura (aluguel). “Entretanto, quando necessitam de uma atualização mais frequente de softwares, acabam optando pelo formato de licença perpétua e serviços de manutenção”, afirma.

Na mesma linha, a IBM também investe suas fichas na multiplicidade de ofertas. E o SaaS aparece como um grande aliado para o mercado de software de colaboração voltado pra escritórios, com ferramentas de comunicação e e-mail. Em nuvem, a Big Blue possui parceria com a Datasul, empresa do grupo Totvs, onde a fabricante entra com a infraestrutura de data center e a fornecedora com o software.

O pacote é oferecido ao usuário, incluindo manutenção, com uma mensalidade fixa por métrica de negócios. Segundo David Dias, gerente de alianças para a América Latina da companhia, no modelo sob demanda o cliente só paga pela quantidade de usuários. “Se houver uma redução, o valor cai também”, diz. Duas outras parcerias foram formadas – uma com a Comprova e outra com a Elucid – para os serviços de e-mail com autenticação.


Forrester: 5 dicas para negociar com fornecedores de TI

Boston - Antes de fechar um contrato, é preciso ter certeza de que o fornecedor cumpre requisitos de seleção, implementação, utilização, manutenção e migração para novas versões.

Por Thomas Wailgum, CIO/EUA

10 de julho de 2009 - 12h11

Adquirir um sistema, seja ele ERP (de gestão corporativa), CRM (de gestão do relacionamento com os clientes), BI (inteligência de negócios) é mais uma atividade no escopo das obrigações da área de Tecnologia da Informação. “Mas dentre todas as aquisições realizadas pelas companhias, a operação de compra de soluções tecnológicas representa a que traz mais dificuldades às empresas”, diz Ray Wang, vice-presidente e diretor de análise da Forrester Research.

Mesmo colocando de lado o estresse gerado pela negociação com fornecedores, a complexidade das novas ofertas (como SaaS - software como serviço - e virtualização, por exemplo), somada às mudanças constantes no mercado de fornecimento de tecnologia da informação, torna a aquisição ainda mais difícil. E é nisso que a empresa de pesquisas se baseou para elaborar a segunda versão de relatório que indica as melhores práticas de negociação entre as empresas envolvidas.

“Antes de assinar um contrato, os gestores devem negociar cinco quesitos com seus fornecedores”, comenta Wang, que complementa: “São eles: seleção, implementação, utilização, manutenção e migração para novas versões”. Segundo o especialista, CIOs e outros profissionais ligados à tecnologia e negócios devem incorporar essas etapas aos relacionamentos com fornecedores e estratégias de contratação.

Seguem os cinco pré-requisitos que as companhias devem exigir antes de efetuar uma aquisição de software:

Seleção: suporte de operação e para novas versões do software;

Implementação: fornecedores devem provar que executivos confiáveis estão por trás do negócio;

Utilização: permissão para que os clientes compartilhem uns com os outros as modificações que realizaram na solução;

Manutenção: exigência de que fornecedores busquem melhores opções de suporte pata a companhia;

Migração: possibilidade de evolução para outras versões do mesmo software sem custo ou estresse.

Por que tudo isso é importante? De acordo com Wang, agora é a hora de as empresas buscarem a reestruturação de suas operações para resolver problemas gerados no passado e ganhar fôlego para crescer. “A maneira como elas se relacionam com os fornecedores é determinante para o sucesso dessa fase de mudanças nas companhias”.


Capacity manager é carreira em alta na área de TI

Framingham - Profissional é valorizado por CIOs pela atribuição de adequar recursos tecnológicos às necessidades do negócio.

Por Juan Carlos Perez, CIO/EUA

09 de julho de 2009 - 14h35

Garantir que a companhia esteja com os recursos de TI alocados de forma adequada para suportar o negócio. Este é um dos aspectos que tem levado muitos CIOs a recrutar um novo perfil de profissionais para sua equipe de tecnologia da informação (TI): o capacity manager (gestor de capacidade, em português).

O trabalho desse profissional resume-sem em determinar se a infraestrutura tecnológica está sendo utilizada de forma otimizada, se não, que tipo de mudanças deveriam ser feitas para adequá-la. “É um trabalho único na área de TI. O capacity manager faz o monitoramento, análise e projeções para saber se a organização tem a capacidade tecnológica adequada para atingir os objetivos de negócio”, detalha Dave Van De Voort, diretor da Mercer, consultoria de recursos humanos.

“Se você não tem uma capacidade de gerenciamento, pode fazer menos investimentos em TI do que deveria", explica. "O que afeta a operação, ou, por outro lado, corre o risco de ter um excesso de capacidade e gastar mais do que precisaria com sistemas”, detalha Voort.

Na mesma linha, John Estes, vice-presidente da divisão de tecnologia da Robert Half – empresa de recrutamento de executivos –, aponta que esse controle efetivo das capacidades de TI é essencial. Para justificar sua visão, Estes afirma que ao ajustar os recursos da área de tecnologia às reais necessidades da organização o CIO consegue ser mais eficiente com os recursos que já tem.

Para o vice-presidente da Robert Half, o aumento da demanda por virtualização, a tendência de cloud computing e a pressão para que os CIOs tragam mais retorno sobre os investimentos da área de TI tendem a fazer com que o cargo de capacity manager ganhe força nos próximos anos.

Quanto ao conhecimento necessário exigido de um capacity manager, é preciso apresentar um profundo conhecimento técnico, principalmente em relação à infraestrutura de TI. É aconselhável, também, que seja alguém bom para lidar com orçamentos e análises estatísticas. Em geral, os consultores de recursos humanos apontam que o ideal seria que o CIO contratasse alguém com, pelo menos, seis anos de experiência.


quinta-feira, 9 de julho de 2009

Empresa lança solução de tomada de crédito via celular

quarta-feira, 8 de julho de 2009, 14h13 - TI Inside

A BSA desenvolveu uma solução de suporte à operação de tomada de crédito. Batizada de "CredForce", ela funciona via web e é cobrada como um serviço. A CredForce auxilia em todo o processo de realização de um empréstimo, desde a checagem de dados do cliente, até o envio da proposta ao banco parceiro, passando pela simulação da operação e a digitalização dos documentos. Mas a grande vantagem é o acesso ao serviço via celular, o que permite aos promotores que oferecem empréstimos nas ruas das grandes cidades adiantar boa parte dos procedimentos. "Antigamente, o promotor que trabalha na rua precisaria levar o cliente até o escritório para preencher a proposta de empréstimo. Com o celular ele pode adiantar algumas operações básicas, como verificar se o CPF está correto ou se há algum problema no Serasa", descreve o vice-presidente de marketing da BSA, João Paulo Azevedo.

Através do celular, também é possível para os promotores fazer a simulação do empréstimo e depois acompanhar o status da proposta. Tudo é feito via browser do telefone móvel, acessando uma página do serviço na web feita especialmente para celulares. Cerca de dez modelos diferentes de smartphones, todos com teclado Qwerty, já foram testados e homologados para utilizar a solução.

Google anuncia sistema operacional para PCs

quarta-feira, 8 de julho de 2009, 10h15 - TI Inside

O Google segue com sua estratégia de expansão dos negócios para outras áreas além da internet. A mais recente novidade da empresa foi anunciada nesta quarta-feira, 8, e diz respeito ao desenvolvimento de um sistema operacional de código aberto, denominado Google Chrome OS, que será destinado a PCs.

"Estamos anunciando um novo projeto que é uma extensão natural do Google Chrome - o Google Chrome Operating System. É a nossa tentativa de repensar o que os sistemas operacionais devem ser", escreveu o vice-presidente de produtos do Google, Sundar Pichai em um post no blog oficial da empresa.

De acordo com o executivo, inicialmente o sistema operacional irá rodar em netbooks. A meta é abrir o código-fonte do Chrome OS ainda neste ano e, segundo o Google, os netbooks com o sistema devem chegar ao mercado no segundo semestre de 2010.

"Já estamos conversando com parceiros sobre o projeto", adiantou Pichai. Com isso, a Microsoft ganha uma concorrente de peso no mercado de sistemas operacionais, principalmente no segmento de netbooks, no qual tem forte presença com uma versão light do Windows XP.

Apesar de inicialmente o Google Chrome OS será destinado a netbooks, o executivo frisou que o sistema operacional está sendo criado para pessoas que gastam a maior parte do seu tempo na web, e que portanto está sendo concebido para poder rodar em todos os computadores, o que inclui também grandes desktops.

O Google reconhece, no entanto, que existem algumas áreas nas quais pode haver um sobreposição entre o Google Chrome OS e o Android, sistema operacional voltado para smartphones.

60% dos projetos que trazem mudanças fracassam, diz IBM

São Paulo - Pesquisa realizada com 1,5 mil executivos de 15 países aponta que cultura corporativa e resistência dos funcionários são os maiores obstáculos.

Por Redação do COMPUTERWORLD
06 de julho de 2009 - 14h57

Segundo estudo global realizado pela IBM, 60% dos projetos que visam promover mudanças organizacionais nas empresas fracassam. A pesquisa foi realizada no final do ano passada com mais de 1,5 mil executivos em 15 países, incluindo o Brasil.

Os maiores obstáculos para o sucesso desse tipo de empreitada são a cultura corporativa e a resistência dos funcionários, conclui o estudo. Para 60% dos entrevistados, mudar a forma de pensar e a atitude das pessoas é muito difícil e 49% dos pesquisados dizem que os colaboradores, geralmente, têm dificuldade em se adaptar às transformações e temem encarar os desafios.

Mas, se a maioria dos CEOs considera que suas empresas estão falhando na tarefa de executar mudanças, muitos executivos estão aprendendo como contornar as dificuldades e melhorar os resultados. Em média, de acordo com a pesquisa, 41% dos projetos foram considerados satisfatórios pelos entrevistados em relação aos prazos, orçamento e qualidade. Os outros 59% falharam em todos ou, pelo menos, um dos objetivos.

O percentual de CEOs que esperam mudanças substanciais em suas organizações pulou de 65% em 2006 para 83% no ano passado. Entretanto, a satisfação com as transformações obtidas subiu bem menos, de 57% para 61% no mesmo período, levando o chamado “change gap” — diferença entre a mudança esperada e a sensação de ser capaz de gerenciá-la — triplicar em cerca de dois anos.

Segundo a IBM, a principal conclusão do estudo é que o sucesso dos projetos depende mais das pessoas do que da tecnologia. A empresa, em função disso, identificou quatro fatores comuns para distinguir os maiores desafios em projetos de transformação:

1- Percepções reais, ações reais – companhias que estão cientes dos desafios têm o dobro da percentagem de projetos bem-sucedidos e 27% menos projetos problemáticos ou fracassados.

2- Métodos sólidos, benefícios sólidos – aqueles que sempre seguem procedimentos específicos e formais têm uma taxa de sucesso nos projetos de 52%, comparado aos 36% de taxa de sucesso daqueles que improvisaram de acordo com a situação.

3- Melhores Habilidades, Melhores Mudanças – o envolvimento e a comunicação de mão dupla são duas poderosas ferramentas: 72% dos líderes acreditam que o envolvimento do funcionário é crucial e 70% acreditam que uma comunicação honesta e no momento certo é importante.

4- Investimento Certo, Impacto Certo – as empresas com melhores resultados na implementação da mudança investiram no aumento de noção da complexidade do projeto, gastando mais em criar habilidades de mudança e desenvolvendo suas ferramentas, métodos e capacidades de longo prazo.

Quais são as 10 razões que levam SOA ao fracasso?

Saiba os motivos, na opinião de Mike Kavis, da CIO, EUA, que levam a arquitetura orientada a serviços ao fracasso retumbante.

Por CIO, EUA
30 de julho de 2008 - 07h00

Diversos artigos apontam que um grande número de iniciativas SOA fracassa. No início de julho, na conferência anual Catalyst promovida pelo Burton Group, a vice-presidente e diretora de pesquisa da companhia, Anne Thomas Manes, disse que a maioria dos fracassos de SOA é mais uma questão cultural e de pessoas do que de tecnologia.

Concordo. Mas por que, exatamente, as pessoas fazem SOA fracassar? Há muitas razões para isso.

1. Valor de SOA para o negócio não é explicado
Um dos erros mais comuns dos profissionais de TI é abordar SOA apenas como tecnologia. Eles gastam muito tempo com arquitetura, governança e avaliações de fornecedores (o que é bom), mas se esquecem que SOA precisa resolver problemas do negócio.

Recomendação: Comece com problemas de negócio reais. É por isso que a aplicação “killer” para SOA é gerenciamento de processos de negócio (business process management - BPM). Aprimorando e automatizando processos de negócio, BPM resolve vários problemas do negócio. Provê visibilidade da performance operacional, aumenta a agilidade ao permitir que as empresas mudem seus processos dinamicamente sem envolvimento de TI, elimina desperdícios – e, conseqüentemente, reduz custos – e muito mais.

2. Subestimam a resistência contra as mudanças
A resistência contra as mudanças pode matar um projeto. Como SOA produz mudanças gigantescas em uma organização, o resultado é óbvio. As pessoas precisam entender o que têm a ganhar e por que a mudança é boa para elas e para a empresa. Cada nível tem preocupações que precisam ser abordadas e resolvidas individualmente.

Recomendação: Elabore um plano de gerenciamento de mudança organizacional (organizational change management -- OCM). Eu iria um pouco além e contrataria um especialista em OCM externo para ajudar a equipe de liderança da iniciativa SOA a lidar com a mudança.

3. Não possuem patrocínio executivo
Sem um forte patrocínio executivo, é altamente improvável que uma iniciativa SOA aconteça. SOA é uma grande empreitada que abrange múltiplos departamentos e sistemas. Você precisa de um executivo forte, com poder e tempo para manter a iniciativa em andamento e superar obstáculos ao longo do caminho.

Recomendação: Se a implementação SOA está alinhada com os principais motores do negócio, o patrocinador executivo deve ser um profissional de alto nível da área de negócio que se beneficia substancialmente da implementação. O negócio deve nortear o road map de SOA.

4. Tentam implementar ‘mini SOA’
SOA não é algo que você compra, é algo que você faz. Algumas empresas tentam fazer SOA com orçamento limitados, sem o middleware, governança, treinamento, consultoria, infra-estrutura e segurança.

Gerenciar SOA em um ambiente de produção é desafiador por causa de sua natureza distribuída e frouxamente acoplada. Economizar em ferramentas de gerenciamento do ciclo de vida ou em resolução de problemas não é boa idéia, assim como eliminar consultores.

Recomendação: Trace um mapa com os benefícios de longo prazo que SOA proporcionará à empresa. Mostre o retorno sobre o investimento. Se você elaborar um caso de negócio suficientemente bom, haverá dinheiro bastante para financiar a iniciativa. Além disso, estão disponíveis ótimos produtos open source que reduzem enormemente os custos gerais de uma implementação SOA.

5. Não têm as pessoas necessárias para SOA

Você precisa de arquitetos de SOA, modeladores de processos de negócio, administradores das ferramentas, arquitetos de dados e muitas outras habilidades. Estas funções não são baratas. Tentar implementar SOA sem qualquer experiência em SOA é um grande erro. O negócio precisa de treinamento em melhoria de processos e, possivelmente, até nas próprias ferramentas BPM.

Recomendação: Elabore um plano abrangente para treinamento e inclua a previsão no orçamento inicial. Tente reduzir o número de vezes que você precisa pedir dinheiro e obtenha o máximo que puder no início. Do contrário, a gerência pode ver a iniciativa SOA como um ralo interminável de capital.

6. Fraca gerência de projetos
No fim das contas, tudo ainda se resume à capacidade da empresa de gerenciar projetos. Os gerentes de projeto têm que gerenciar o escopo, mitigar riscos, manter as pessoas dentro do cronograma planejado e prover a comunicação apropriada em todos os níveis. Se sua organização luta para viabilizar projetos normais, suas chances de êxito com SOA serão duas vezes desafiadoras.

Recomendação: Coloque seus melhores recursos de gerenciamento neste projeto. Ou saia e arranje um ou dois especialistas. Esta pessoa precisa ser técnica o suficiente para entender SOA em um nível conceitual.

7. Pensam em SOA como um projeto
Muitas empresas ingênuas acham que SOA é apenas um projeto. SOA é uma arquitetura de software e só alcança os benefícios quando a empresa adere aos fundamentos da orientação a serviço. SOA exige especialização. Um serviço de negócio é resultado dos esforços de um arquiteto SOA, um desenvolvedor, um arquiteto de dados e um especialista em segurança. Foi-se o tempo em que uma pessoa fazia tudo sozinha.

Recomendação: A estrutura padrão de equipe de TI não é eficaz para SOA. Pense de uma maneira não convencional. Derrube os cubículos e crie um espaço aberto para possibilitar que estes especialistas trabalhem bem próximos. Também ajudar ter pessoal de negócio e testadores neste mesmo local. Elimine ao máximo as reuniões e escolha técnicas mais colaborativas.

8. Subestimam a complexidade de SOA.
Conceitualmente, SOA é apenas a próxima evolução da TI. Não é um conceito difícil de entender, mas difícil de implementar. A beleza de SOA e de BPM está na simplicidade que proporcionam para os usuários finais ao integrar diversos sistemas back end de forma a aparecerem para estes usuários como um aplicativo composto. O lado negativo é aumentar muito a complexidade de criar e gerenciar software. Muitos desenvolvedores terão que se esforçar bastante para fazer a transição. SOA demanda aderência a padrões e melhores práticas (governança) e segurança.

Recomendação: Não importa quão conservador você seja, prepare-se para enfrentar vários obstáculos técnicos. Implemente na hora oportuna, pensando nos problemas de integração causados por código ou pelas próprias ferramentas. Os produtos dos fornecedores estão muito longe de serem amadurecidos e haverá problemas. Estabeleça expectativas realistas e não tente fazer coisas demais cedo demais. Comece pequeno, forneça valor com freqüência e capitalize isso.

9. Não conseguem aderir a governança SOA
Governança é um palavrão para muita gente. Chame de gerenciamento SOA e talvez as pessoas não tremam tanto.

De todo modo, para obter os benefícios de SOA (reutilização, flexibilidade, agilidade), a equipe precisa aderir às diretrizes arquiteturais que a empresa adota. É o que se chama governança “design time”. Sem ela, provavelmente você terá apenas um punhado de Web services. Em algum momento, o esforço de desenvolvimento passará de criar serviços para consumir serviços.

Há também a governança “run time”. Você gerencia pró-ativamente a “saúde” do seu ambiente de produção SOA e a governança run time permite ver quais serviços estão sendo consumidos, aplicar políticas e SLAs, diagnosticar, analisar a performance e gerenciar todos os ativos.

Recomendação: Trate a governança como parte integral de SOA. Deve haver uma equipe dedicada com seu próprio road map e visão de longo prazo. Governança é uma jornada, levará vários anos para atingir um alto nível de maturidade. À medida que a governança amadurece, o mesmo acontece com a implementação SOA. Invista em ferramentas de gerenciamento de serviços, registro e repositório.

10. Deixam os fornecedores direcionar a arquitetura
Apoiar-se demais em um fornecedor pode ser desastroso. A meta dos fornecedores é vender-lhe o máximo de produtos possível. Mas você tem a meta de implementar SOA com êxito e fornecer à sua empresa o máximo de benefícios com o mínimo de custo. Percebe o conflito de interesses?

Recomendação: Descubra o que você precisa antes de conversar com os fornecedores. Adote um processo muito abrangente de avaliação do fornecedor. Quando você reduzir a poucos fornecedores, faça-os vir até o local para realizar uma prova de conceito de acordo com requisitos que você fornece. Veja-os pessoalmente em execução. Assim os fornecedores não podem mais se esconder atrás de belos slides do PowerPoint. Isso impede que você cometa erros colossais.

Faça seu dever de casa. Leia blogs de profissionais, converse com empresas de consultoria que utilizam as ferramentas, com outras empresas que implementaram SOA e com referências fornecidas pelos fabricantes. Não siga atalhos. Você terá que conviver que as decisões que tomar.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

4 dicas para o bom gerenciamento de riscos

São Paulo - Aversão total a riscos é fenômeno que pode trazer prejuízo às empresas. Veja que passos devem ser tomados para evitar este tipo de atitude.

Por Rodrigo Afonso, repórter do COMPUTERWORLD
03 de julho de 2009 - 07h24

Após a instabilidade da economia global, gerada pela crise financeira, a expressão “gestão de riscos” passou a fazer parte do dia a dia das empresas. O quadro mundial realmente trouxe importantes lições para os executivos, mas outro fenômeno, não tão positivo, pode prejudicar negócios: é o fenômeno da aversão total a riscos.

De acordo com Pedro Bicudo, sócio-diretor da TGT Consult, muitos CIOs e outros profissionais da área de TI estão sempre caminhando na tentativa de eliminar completamente todos os riscos. “Buscar o risco zero não é uma abordagem equilibrada. É preciso ponderar o nível de risco que a empresa corre e até que ponto deixar de corrê-lo pode prejudicar os negócios da empresa”.

Um exemplo é a empresa que, no afã de barrar vírus e malwares, simplesmente bloqueia os programas de mensagens instantâneas, que hoje já são consideradas ferramentas de produtividade. No passado, esse bloqueio já aconteceu com outras ferramentas que hoje são imprescindíveis, como e-mail e internet. Com essa atitude, a companhia pode acabar atrasando projetos e aumentando gastos com ligações telefônicas e deslocamentos. No final, eliminar o risco pode resultar em prejuízo.

Para Bicudo, a área de TI deveria seguir o mesmo padrão da gestão de risco financeiro, de crédito ou de projeto. Essas áreas realizam ponderações cuidadosas sobre os riscos e definem métricas sobre quais deles vale a pena correr para melhorar o desempenho nos negócios.

Para orientar os profissionais, a consultoria TGT aconselha os profissionais a seguirem alguns passos para analisar e lidar com riscos:

1 – Abordagem
A empresa deve decidir quais abordagens podem ser utilizadas e qual metodologia é mais adequada para determinada situação ou projeto. A metodologia é que descreve as características de risco as quais o projeto está sujeito.

2 – Informações
A base para a correta identificação dos riscos está nas informações dos projetos, obtidos por meio de três fontes: visão dos recursos do projeto, visão dos clientes e documentação de avanço do projeto.

3 – Probabilidades e impactos
Identificados os riscos, os impactos e probabilidades de ocorrência do risco devem ser analisados, orientando o plano de ação.

4 – Continuidade
Embora não ocorram como processos isolados, as diferentes partes de uma empresa possuem impactos e ameaças diferentes diante de cada risco. O monitoramento deve ser contínuo para se chegar a uma situação ideal de gestão de riscos.

Gartner: 5 principais atributos da computação em nuvem

São Paulo - De acordo com documento apresentado pela consultoria, essa definição deve ajudar as empresas a analisar se os modelos oferecidos no mercado aderem ao conceito.

Por Redação CIO
02 de julho de 2009 - 09h05

Um recente relatório da consultoria Gartner elenca os cinco critérios que definem o modelo de cloud computing (computação em nuvem). No documento, a empresa afirma que esses atributos ajudarão a analisar até que ponto as soluções e serviços oferecidos no mercado aderem, ou não, a esse conceito.

Ainda no documento, o Gartner define cloud computing como um estilo de computação escalável e elástica na qual os recursos de TI são fornecidos como um serviço para clientes externos, a partir da internet. Os cinco atributos definidos para a computação em nuvem são:

1. Baseado em serviço – Na computação em nuvem os serviços podem ser considerados sob medida, uma vez que são designados para atender a necessidades específicas de um grupo de clientes. As tecnologias, por sua vez, são escolhidas para suprir a solução ou o serviço em vez do contrário – o serviço ser desenvido de acordo com a infraestrutura tecnológica disponível.

2. Escalável e elástico – O serviço pode ter capacidade de escalar de acordo com as demandas do cliente. Já a elasticidade é um pressuposto para o caso dos ambientes em que existem recursos compartilhados de TI. No caso da escala, ela é um requisito ligado à infraestrutura e a software. Enquanto a elasticidade está associada não só à escala, mas também com modelos econômicos.

3. Compartilhado – A criação de grupos que compartilham serviços facilita a economia de escala. E os recursos de TI são usados com o máximo de eficiência. A infraestrutura, software ou plataformas passam a ser divididos entre vários usuários do serviços. Isso permite fornecer um número infinito de recursos para atender as necessidades de múltiplos clientes, ao mesmo tempo.

4. Medido por uso – Esse modelo de serviços possibilita criar métricas que permitam diferentes modelos de pagamento. O provedor pode cobrar pelo uso, por número de usuários, criar planos limitados, entre outros. Mas, em todos os casos, o pagamento vai ser feito pelo uso do serviço e não de acordo com o custo do equipamento.

5. Baseado no uso da internet – Os serviços são oferecidos por meio de protocolos e formatos web (como URLs, http e IP).

Novo Firefox promete acirrar batalha entre navegadores de web

quarta-feira, 1 de julho de 2009, 17h16 - TI Inside

A Mozilla liberou a nova versão do seu navegador de internet Firefox, o que deve acirrar a batalha com os browsers concorrentes, que estão aumentando dramaticamente a velocidade com que as páginas da web são exibidas.

A versão 3.5 Firefox foi anunciada na terça-feira, 30, e, segundo a empresa, o novo software tem capacidade de carregar as páginas da web mais de duas vezes mais rápido que seu antecessor, 3.0, graças aos avanços da linguagem JavaScript.

O ritmo de inovação dos navegadores não tem sido acompanhado desde que o Internet Explorer da Microsoft travou uma dura disputa com o Netscape pelo domínio do mercado, uma década atrás, segundo analistas ouvidos pelo jornal britânico Financial Times. Mas, desta vez, eles dizem que há algo mais em jogo com o browser ameaçando substituir as aplicações de desktop.

"É realmente a ‘Guerra dos Browsers’”, disse Jeffrey Hammond, analista aplicações e serviços de web da Forrester Research. “É, sem dúvida, o mais inovador período desde o fim dos anos 1990. A tecnologia está mudando, os tipos de aplicações estão se transformando, a web está acontecendo em tempo real e nós estamos vendo uma quantidade tremenda de experimentação."

O crescimento do navegador Firefox desde meados desta década trouxe de volta uma inesperada onda de competição entre os navegadores. Ele agora detém cerca de 23% de participação de mercado, enquanto que o Safari, da Apple, tem 8% de presença, de acordo com a Net Applications. Já o navegador do Google, o Chrome, detém 2% e representa um esforço importante da empresa no sentido de estimular avanços nos software de PC necessários para rodar as aplicações baseadas na web.

Embora a Microsoft tenha introduzido muitos recursos no Internet Explorer, com o lançamento da versão 8 em março passado, ele é tido como aquém dos seus concorrentes no que se refere a padrões conhecidos como o HTML 5.

A liberação da nova versão do Firefox ocorre no mesmo mês de lançamento da versão 4 do Safari, que, por rodar em JavaScript, tem reivindicado o título de "mais rápido navegador do mundo".

quinta-feira, 2 de julho de 2009

5 mitos sobre otimização de energia em data centers

Boston - Saiba como tomar as melhores decisões para reduzir o consumo energético do data center.

Por Michael Bullock*

29 de junho de 2009 - 14h18

Em um recente evento para CIOs (Chief Information Officers) e CFOs (Chief Financial Officers), entendi o motivo de tantos executivos fugirem dos temas relacionados à TI Verde. As empresas têm sido bombardeadas pelos fabricantes por uma avalanche de soluções ecologicamente corretas mas que, na maior parte do tempo, prometem benefícios enganosos e totalmente sem sentido.

>> Veja nosso especial de TI Verde

Este cenário é boa parte dos problemas que as organizações enfrentam hoje em relação à TI Verde. Apesar de todas as inovações para tornar os data centers mais eficientes – do ponto de vista energético –, as boas ideias são apagadas pelo discurso das áreas de marketing e vendas dos fornecedores de tecnologia da informação.

Tenho esperanças, no entanto, que os executivos responsáveis pelos data centers entendam que melhorar a PUE (Power Usage Efficiency ou, em português, a eficiência no uso energético) representa um caminho para acelerar o retorno sobre investimento nessas estruturas, reduzir custos e os estragos à natureza.

Para ajudar a entender o contexto, pense no que aconteceria se, de uma hora para outra, o combustível do seu veículo tivesse uma melhora de 35% em termos de eficiência (kilômetros por litro). Para isso, basta fazer um upgrade, que exige investimentos que se pagam no primeiro ano, graças à redução do consumo. Essa fórmula atrairia uma grande parte dos consumidores, certo? Porém, por que existe tão pouco interesse em aplicar esse mesmo conceito aos data centers?

Acredito que essa dificuldade deve-se ao fato de que é muito difícil prever com certeza quanto os investimentos em soluções verdes podem gerar de melhorias. Além disso, o mercado começa a se perguntar até que ponto a indústria não está tentando vender os mesmos velhos produtos, só que agora com uma abordagem ecológica.

Sem me aprofundar nas tecnologias utilizadas para redução de custos, seguem algumas dicas de que como os gestores de data center podem ir além dos discursos dos fornecedores na hora de avaliar se vale a pena investir em soluções verdes.

Antes de começar, vale só uma definição: no caso do data center, o PUE compara a energia necessária para operar os sistemas de TI e a infraestrutura de suporte – composta pela energia elétrica, umidificação e resfriamento do ambiente. Quanto mais baixo for esse índice, melhor, pois isso significa que a estrutura demanda menos watts para manter o funcionamento. A seguir, acompanhe os cinco mitos a respeito da economia de energia em data center e entenda como tomar melhor as decisões sobre o tema:

Mito 1 - O PUE é uma constante (vale para os 365 dias do ano)
Não. Esse índice pode variar ao longo das horas do dia e até de acordo com as estações do ano. Por exemplo, se o sistema prevê um aproveitamento do ar do meio ambiente para ajudar na refrigeração do data center, as empresas só poderão utilizar esse benefício nos dias em que a temperatura estiver mais baixa.

Por isso é importante determinar uma média de economia que pode ser gerada por uma solução de TI Verde ao longo de um ano e não só naquele momento que seria o ideal. Assim, quando o fornecedor promete que a tecnologia irá reduzir os gastos com energia, procure descobrir se a porcentagem apresentada não se refere apenas a um determinado cenário ou se ela diz respeito a uma média anual.

Mito 2 – Durante a construção e o desenho do data center, é possível otimizar o PUE
Nem sempre isso faz sentido, pois ao longo do ciclo de vida do data center os recursos vão mudar. Com isso, deve-se pensar que o desenho desse ambiente precisa ser flexível. Por exemplo, o gasto enérgico do data center vai mudar com o tempo e com a própria demanda por energia e refrigeração. Assim, se construir um ambiente para uma capacidade ideal, vai gastar mais dinheiro nos primeiros anos, com o intuito de suprir as necessidades de refrigeração e backup do que necessita.

Mito 3 – Recursos enérgicos alternativos melhoram o PUE
Falso. Se alguém disser que energias alternativas tendem a melhorar o PUE do seu data center, questione como isso pode incrementar a eficiência energética do ambiente. O que, eu garanto, não vai ter resposta.
Não estou dizendo que energias renováveis são ruins. Elas simplesmente não impactam no PUE. E, algumas vezes, nada representam em termos de economia de dinheiro também.

Mito 4 – Não dá para melhorar o PUE para os equipamentos em uso
Isso também é falso. Existem coisas que podem ser feitas para reduzir a energia necessária para suprir a capacidade de processamento e de refrigeração do data center – sem ter de mudar todos os equipamentos. Qualquer coisa que reduza a geração de calor no ambiente ou que aumente o resfriamento pode melhorar o PUE. Isso significa que não seja necessário trocar os equipamentos.

Mito 5 – A virtualização melhora o PUE
Isso é parcialmente verdade. A virtualização de servidores e de armazenamento pode reduzir o número de sistemas necessários para suportar o ambiente e, por consequência, isso diminui o consumo de energia.

Mas, mais uma vez, isso, por si só, não melhora o PUE. Se o data center está operando com 10% de sua capacidade, simplesmente reduzir um emissor de calor pode diminuir a necessidade do sistema de resfriamento em um nível que afete o PUE. No entanto, em ambientes que operam perto de 80% da capacidade máxima o mesmo não deve acontecer.

Inovação gera 65% das receitas da área de tecnologia do Serasa

São Paulo - Empresa colhe os resultados de um projeto criado há três anos e gerenciado de maneira informal, por meio do relacionamento interpessoal e de fóruns de discussão.

Por Patrícia Lisboa, repórter CIO Brasil

30 de junho de 2009 - 09h10

Três anos depois da implementação de um programa de open innovation - que reúne funcionários, fornecedores, parceiros e acadêmicos em workshops e fóruns para discutir formas de inovação -, a fornecedora de serviços financeiros Serasa Experian contabiliza que 65% das receitas geradas pela área de TI têm origem nas sugestões dos colaboradores do projeto.

Dorival Dourado, CIO da empresa, conta que a área de tecnologia atua na geração de resultados corporativos e é avaliada de forma independente das demais unidades de negócio. “Hoje somos uma provedora de soluções e serviços específicos para os clientes e a TI responde pelo desenvolvimento desses produtos”, diz ele, que lidera a iniciativa de transformar a companhia em um ambiente favorável à inovação e a construção coletiva de conhecimento.

Em vez de estruturar um projeto formal de inovação, Dourado optou por criar um movimento de estímulo à mudança e à criatividade dentro da companhia. “Não temos um nome, uma sede ou uma forma, espalhamos a iniciativa pelos corredores de forma viral”, conta ele, que complementa: “Em um exercício puro de liderança, ando pelos departamentos conversando com os funcionários e identificando oportunidades e seus agentes viabilizadores – que são aqueles que se dão uma ideia e se animam com a possibilidade de sua implementação.”

Depois dessa etapa de relacionamento, os colaboradores que tiveram contato com o CIO ou souberam da iniciativa por terceiros procuram os fóruns de discussão internos e formalizam suas sugestões. “Eu e minha equipe analisamos as ideias e, se a julgarmos pertinentes e viáveis, incumbimos a pessoa que sugeriu a liderar sua implementação”, diz Dourado.

A empresa não bonifica os funcionários financeiramente por isso. “Damos o que eles mais almejam: o reconhecimento profissional. Quando uma ideia se torna projeto, toda a companhia fica sabendo, comenta e reconhece o mérito de seu criador”, conclui ele.

Prefeituras ganham software livre para melhorar gestão

segunda-feira, 29 de junho de 2009, 18h55 - TI Inside

As prefeituras brasileiras contarão com novos softwares livres voltados à melhoria dos serviços municipais. É que duas soluções desenvolvidas pelos municípios de Bagé, no Rio Grande do Sul, e Fortaleza, no Ceará, se tornarão um bem público disponível livremente na internet. O lançamento dos softwares, denominados Marcas e Sinais e Sistema de Atendimento, respectivamente, foi feito em Porto Alegre, no 10º Fórum Internacional de Software Público (Fisl 10).

As soluções estarão disponíveis no portal do Software Público Brasileiro (www.softwarepublico.gov.br) e estarão acessíveis também no ambiente do 4CMBr Comunidade, Conhecimento, Colaboração e Compartilhamento. Esse é o primeiro grupo de interesse criado pelo portal do governo para atender às demandas municipais na área de tecnologia da informação. A iniciativa é coordenada pela Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento (SLTI).

Desenvolvida pela Prefeitura de Bagé para auxiliar o controle do registro de marcas e sinais em animais criados no município, a solução Marcas e Sinais, segundo a administração do município, reduziu de 20 dias para 15 minutos o tempo de consulta dessas informações. Isso porque todas as imagens de marcas utilizadas pelos produtores rurais foram digitalizadas e estão disponíveis para consulta na internet.

Em Bagé, uma nova marca somente pode ser autorizada após checagem das existentes já que cada produtor rural deve utilizar imagens distintas em seus animais para facilitar o controle dos mesmos. Segundo o coordenador do Núcleo de Tecnologia da Informação de Bagé, Cristiano Cachapuz e Lima, essa consulta era muito demorada porque as informações estavam em arquivos em papel que reúnem dados coletados pela Prefeitura desde 1930.

O outro software que se tornará público é o Sistema de Atendimento desenvolvido pela Prefeitura de Fortaleza. O seu objetivo é gerenciar o ambiente de atendimento ao público realizado nos órgãos municipais. A solução gerencia a emissão e a chamada de senhas pelos painéis eletrônicos, além de realizar uma avaliação do atendimento prestado aos cidadãos.

O governo federal desenvolveu uma iniciativa que alia a proximidade entre o Estado e a sociedade, inerente aos municípios, às tecnologias da informação e comunicação (TIC) com o objetivo de qualificar a prestação de serviços públicos. Trata-se do 4CMBr Comunidade, Conhecimento, Colaboração e Compartilhamento. Vinculado ao portal do Software Público Brasileiro, esse espaço reúne soluções de TI voltadas à melhoria da gestão municipal e, conseqüentemente, do atendimento população. Os usuários também podem propor sugestões para a melhoria das soluções porque o ambiente oferece ferramentas de interação como fóruns, chats e ambientes de colaboração.

O coordenador de TI de Fortaleza, Cristiano Therrien, contou que o município é um grande usuário dos softwares públicos disponibilizados pelo governo federal. De acordo com ele, a Prefeitura local também disponibilizou seu Plano Diretor de TI e o Plano Diretor de Geoprocessamento no Portal 4CMBr, bem como apóia e desenvolve vários sistemas livres para municípios.

Segundo o coordenador do 4CMBr, Luis Felipe Costa, a utilização das tecnologias da informação é essencial para a modernização e eficiência das políticas públicas porque elas permitem reduzir custos e qualificar procedimentos. Para Costa, uma das grandes vantagens da utilização de softwares públicos é evitar a descontinuação de projetos e programas, além de gastos desnecessários com o desenvolvimento de soluções já existentes. Ele destacou ainda que a criação das comunidades de prática possibilita uma permanente melhoria das soluções.