terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Pesquisa mostra que uso da tecnologia reduz riscos de complicações em hospitais

Framinghan - Estudo feito nos Estados Unidos aponta relação entre o nível de adoção tecnológica e a redução das taxas de mortalidade e complicações médicas em instituições de saúde.

Por COMPUTERWORLD/EUA
02 de fevereiro de 2009 - 16h50

A adoção de tecnologias que ajudam médicos e enfermeiras a automatizar suas tarefas pode ser a diferença entre a vida e a morte de seus pacientes. É o que aponta um recente estudo realizado com mais de 167 mil pessoas em 41 hospitais dos Estados Unidos.

Segundo a pesquisa, publicada na semana passada no jornal especializado em assuntos médicos Archives of Internal Medicine, hospitais com notas, registros de entrada e suporte para decisões clínicas automatizados enfrentam menos complicações, taxas de mortalidade menores e, ainda, custos reduzidos, em comparação com estabelecimentos onde o papel é mais utilizado. O estudo é de autoria do Dr. Ruben Amarasinghan, professor assistente do Southwestern Medical Centar, na Universidade do Texas.

Comparando os índices de mortalidade, complicações médicas, períodos de internação e custos, Amarasinghan concluiu que hospitais com níveis de automação mais elevados economizaram 1, 7 mil dólar por paciente em procedimentos como a cirurgias para colocação de pontes de safena.

A pesquisa considerou quatro condições médicas comuns — ataques cardíacos, cirurgia para colocação de pontes de safena, pneumonia e insuficiência cardíaca — e como a tecnologia foi usada pra automatizar o tratamento. Uma ferramenta de análise foi usada para medir a automação em áreas em que, normalmente, são usados formulários em papel, como registros dos pacientes e resultados de exames. Médicos também foram questionados sobre a eficiência e a facilidade de uso dos sistemas.

Para medir o nível tecnológico, foi usada uma escala de 100 pontos. Um incremento de 10 pontos na escala mostrou uma diminuição de 15% nas mortes, de acordo com a pesquisa. Hospitais com este nível de adoção tecnológica apresentaram taxa de mortalidade de 1,4%, contra 1,9% dos hospitais com nível zero. “Os números sugerem que para cada grupo de mil pacientes, menos de cinco faleceram em hospitais com mais automação”, afirma o estudo.

Sistemas de registros de entradas de pacientes automatizados geraram uma queda de 9% nos riscos de ataques cardíacos e de 55% na necessidade de cirurgias para colocação de pontes de safena. Ao mesmo tempo, sistemas desenvolvidos para ajudar na tomada de decisão por médicos e enfermeiras diminuíram em 16% as complicações médicas.

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