sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Google busca revendas fortes para crescer no setor corporativo
Empresa estimula integradoras a migrarem base de clientes para suas tecnologias e aponta oportunidades de negócios para o trabalho dos parceiros.
Por Rodrigo Afonso, da Computerworld
17 de dezembro de 2009 - 18h20
A Google percebeu que, para ganhar força no mercado corporativo brasileiro, precisa contar com revendedores fortes, que ofereçam suporte local, adequado às necessidades do País. Por isso, a companhia quer aumentar o número de revendas de seus produtos corporativos no País. A Google Enterprise está há mais de dois anos no Brasil, mas só agora as operações no setor começam a ensaiar uma decolagem por aqui.
Uma das estratégias evidentes, confirmada pelo diretor da divisão Enterprise da Google no Brasil, José Nilo, é estimular a migração da base de clientes dos integradores para os serviços da Google e acompanhar de perto o trabalho dessas empresas, apontando novas oportunidades de negócios. “A aposta é em parceiros que já tiveram sucesso no passado com a introdução de novas tecnologias”, diz.
Uma das 20 revendas brasileiras de Google Apps, pacote que abarca quase todos os produtos da linha corporativa da empresa, é a Dedalus. A companhia, que começou agora a fechar os primeiros clientes do pacote, quer migrar 25% dos contratos atuais de e-mail para a plataforma da Google. Em 2010, a meta é que 45% do faturamento seja associado ao Google Apps.
“Por enquanto, temos oito clientes fechados, mas com base nos contatos que recebemos, a expectativa é de que esse número cresça muito rapidamente. Estamos respirando Google e apostando muito em suas ferramentas”, afirma o presidente da Dedalus, Maurício Fernandes.
A IP Connection, integradora que prevê faturamento de 15 milhões de reais para o próximo ano, já está em fase avançada de negócios com Apps. Sem revelar o nome do cliente, o CEO da companhia, Alexandre Otto, conta que está fechando um contrato de quatro mil licenças. A empresa, que fica em São Paulo, atua na área de saúde, e está migrando de soluções Microsoft. Sem contar esse cliente, a expectativa é fechar 2009 fornecendo o pacote para dois mil usuários (somando todos os contratos).
Outra empresa que fechou com a IP Connection foi a Contact Nvocc, da área de logística. Foram 110 contas implantadas pelo valor de 16 mil reais para o período de um ano e a expectativa é de que o número de usuários migrados chegue a 500. Segundo Otto, em 2010 o Apps responderá por 10% a 15% do faturamento da empresa. Pela expectativa de faturamento, significa que entre 1,5 milhão e 2,25 milhões de reais serão gerados com negócios relacionados à Google.
Em um dos poucos negócios diretos, a Google vendeu 3,5 mil licenças de Google Apps para as Lojas Renner, em uma situação ímpar, na qual e-mail não era a prioridade número um do cliente. A solução que a empresa mais utiliza é o Google Sites, ferramenta de portal corporativo que ajuda a equipe a trabalhar de maneira colaborativa. “Os grandes benefícios foram a agilidade e a velocidade de implantação que obtivemos. O novo ambiente colaborativo foi bem recebido e substituiu ferramenta da Oracle”, relata o CIO da Renner, Leandro Balbinot.
Para se ter uma ideia do que os números significam, a Google gosta de destacar que o grande marco do Google Apps nos EUA foi o contrato fechado com a farmacêutica Genentech, com 17 mil usuários. Se levar em consideração a diferença de porte entre empresas dos EUA e do Brasil, contratos de 4 mil usuários podem realmente indicar uma forte tendência de crescimento da ferramenta.
Apesar disso, a Google não revela números sobre a participação do Enterprise no faturamento da companhia. Em evento recente, a empresa disse somente que a América Latina responde por 10% de todos os negócios da Google e que o Brasil gera 40% do faturamento da América Latina. O preço da licença do Google Apps no Brasil é mais alto do que nos Estados Unidos por uma questão tributária. Segundo Nilo, o preço previsto para 2010 deve ficar na casa dos 75 dólares por usuário por ano, ou 135 reais pelo câmbio desta quinta-feira (17/12).
Google Search Appliance
Outra parte da estratégia de ter uma atuação mais agressiva no mercado corporativo está no Google Search Appliance (GSA), equipamento que é conectado à rede de uma empresa para indexar todo o conteúdo e criar para os usuários corporativos um portal de buscas interno com o conteúdo. A Google não revela valores ou percentuais de negócios relacionados ao equipamento, mas já há integradoras interessadas em basear seu crescimento com o produto.
A Just Digital é uma delas. A integradora deve fechar o faturamento de 2008 com 1,5 milhão de reais, sendo 35% em negócios relacionados à Google. Para 2010, a meta é dobrar o faturamento e fazer com que as soluções Google respondam por 70% do faturamento. Os clientes da companhia são representativos: Claro, Rede Record, Magazine Luiza, Pernambucanas, FIESP, CIESP, Grupo Pão de Açúcar e Videolar.
Além do GSA, a empresa aposta no desenvolvimento de aplicações para a plataforma Google Apps para crescer. “Já temos produtos homologados que vão entrar no marketplace da Google, mas planejamos também desenvolver produtos que resolvam algumas questões específicas de clientes”, detalha o diretor de operações da Just Digital, Rafael Cichini.
Segundo José Nilo, da Google, implantar GSA em uma empresa pode custar a partir de 85 mil reais, valor que pode subir bastante dependendo do volume de dados e necessidade de serviços especializados. O Google Mini, versão mais leve para pequenas empresas, tem preço inicial de 8 mil dólares.
Por Rodrigo Afonso, da Computerworld
17 de dezembro de 2009 - 18h20
A Google percebeu que, para ganhar força no mercado corporativo brasileiro, precisa contar com revendedores fortes, que ofereçam suporte local, adequado às necessidades do País. Por isso, a companhia quer aumentar o número de revendas de seus produtos corporativos no País. A Google Enterprise está há mais de dois anos no Brasil, mas só agora as operações no setor começam a ensaiar uma decolagem por aqui.
Uma das estratégias evidentes, confirmada pelo diretor da divisão Enterprise da Google no Brasil, José Nilo, é estimular a migração da base de clientes dos integradores para os serviços da Google e acompanhar de perto o trabalho dessas empresas, apontando novas oportunidades de negócios. “A aposta é em parceiros que já tiveram sucesso no passado com a introdução de novas tecnologias”, diz.
Uma das 20 revendas brasileiras de Google Apps, pacote que abarca quase todos os produtos da linha corporativa da empresa, é a Dedalus. A companhia, que começou agora a fechar os primeiros clientes do pacote, quer migrar 25% dos contratos atuais de e-mail para a plataforma da Google. Em 2010, a meta é que 45% do faturamento seja associado ao Google Apps.
“Por enquanto, temos oito clientes fechados, mas com base nos contatos que recebemos, a expectativa é de que esse número cresça muito rapidamente. Estamos respirando Google e apostando muito em suas ferramentas”, afirma o presidente da Dedalus, Maurício Fernandes.
A IP Connection, integradora que prevê faturamento de 15 milhões de reais para o próximo ano, já está em fase avançada de negócios com Apps. Sem revelar o nome do cliente, o CEO da companhia, Alexandre Otto, conta que está fechando um contrato de quatro mil licenças. A empresa, que fica em São Paulo, atua na área de saúde, e está migrando de soluções Microsoft. Sem contar esse cliente, a expectativa é fechar 2009 fornecendo o pacote para dois mil usuários (somando todos os contratos).
Outra empresa que fechou com a IP Connection foi a Contact Nvocc, da área de logística. Foram 110 contas implantadas pelo valor de 16 mil reais para o período de um ano e a expectativa é de que o número de usuários migrados chegue a 500. Segundo Otto, em 2010 o Apps responderá por 10% a 15% do faturamento da empresa. Pela expectativa de faturamento, significa que entre 1,5 milhão e 2,25 milhões de reais serão gerados com negócios relacionados à Google.
Em um dos poucos negócios diretos, a Google vendeu 3,5 mil licenças de Google Apps para as Lojas Renner, em uma situação ímpar, na qual e-mail não era a prioridade número um do cliente. A solução que a empresa mais utiliza é o Google Sites, ferramenta de portal corporativo que ajuda a equipe a trabalhar de maneira colaborativa. “Os grandes benefícios foram a agilidade e a velocidade de implantação que obtivemos. O novo ambiente colaborativo foi bem recebido e substituiu ferramenta da Oracle”, relata o CIO da Renner, Leandro Balbinot.
Para se ter uma ideia do que os números significam, a Google gosta de destacar que o grande marco do Google Apps nos EUA foi o contrato fechado com a farmacêutica Genentech, com 17 mil usuários. Se levar em consideração a diferença de porte entre empresas dos EUA e do Brasil, contratos de 4 mil usuários podem realmente indicar uma forte tendência de crescimento da ferramenta.
Apesar disso, a Google não revela números sobre a participação do Enterprise no faturamento da companhia. Em evento recente, a empresa disse somente que a América Latina responde por 10% de todos os negócios da Google e que o Brasil gera 40% do faturamento da América Latina. O preço da licença do Google Apps no Brasil é mais alto do que nos Estados Unidos por uma questão tributária. Segundo Nilo, o preço previsto para 2010 deve ficar na casa dos 75 dólares por usuário por ano, ou 135 reais pelo câmbio desta quinta-feira (17/12).
Google Search Appliance
Outra parte da estratégia de ter uma atuação mais agressiva no mercado corporativo está no Google Search Appliance (GSA), equipamento que é conectado à rede de uma empresa para indexar todo o conteúdo e criar para os usuários corporativos um portal de buscas interno com o conteúdo. A Google não revela valores ou percentuais de negócios relacionados ao equipamento, mas já há integradoras interessadas em basear seu crescimento com o produto.
A Just Digital é uma delas. A integradora deve fechar o faturamento de 2008 com 1,5 milhão de reais, sendo 35% em negócios relacionados à Google. Para 2010, a meta é dobrar o faturamento e fazer com que as soluções Google respondam por 70% do faturamento. Os clientes da companhia são representativos: Claro, Rede Record, Magazine Luiza, Pernambucanas, FIESP, CIESP, Grupo Pão de Açúcar e Videolar.
Além do GSA, a empresa aposta no desenvolvimento de aplicações para a plataforma Google Apps para crescer. “Já temos produtos homologados que vão entrar no marketplace da Google, mas planejamos também desenvolver produtos que resolvam algumas questões específicas de clientes”, detalha o diretor de operações da Just Digital, Rafael Cichini.
Segundo José Nilo, da Google, implantar GSA em uma empresa pode custar a partir de 85 mil reais, valor que pode subir bastante dependendo do volume de dados e necessidade de serviços especializados. O Google Mini, versão mais leve para pequenas empresas, tem preço inicial de 8 mil dólares.
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