terça-feira, 21 de julho de 2009

Microsoft libera 20 mil linhas de códigos para comunidade Linux

Empresa vai oferecer linhas para serem incorporadas ao núcleo do sistema operacional de código aberto.

Por IDG News Service
20 de julho de 2009 - 19h15

A Microsoft anunciou hoje (20/7), nos Estados Unidos, que vai tornar disponível 20 mil linhas de códigos de drivers (softwares que permitem ao sistema operacional usar as funcionalidades de determinado dispositivo, como uma câmera ou disco rígido externo) para a inclusão no núcleo (kernel) do Linux, sistema operacional de código aberto.

Os drivers, uma vez adicionados ao Linux, vão permitir que qualquer distribuição do sistema operacional aberto funcione de forma virtual em servidores com sistema Windows e Hyper-V, software para virtualização de servidores (hypervisor) da Microsoft. Os códigos serão oferecidos sob licença GPLv2 (general public license version 2, que permite a utilização livre do software, o acesso a seu código fonte e a obrigatoriedade de manter aberta qualquer versão feita a partir de um sistema com este tipo de licença).

Segundo a Microsoft, a iniciativa vai deixar o Windows mais aberto e ajudar a empresa a ter uma oferta consistente de ferramentas para gerenciamento e suporte de ambientes virtualizados. De acordo com o diretor para estratégias de plataformas da Microsoft, Sam Ramji, as comunidades Linux e Microsoft estão caminhando juntas. “É um benefício para nossos clientes”, afirma.

A comunidade Linux, diz o executivo, construiu uma plataforma usada por muitos clientes da Microsoft. “Nossa estratégia é melhorar a interoperabilidade entre nossas plataformas e quantas tecnologias abertas nossos clientes desejam usar, o que inclui o Linux”.

Outro motivo para a abertura do código é a crise econômica mundial. Segundo Ramji, muitas empresas estão procurando a Microsoft na tentativa de criar ambientes de tecnologia mais heterogêneos. “Nós entendemos que reduzir a complexidade é reduzir custos. A interoperabilidade ajuda no crescimento dos negócios”, afirma o executivo.

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