segunda-feira, 30 de março de 2009

Malware sequestra arquivos de internautas e pede resgate em dinheiro

Framingam - Programa malicioso impede que arquivos do Word e do Adobe Reader sejam abertos e bloqueia acesso à pasta “Meus Documentos”

Por Computerworld/EUA

27 de março de 2009 - 15h31

Os crackers não param de pensar em maneiras de tirar dinheiro dos internautas mais desavisados. A nova modalidade agora consiste em sequestrar os arquivos pessoais do usuário e pedir um resgate para liberar os arquivos.

O golpe funciona da seguinte maneira: os crackers distribuem um malware que se passa por uma atualização de programa. Uma vez instalado, o programa trava o acesso a arquivos com extensão “.doc” (do Word), “.pdf” (Adobe Reader) e impede o acesso à pasta “Meus Documentos”.

Ao tentar abrir um desses arquivos, o usuário recebe um alerta dizendo que um utilitário chamado FileFix 2009 precisa ser instalado para poder acessar os arquivos novamente. A mensagem diz: “Windows detectou que alguns de seus arquivos do MS Office e de mídia estão corrompidos. Clique aqui para fazer o donwload e instalar a aplicação para reparar os arquivos.”

O programa, porém, só destrava um arquivo gratuitamente. Para restaurar os outros, é preciso comprar o programa FileFix Pro, que custa 50 dólares.

Por sorte, os internautas que caíram no golpe não precisam se preocupar em pagar o “resgate”, já que algumas companhias desenvolveram ferramentas para “libertar” os arquivos gratuitamente. A Bleeping Computer criou o “Anti File Fix”, enquanto a FireEye criou uma ferramenta que também permite resgatar os arquivos gratuitamente.

Apesar de considerar fácil “resgatar” os arquivos sequestrados, Alex Lanstein, pesquisador da FireEye, considera a novidade “como algo muito ruim para o futuro da internet”. Os próximos malwares, disse, podem não ser tão simples quanto o FileFix.

sábado, 28 de março de 2009

Minas Gerais adota certificação digital na venda de carros

sexta-feira, 27 de março de 2009, 16h20 - TI Inside

No estado de Minas Gerais, o cidadão que vender seu veículo e quiser evitar ser responsabilizado por eventuais infrações cometidas pelo comprador, até regularizar a documentação no Detran, pode solicitar o serviço Comunicação de Venda de Veículo (Comven) – documento que registra e oficializa a transação no exato momento da venda de um veículo. Esse serviço é prestado por 47 cartórios do Estado e agiliza a comunicação de venda do veículo ao Denatran, possibilitando também a redução do tempo para a realização da vistoria e a transferência definitiva do veículo.

Segundo o diretor sócio do Comven, José Martins, a garantia de autenticidade da transação é dada por meio da fé pública dos cartórios e pelo uso da certificação digital. “O certificado padrão ICP-Brasil é utilizado pelo tabelião para acessar o Sistema Comven e assim realizar a comunicação de venda na base de dados do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam).” De acordo com ele, a certificação permite a obtenção de vantagens, como a capilaridade da internet, a velocidade da transação em tempo real, a facilidade de treinamento dos prestadores do serviço, a segurança total, a comodidade para o cidadão e o baixo custo operacional.

Entendendo o processo

De acordo com o artigo 134 do Código de Trânsito Brasileiro, o proprietário antigo deve comunicar a venda do veículo ao Detran no máximo em 30 dias para que a documentação seja regularizada. Durante esse período, as infrações eventualmente cometidas pelo novo proprietário serão de responsabilidade civil, administrativa e criminal do vendedor.

Para evitar problemas decorrentes dessa situação, basta o usuário ir a qualquer cartório de notas, que faça parte da Rede de Atendimento, e, ao mesmo tempo que reconhece a firma no certificado de registro do veículo – CRV, solicita o registro no Comven.

O sistema vai tornar mais ágil a comunicação de venda do veículo de forma segura e em tempo real, eliminando a necessidade de fazer a Comunicação de Venda do Veículo posteriormente nos postos do Detran, além de melhorar o serviço prestado ao cidadão, o vendedor se resguarda de acusações injustas, bastando apresentar o Documento de Comunicação de Venda para evitar qualquer prejuízo.

Benefícios para os estados

Segundo Martins, para os estados há vários benefícios como, por exemplo, a eliminação da atribuição equivocada de pontos nas carteiras de habilitação; diminuição dos envios equivocados de cobrança de multas e IPVAs; aumento e antecipação da arrecadação do IPVA; diminuição dos lançamento de débitos na Dívida Ativa do Estado; redução dos custos jurídicos; agilização do processo de transferência de veículos nos postos de Detran; e aumento e antecipação da arrecadação das multas de trânsito.

O diretor também informou que está em negociação com o Detran a ampliação desse serviço para outros estados, como Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Tocantins, Paraíba, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, etc. “A proposta é que os demais estados tenham o serviço disponível até meados de 2010”, comentou.

Mercado de desktops virtuais atingirá US$ 66 bi em 2013, aponta Gartner

sexta-feira, 27 de março de 2009, 14h20 - TI Inside

O mercado de desktops virtuais vai crescer significativamente nos próximos cinco anos, devendo saltar de US$ 1,3 bilhão a US$ 1,5 bilhão neste ano para um faturamento de US$ 65,7 bilhões em 2013, segundo estudo do Gartner.

As vendas, que neste ano representarão cerca de 1% da receita total do mercado mundial de PCs profissionais (corporativos), devem passar a responder por cerca de 40% do faturamento em 2013.

De acordo com a consultoria, o mercado vai passar de cerca de 500 mil unidades de desktops virtuais neste ano para 49 mil em 2013. O Gartner estima que aproximadamente 15% do atual parque mundial de desktops profissionais irão migrar para a virtualização até 2014, o equivalente a cerca de 66 milhões de equipamentos.

A tendência, segundo a consultoria, é que, devido aos cortes nos orçamentos de TI por causa da crise financeira mundial, muitas das implantações de desktops virtuais neste ano serão adiadas para 2010 e 2011.

Segundo Brian Gammage, vice-presidente de pesquisa do Gartner, a adoção da hospedagem de desktops virtuais pelas empresas será acelerada durante os próximos três a cinco anos, especialmente em mercados maduros, onde os centros de dados e infraestruturas existentes serão utilizadas para compensar o custo das implantações dessa nova arquitetura.

"Os fabricantes de PCs devem se preparar para o crescimento da procura para esse tipo de arquitetura de computadores, adaptando estratégias de vendas e modelos de compensação. Caso contrário, perderam vendas", disse Annette Jump, diretora da pesquisa do Gartner.

sexta-feira, 27 de março de 2009

7 tendências tecnológicas para os próximos dois a cinco anos

São Paulo - Consultoria E-Consulting indica quais tecnologias serão relevantes para os negócios no futuro próximo.

Por Redação do COMPUTERWORLD

27 de março de 2009 - 08h22

A consultoria E-Consulting estabeleceu uma lista de sete tendências tecnológicas para os próximos dois a cinco anos.

>> Veja a lista de 2007

A lista busca prever quais tecnologias estarão em pauta em médio prazo. Ainda que elas possam ser, atualmente, "mercadologicamente imaturas ou comercialmente inviáveis, certamente serão aquelas que no prazo de dois a cinco anos impactarão radicalmente a forma como as empresas conduzem seus negócios”, ressalta a consultoria.

De acordo com a E-Consulting, dizer hoje que governança de Tecnologia da Informação, outsourcing, Web 2.0 ou TI como serviços serão destaques não traz um valor diferenciado para o CIO ou para o interessado/investidor em tecnologia. As 7 "hot trends" apontadas pela consultoria são:

1- Cloud Customization – A customização de aplicativos e funcionalidades interativas vai acontecer remotamente, segundo a consultoria, e será realizada pelo usuário. A E-Consulting chama isso de self-technologies.

2- Proactive Stakeholder Networks (redes proativas de partes interessadas) – Apoiado na evolução do conceito 2.0, o conceito defende que as diversas partes interessadas (stakeholders) das empresas vão se organizar em grupos, redes e comunidades de interesse, manifestando opinião e defesa de direitos, assumindo papel de protagonistas na gestão das empresas (de suas marcas e produtos). Isso valerá para as redes de clientes, colaboradores, acionistas, fornecedores, etc. Assim, caberá às corporações absorver essas redes integrando-as aos seus modelos de negócios.

3- Customized Application Frameworks (framework de aplicações customizadas) – A idéia está em maximizar o valor da estrutura de tecnologia existente, acelerando a oferta dos aplicativos e serviços de tecnologia para os usuários de forma prática e rápida. A existência de frameworks maduros deverá criar mercados importantes para plataformas de venda de serviços de software/sistemas pautados no aluguel destes frameworks, que serão customizados em função das necessidades dos diferentes clientes.

4- Enterteinment Content Components (componentes de conteúdo de entretenimento) – O mercado de conteúdo de entretenimento aumenta muito com o crescimento da convergência e da penetração do celular com maior capacidade de manipulação de dados, da TV Digital e de outros aparelhos integrados em plataforma digital. Assim, a componentização dos aplicativos de conteúdo e entretenimento gerará novos produtos em escala deste tipo de serviço, áreas de interesse de empresas como Nokia, Microsoft e Google

5- Multichannel IP Points (gestão multicanal) - A convergência nos canais digitais e da Web 2.0 e de suas integrações com os canais físicos (ex. lojas de varejo, agências bancárias, representantes comerciais, etc) vai obrigar as empresas a adotarem uma abordagem multicanal, com a revisão das dinâmicas dos modelos de interação com clientes e demais stakeholders.

Toda a arquitetura de canais da companhia deverá ser revisada com vistas à integração online, tanto de canais físicos como digitais. Neste momento, conceitos como single sign on, CRM analítico, visão única do cliente, clusterização de redes e comunidades (e não segmentação de clientes), etc, ganham espaço.

6- Open Remote Libraries (bibliotecas remotas de acesso qualificado) - O conhecimento em uma empresa ganha mais valor com a sua disseminação em grupos e comunidades capazes de tirar beneficio dele, além de agregar novas informações e disseminá-las. Assim, abre espaço para bibliotecas remotas de acesso qualificado que vão estruturar o conhecimento de maneira que possa ser compartilhado e agregado dentro da Internet, em comunidades abertas ou corporativas.

7- GAT (Gestão dos Ativos de TI) - O gestor de tecnologia tem o dever de comprovar o valor gerado e/ou protegido pela tecnologia (infraestrutura, sistemas, arquiteturas, plataformas, conhecimento, metodologias, modelos, gestão, etc) para empresa e para os acionistas. Desta forma, com o tratamento dos ativos intangíveis como ativos de valor (movimento iniciado pela revisão das prerrogativas da Governança Corporativa – fruto da pressão da atual crise econômica - e pelo advento de novos padrões contábeis), caberá ao CIO aprender a gerenciar os ativos tecnológicos como ativos corporativos, de fato.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Gartner: crise econômica incentiva o uso de BPM para reduzir custos

São Paulo - Segundo o instituto, o gerenciamento de processos de negócios pode gerar economias de até 20% para as empresas.

Por Redação do COMPUTERWORLD

19 de março de 2009 - 17h00

Segundo o Gartner, o uso de BPM (Business Process Management) pode promover economias de até 20% nos custos operacionais das empresas. Em um ano, de acordo com analistas, é possível recuperar o investimento.

“A crise econômica está promovendo o uso de BPM como um mecanismo de corte de custos. Cerca de um terço das companhias pesquisadas estão aumentando os investimentos na área”, afirmou Michele Cantara, vice-presidente de pesquisas da empresa.

O BPM deixa os processos de negócios visíveis para as áreas de negócios e de tecnologia, destacou Michele. “Isso permite que os departamentos trabalhem em conjunto, mudando processo mais rapidamente e com mais eficiência”, disse a vice-presidente.

“Quando as empresas estão em modo de “sobrevivência”, elas tendem a cortar totalmente financiamentos de projetos para cortar custos. Essa abordagem pode tirar dos trilhos alguns processos de negócios e, na prática, acabar fazendo a companhia gastar ainda mais dinheiro. Como o BPM traz maior visibilidade aos processos, ele ajuda a ter mais precisão no corte de gastos”, explica Michele.

A recomendação do Gartner é que as empresas usem o BPM para confrontar desafios de negócios e relações complexas. Enquanto a ferramenta é usada para descobrir formas significativas de reduzir despesas, caso as companhias não gerenciem corretamente o processo, o resultado pode ser um fracasso.

De acordo com analistas do instituto, o BPM não é diferente de outros esforços de gerenciamento. A tecnologia é apenas uma pequena parte do problema. Mudar o comportamento das pessoas é o maior desafio. “Algumas organizações focam os debates em quem deve liderar o processo e como defini-los. Mas existem empresas que entendem como o BPM pode sustentar melhorias contínuas. Estas companhias são capazes de lidar com os problemas de começar a usar as ferramentas, com as mudanças organizacionais e com o uso de tecnologias apropriadas”, define Michele.

Data center verde garante ao INPE redução de 17% nos gastos com energia

São Paulo - Gerando economia de 35 mil reais mensais, projeto terá investimento recuperado em 21 meses.

Por Fabiana Monte, editora-assistente do Computerworld

23 de março de 2009 - 17h54

O clima do planeta é o principal afetado pelas emissões de carbono e pela falta de políticas de desenvolvimento sustentável. No Brasil, o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), acompanha de perto as variações climáticas no território brasileiro.

Para analisar e ajudar a prevenir inundações e secas, o CPTEC conta com supercomputadores vetoriais SX-6 e SX-4, capazes de processar até 768 bilhões e 16 bilhões de operações aritméticas por segundo, respectivamente.
Há também um cluster com 1.110 processadores que executa até 5,7 trilhões de operações aritméticas por segundo. Com tanto poder de processamento, a refrigeração do data center do centro começou a ficar ineficiente. Embora houvesse potência, o sistema não oferecia a refrigeração esperada.

Em 2007 o CPTEC deu início a um projeto para criar um data center verde com sistema de refrigeração inteligente. Contratou uma empresa de engenharia, a Conbras, e adquiriu equipamentos da Emerson Network, em um investimento de 736,8 mil reais concluído em meados do ano passado.

“Em 21 meses, obteremos o pay back. A economia mensal é de 35 mil reais a 37 mil reais (17% do valor total da conta de eletricidade). Após a instalação, no primeiro mês já obtivemos economia”, comemora Fabiano Azevedo, gerente de manutenção da Conbras. “Nossa expectativa era reduzir o consumo do data center em 5%, mas conseguimos diminuir em todo o prédio do INPE”, acrescenta.

O ar condicionado instalado no data center analisa a necessidade dos supercomputadores e trabalha de acordo com a demanda das máquinas, evitando operação além ou aquém do processamento.

Pesquisa: crise pode acelerar adoção do Linux nas empresas

São Paulo – Estudo global realizado pela IDC revela que mais da metade dos entrevistados planejam acelerar a adoção do Linux este ano.

Por Redação do COMPUTERWORLD

24 de março de 2009 - 07h11

A IDC concluiu na última semana um estudo global, realizado com o patrocínio da Novell, que revelou um aumento nas aquisições de Linux ocorridas em virtude da recessão econômica global. Quanto mais as empresas procuram cortar custos e agregar valor, mais são atraídas pela economia que o Linux pode oferecer.

Mais da metade dos executivos de TI pesquisados planejam acelerar a adoção do sistema operacional em 2009. Além disso, mais de 72% deles disseram que estão avaliando seriamente ou já decidiram aumentar a adoção do Linux no servidor em 2009, com mais de 68% reivindicando o mesmo para o desktop. O estudo foi feito com cerca de 300 executivos de TI de setores como manufatura, serviços financeiros, varejo e agências governamentais de todo o mundo.

A pesquisa revelou os principais fatores do crescente interesse em Linux. A principal razão que motivou os executivos a migrarem para Linux foi econômica e relacionada à redução contínua de custos de suporte. Como resultado, mais de 40% dos participantes da pesquisa disseram que planejam implantar fluxos de trabalho adicionais em Linux nos próximos 12 ou 24 meses e 49% indicaram que o Linux será sua principal plataforma nos próximos cinco anos. Notavelmente, entretanto, aqueles que continuam hesitantes em adotar Linux citaram falta de suporte de aplicação e fraca interoperabilidade com Windows e outros ambientes como sua principal preocupação.

Outras constatações da pesquisa:

- 67% dos pesquisados afirmaram que interoperabilidade e gerenciamento entre Linux e Windows são dois dos fatores mais importantes na escolha do sistema operacional.

- o setor de varejo mostrou o maior potencial de aceleração na adoção de Linux já que 63% dos pesquisados planejam um aumento no desktop e 69% consideram o mesmo no servidor. A área governamental ficou para trás.

- quase 50% dos pesquisados planejam acelerar a adoção de Linux no desktop, especialmente para funções de escritório básicas, usuários técnicos de estações de trabalho e educação superior/K-12.

- aproximadamente metade dos entrevistados afirmou que sua migração para a virtualização está acelerando suas adoções de Linux. 88% deles planejam avaliar, implantar ou aumentar a utilização do uso de software de virtualização no sistema operacional Linux nos próximos 12 ou 24 meses.

- do ponto de vista regional, Ásia e Pacífico são as que mais adotam Linux: 73% dos entrevistados disseram que gostariam de aumentar a implantação de Linux no servidor e 70% nos desktops. Nas Américas, 66% dos entrevistados afirmaram que estão avaliando ou já decidiram ampliar a adoção de Linux no desktop e 67% no servidor.

- a crise econômica teve seu maior impacto nas Américas, nos serviços financeiros e governo. Mais de 62% dos entrevistados disseram que seus orçamentos sofreram cortes ou que estão apenas investindo no que é necessário.

“A crise tende a acelerar o uso de tecnologias emergentes, aumentar a adoção de soluções eficientes e punir soluções que não apresentam custo competitivo”, afirmou Al Gillen, vice-presidente de software e sistema do IDC. “Esta pesquisa confirma que usuários de Linux o enxergam favoravelmente, e essa percepção coloca o Linux em uma posição competitiva para emergir dessa recessão como uma solução mais fortalecida”.

A pesquisa foi realizada em fevereiro de 2009. Foram entrevistados mais de 300 profissionais de TI que supervisionam as compras de Linux e outros sistemas operacionais para saber suas opiniões. Para participar, as organizações deveriam ter mais de 100 funcionários. Dentre os participantes, 55% tinham Linux como sistema de servidor em uso, 39% Unix e 97% Windows. Os pesquisados tinham os cargos de CIOs, vice-presidentes, diretores, gerentes, funcionários e consultores de TI. Os entrevistados foram pré-avaliados por analistas locais e responderam a pesquisa pela internet.

Um white paper da IDC com o resumo dos resultados da pesquisa pode ser acessado em www.novell.com/idc

Banese elimina 2,4 milhões de spams por mês com ferramenta de bloqueio

Sergipe - Banco do Estado de Sergipe investiu 108 mil reais no projeto; equipe de suporte tinha dois chamados ao dia relacionado a e-mails antes da implementação.

Por Vinicius Cherobino, editor-assistente do COMPUTERWORLD

24 de março de 2009 - 11h02

Dois chamados diários para liberar e-mails legítimos que tinham sido bloqueados (os chamados falso-positivos) e diversos negócios atrasados - ou perdidos – por conta de mensagens eletrônicas não recebidas. Essa era a rotina do Banese (Banco do Estado de Sergipe) antes de adotar uma ferramenta de antispam.

Após investir mais de 108 mil reais para adquirir um novo sistema, o banco conseguiu resolver estes problemas. “As áreas de negócios sofriam muito com o stress de saber se o e-mail chegou ou não. Agora, isso acabou e conseguimos liberar o pessoal da equipe interna para atuar em projetos novos em tecnologia”, aponta Ícaro Rogerio Gomes Ramos, coordenador de projetos do Banco do Estado de Sergipe.

De acordo com o coordenador, o banco conseguiu eliminar a categoria “liberação de email” do suporte técnico, que conta com seis funcionários. Ele diz que o tempo das pessoas da equipe foi alocado como recursos de projetos de segurança da informação, substituição dos ativos de rede para mpls, entre outros. “Agora podemos mudar a empresa”, defende.

O banco fez projetos pilotos durante um ano e meio com três fornecedores diferentes para optar pela IronPort. “Foi a ferramenta de melhor custo/benefício”, resumiu. A nova ferramenta está operacional desde setembro de 2008.

quarta-feira, 25 de março de 2009

TI do Makro gerencia incidentes via framework do ITIL

segunda-feira, 23 de março de 2009, 19h10 - TI Inside

O Makro adotou um projeto de gerenciamento e identificação de incidentes e mudanças no seu ambiente de TI, estabelecendo quais exercem maior impacto no negócio da empresa para solucioná-los com prioridade. Conduzido pela Quint, o sistema funciona via framework do ITIL e foi desenhado como um plano de aperfeiçoamento da área de TI, previsto para implementação em três fases, em um período de dois anos.

Segundo Marco Antonio Ferreira de Souza, diretor de TI do Makro, a grande vantagem que o projeto oferece atualmente, ao fim da primeira fase, diz respeito à capacidade de identificação e tratamento diferenciado dos incidentes e mudanças no ambiente de TI. “As lojas passaram a ter suas solicitações mais rapidamente atendidas. Antes, até pela proximidade física do pessoal da TI com o escritório central, era comum um incidente de um usuário do escritório ser priorizado em detrimento de outro da loja. Hoje, com o estabelecimento do Catálogo de Serviços e a tabela de priorizações no sistema, isto já não ocorre. Claro que ambos precisam ser solucionados, mas aquele que impacta mais fortemente no negócio - em geral o que ocorre no piso da loja – será atendido em primeiro lugar”, explica o executivo.

O projeto está agora na segunda fase, que prevê a consolidação da primeira, mais o gerenciamento de problemas, liberações e configuração. A primeira fase lidou com a adaptação dos processos do Makro para o
gerenciamento de incidentes, mudanças, service desk, demanda e catálogo de serviços. “As responsabilidades agora são claramente conhecidas e é possível gerenciar a área de TI através destes processos, que são baseados em métricas e não apenas em impressões. Ainda teremos a fase 3, que deverá abranger as demais disciplinas do ITIL”, acrescenta Souza.

terça-feira, 17 de março de 2009

Consumidores ainda não se sentem seguros em comprar pela web, diz estudo

segunda-feira, 16 de março de 2009, 14h24 - TI Inside

As transações financeiras pela internet ainda não inspiram confiança nos consumidores. De acordo com uma pesquisa da F-Secure, fornecedora de software de segurança, realizada com usuários de internet em oito países, apenas 50% dos entrevistados se sentem seguros para realizar transações bancárias na rede mundial, e apenas 6% declararam ter confiança para fazer compras na web,

Contudo, o estudo revela, de forma até surpreendente, que os internautas têm mais segurança em realizar transações bancárias on-line do que usar o seu cartão de crédito para fazer compras na web. De todo modo, 31% de todos dos entrevistados disseram ainda estar incertos sobre a segurança nas transações bancárias on-line, como a realização de transferências fundo, etc.

Entre as principais ameaças citadas pelos internautas está o phishing, que pode ser confundido como uma mensagem enviada por um banco conhecido, devido à semelhança em seu formato, mas na verdade é uma fraude à procura de informações pessoais.

Na média, o estudo mostra que 54% disseram se sentir razoavelmente seguros de que não serão vítimas de um e-mail de phishing, enquanto que 27% não sabem se conseguem identificar ou não e-mails de phishing.

O estudo da F-Secure foi realizado em dezembro do ano passado, por uma empresa terceirizada, com 2.019 usuários da internet, entre 20 e 40 anos, nos Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Reino Unido, Itália, Índia e Hong Kong.

Qual é o destino das empresas de qualidade e teste de software?

São Paulo - Executivos e especialistas apontam o futuro do segmento. O mercado de TI está às vésperas de ver a formação de outro grande grupo brasileiro?

Por Vinicius Cherobino, editor-assistente do COMPUTERWORLD

17 de março de 2009 - 07h00

Dezenas de empresas com pouco menos de 100 funcionários espalhadas pelos maiores mercados do Brasil – como Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Grandes contas em finanças, operadoras e tecnologia, entre outras verticais. Taxas de crescimento de 30% a 50%, ano após ano, com receita de algumas dezenas de milhares de reais.

Este cenário poderia ser descrito tranquilamente para o segmento de ERP no Brasil antes da fusão que criou a Totvs em 2005. Poderia valer, também, para o setor de gestão de TI antes das fusões de sete empresas que criou a Virtus no início de 2008.

Trata-se, no entanto, do setor de qualidade e testes de software. Segundo o Gartner, este mercado vai atingir, no mundo, 13 bilhões de dólares em 2010. Ainda que não existam números consolidados no Brasil, uma coisa é certa: as dezenas de companhias seguem espalhadas e competindo umas com as outras. A consolidação é questão de tempo.

Para Pedro Bicudo, sócio da consultoria TGT, apenas as empresas de teste e qualidade de software com atuação forte no setor bancário podem formar um conglomerado - como aconteceu com os grupos Totvs e Virtus. “No segmento financeiro, as companhias possuem ferramentas e métodos mais parecidos, além de ter maior faturamento. Isso justificaria a criação de um conglomerado”, define.

No entanto, se as corporações tiverem atuação em verticais muito diferentes, Bicudo não acredita em união. O maior vilão é a especialização dessas companhias em determinados tipos de sistemas e linguagens de programação. “É difícil esperar que uma empresa conhecida por fazer testes em ambiente SAP tenha as condições, tanto em termos de software quanto de profissionais, para fazer o mesmo em Java”, justifica.

E, como essas companhias têm praticamente o mesmo tamanho, fica difícil imaginar aquisições sem apoio de capital de risco ou de financiamento de instituições como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O especialista aponta, contudo, que essa movimentação é em longo prazo, com os primeiros sinais devendo aparecer a partir de 2011. “O processo completo de consolidação nesse setor deve levar pelo menos mais cinco anos”, acredita.

Várias formas de consolidação
Para Pablo Cavalcanti, presidente da Inmetrics, especializada na venda de testes como serviço, a formação de um grupo é possível, mas diz que as discussões estão paradas. “As conversas arrefeceram após a crise”, relata. O executivo vê como desafio garantir que a Inmetrics compre e, não, seja adquirida.

Mauricio Costa e Silva, presidente da Eccox, especializada em testes para mainframes, vê outro cenário. Para ele, as grandes fábricas de software vão começar a comprar empresas do setor em, no máximo, dois anos. “Estamos na fase final para fechar parcerias com três fábricas de software para oferecer testes no desenvolvimento de sistemas”, informa, sem revelar o nome das empresas.

Apesar disso, o executivo garante que a Eccox vai continuar independente. “Estamos nos estruturando para atuar por meio de parcerias, não para sermos comprados. Vamos receber um aporte de private equity de 8 milhões de dólares para garantir essa estratégia”, revela.

Osmar Higashi, sócio-diretor da empresa de testes RSI, também não acredita em um grande grupo formado pelas companhias de teste de software. Para ele, grandes corporações comprando pequenas empresas deste setor é o cenário mais provável. “As grandes vão sair às compras em busca da tecnologia, clientes ou metodologia”, aponta.

Segundo ele, a negociação começaria como uma parceria entre as duas empresas para, a partir daí, se tornar uma compra oficial. Higashi ressalta, contudo, que as desenvolvedoras de software teriam de manter as marcas e as estruturas das empresas de testes separadas, para evitar que os clientes exigissem que um terceiro cuidasse da análise de qualidade. “É comum licitações em que o cliente exige que a codificação seja feita por uma companhia e o teste por outra. Por isso seria necessário manter estruturas separadas”, argumenta.

Independentemente dos rumos do segmento de teste e qualidade de software no Brasil, uma coisa é certa: o setor passa por um rápido processo de amadurecimento. Se, antes, era preciso evangelizar os desenvolvedores sobre a necessidade dos testes, hoje, esse conceito já é comum.

Ainda que esteja longe do ideal - o que seria a adoção de conceitos de qualidade durante o processo de construção do software - o setor aos poucos ganha espaço. “Os clientes são muito tolerantes com os erros em software, mas isso está mudando e rapidamente”, arremata Pedro Bicudo, da TGT Consulting.

Conheça detalhes das 10 tendências tecnológicas que devem dominar o mercado

São Paulo - Uma compilação das previsões feitas por diversos institutos de pesquisa mostra que virtualização, TI Verde e cloud computing dominarão as agendas dos CIOs em 2009

Por Fábio Barros, editor-executivo do COMPUTERWORLD

16 de março de 2009 - 07h00

Institutos de pesquisa como Gartner, IDC e TGT Consulting, iniciaram o ano afirmandoque muito da atenção dos CIOs ao longo de 2009 estará sobre conceitos relativamente novos, como virtualização, TI Verde e cloud computing, e sobre outros nem tanto, como sistemas especializados e arquitetura orientada a web.

O COMPUTERWORLD fez uma compilação das principais tendências apontadas por estes especialistas e constatou que, mesmo sendo globais, por aqui sua adoção seguirá características próprias, reforçadas pelo cenário de crise e de orçamentos apertados. Cássio Dreyfuss, vice-presidente do Gartner, lembra que já há algum tempo o Brasil vem demonstrando um perfil de adoção de novas tecnologias diferente de outros países.

“É diferente. Uma pesquisa nossa identificou que no Brasil começamos mais tarde, mas já de olho na evolução da tecnologia lá fora”, afirma. Isso significa que, por aqui, não existe a chamada fase de expectativa em relação aos resultados. Começamos mais tarde, mas com a certeza da obtenção de resultados. “Isso é importante porque os orçamentos aqui são menores, o que obriga os CIOs a terem uma visão mais estratégica. Não há tempo nem recursos para fazer experimentações”, alerta.

Se esta já seria por si só uma característica própria do mercado brasileiro, este ano ela deve se reforçar ainda mais. Para Dreyfuss, este será um ano de cuidados, e algumas das tecnologias destacadas pelas consultorias vão de encontro a isso. Veja a lista:

1 - Cloud computing
É o modelo caracterizado pela entrega, pelos fornecedores, de uma série de funcionalidades aos usuários. Suas principais características são: entrega no modelo de serviços; oferta de serviços em larga escala; uso da internet como canal; e desenvolvimento de entrega a usuários externos. Seus principais benefícios são custo, flexibilidade e escalabilidade, o que permite rápido crescimento, quando necessário.

Por quê?
Para Cássio Dreyfuss, está no radar dos CIOs porque leva à utilização de TI como serviço. “Toda tecnologia que dispense o a propriedade de hardware e software estará no foco este ano, especialmente para empresas com limitações orçamentárias”, explica.

Quem usa
Uma das primeiras grandes corporações brasileiras a apostar no conceito de computação em nuvem foi a incorporadora Gafisa. No ano passado, a companhia implementou a solução de CRM da Salesforce.com, o que foi considerado por Jim Steele, presidente de operações internacionais da companhia, como uma quebra de paradigma.

“A implementação levou apenas sete dias. Como a TI mudou do mainframe para a estrutura de cliente/servidor, a próxima evolução em tecnologia é deixar as licenças”, afirmou na época, sem revelar a quantidade de licenças adquiridas pela empresa.

2 - TI Verde
O tema já estava na lista das preocupações das empresas em 2008, e deve ganhar força este ano por conta de fatores como redução de custos e conformidade. No primeiro caso, a adoção de produtos e abordagens mais eficientes pode permitir o uso de mais equipamentos com o mesmo consumo de energia elétrica, ou a redução deste item nos orçamentos. Por outro lado, vários governos do mundo vêm adotando regulamentações a respeito, o que pode levar várias empresas a considerar planos alternativos para a construção de seus data centers, por exemplo. Há ainda um terceiro fator, que é a formação da imagem de empresa sustentável, característica que começa a ser levada em consideração pelos consumidores.

Por quê?
Pedro Bicudo, sócio-diretor da TGT Consulting, não tem ilusões em relação a adoção de práticas de TI Verde por parte das empresas. “O conceito ganhou novo fôlego com a crise. As empresas têm a necessidade de economizar energia e recursos, e por isso a busca por estratégias verdes será bastante forte neste início de ano”, afirma. Já Dreyfuss reconhece que há um potencial de ganhos aí, mas não sabe se estes compensam o que deve ser investido para sua obtenção. “Por outro lado, as empresas que dependem de uma imagem positiva estão investindo porque a opinião pública considera isso importante”, defende

Quem usa
Um exemplo de que a pressão pela adoção de iniciativas ‘verdes’ pode vir de fora para dentro foi dado no ano passado pela Universidade de São Paulo (USP) com a criação de um 'selo verde' para a compra de PCs, que vai exigir dos fornecedores que seus produtos passem a ser livres de chumbo, totalmente recicláveis e econômicos no consumo de energia.

A iniciativa foi instituída em uma licitação concluída em setembro para compra de cerca de 2 mil máquinas. Segundo Tereza Cristina Carvalho, diretora do Centro de Computação Eletrônica da universidade, o objetivo é tornar a certificação obrigatória para qualquer fornecedor que queira participar de uma licitação da instituição. O problema, segundo a diretora, está na falta de empresas com essa capacidade.

“Nós ainda não podemos incluir essa exigência no edital. Não encontramos três fornecedores que poderiam se adequar”, explica a professora. Na USP, as licitações devem conter, no mínimo, três empresas, caso contrário, a compra pode ser impugnada, causando prejuízos à instituição. A saída foi fazer um edital “esverdeado”. Não havia a exigência, mas sim a recomendação de entregar as máquinas completamente livres de chumbo, com todos os componentes recicláveis e com baixo consumo de energia.

Quem venceu a licitação foi a Itautec. “Começamos o processo (de tornar as máquinas ecologicamente corretas) há sete anos. Nossa fábrica foi toda modificada”, justifica Cláudio Vita Filho, vice-presidente da fabricante.

Tereza conta ainda que a universidade, em parceria com a própria Itautec, pretende criar um centro de descarte e reciclagem de máquinas. No momento, a iniciativa está na fase de estudos sobre viabilidade financeira. “Recentemente, fizemos um levantamento só de bens que não fazem parte do patrimônio, como mouses, e juntamos 5 toneladas de lixo”, conta a professora. Ao todo, a USP tem hoje cerca de 40 mil computadores, 15 mil impressoras e 8 mil equipamentos de rede.

3 - Virtualização
Grande parte das discussões em torno do tema envolve a virtualização de servidores, mas o crescimento de ambientes virtualizados de storage e outros equipamentos (como desktops) vem crescendo rapidamente. Na área de armazenamento, a virtualização elimina a duplicidade de dados gravados em vários discos, o que reduz o custo de armazenamento. O mesmo vale para PCs e sistemas operacionais, mas, neste caso, a previsão é que menos de 40% das empresas estarão utilizando desktops virtualizados até 2010.

Por quê?
Mais uma vez, volta-se para uma tecnologia que permite a entrega de TI como serviço. Bicudo reconhece que falou-se mais do que se realizou projetos de virtualização ao longo de 2008, mas acredita que isso aconteceu porque as empresa tiveram que dar foco aos projetos de expansão. “Com a chegada da crise, a virtualização, assim como a TI Verde, ganha muita importância no planejamento de projetos do mercado corporativo”, afirma.

Quem usa
Com 18 unidades espalhadas em todo o País, a Cobra Rolamentos iniciou no ano passado o processo de virtualização de seus desktops e migração para thin clients com o objetivo de simplificar o processo de manutenção das máquinas. Antes da adoção desta tecnologia, as máquinas com problemas eram enviadas para a matriz em São Paulo para serem reparadas, já que as filiais não possuem suporte. “Só o tempo gasto com o transporte chegava a quatro dias e muitas vezes as unidades ficavam sem computador, porque nem sempre compensa ter um de reserva”, explica Diogo Sturaro, analista de TI da empresa.

O executivo conta que, em média, quatro estações por mês passavam por algum tipo de conserto na matriz. A distribuidora adquiriu 22 terminais Wyse para São Paulo e Guarulhos (SP) e irá trocando aos poucos os computadores das demais unidades. Entre os benefícios, Sturaro destaca a facilidade de realizar o upgrade dos programas apenas no servidor, pois o processamento dos terminais não é local.

Além disso, os terminais suportam programas pesados, como software de vendas e o cliente do R/3 da SAP que roda na Cobra, sem perdas de processamento ou velocidade, explica o executivo. A área de trabalho mais limpa e espaçosa, já que agora não há mais CPUs para serem armazenadas são outra vantagem dos thin clients.

4 - Colaboração
O conceito é amplo, mas quando falam nele, os analistas estão se referindo mais especificamente ao uso de softwares e redes sociais. A previsão é que, a partir de 2009, as organizações começarão a considerar a integração de dimensões sociais aos seus tradicionais sites ou aplicativos. Mais que isso, deverão adotar plataformas sociais internamente para aumentar a capacidade de engajamento e participação de sua força de trabalho.

Por quê?
“As redes sociais vão crescer acompanhando um fenômeno social importante que é a cada vez maior disponibilidade da internet. Além da queda nos preços de hardware e do acesso, o governo vem tomando ações neste sentido. Elas vão crescer porque o acesso vai crescer”, defende Dreyfuss. Para Bicudo, o conjunto formado por blogs, wikis e redes sociais forma um pacote que, mais uma vez, atende à necessidade de redução de custo das empresas. “Tudo isso vai suprir restrições de viagens e a necessidade de continuidade de projetos. Já começamos a ver coisas assim em 2008 e isso deve se acelerar este ano”, diz.

Quem usa
O fortalecimento da internet 2.0 e as possibilidades de divulgação geradas pelas redes sociais e colaborativas motivaram a Tecnisa a criar uma nova função no organograma da área de marketing - o gerente de redes sociais, cargo ocupado por Roberto Loureiro. Sua função é vasculhar redes colaborativas e sociais para identificar dúvidas de clientes e analisar opiniões.

Um exemplo: desde setembro, a Tecnisa usa o sistema de micro-blog para enviar notícias para seus seguidores sempre que lança um empreendimento. “Nossos seguidores estão interessados em lançamentos e oportunidades na área da construção civil e acompanhar as estratégias web empregadas pela Tecnisa. O Twitter permite uma comunicação rápida para um público que consentiu receber informações sobre a empresa. Outra vantagem é que conseguimos enviar links do Flicker e do Youtube, aumentando as possibilidades de diálogo com quem desejar mais informações sobre o produto que estamos promovendo”, informa Loureiro.

Desde que lançou um site focado em e-commerce, há sete anos, a construtora vem ampliando os resultados online. Em 2007, por exemplo, o site originou a venda de 327 unidades; em 2008, foram 530 unidades, até novembro. Dados da companhia mostram que 94% dos clientes visitaram o site antes de fechar a compra de uma unidade. Blog, Site, Yahoo Respostas, Flicker, Youtube e Twitter já fazem parte do universo onde a Tecnisa marca presença. Além disso, a empresa monitora constantemente as redes sociais, como Orkut e Myspace, e atualmente está criando sua estratégia de atuação no Facebook.

5 – Novas arquiteturas
A previsão é de que a internet deve alinhar-se definitivamente ao conceito de SOA (arquitetura orientada a serviços). Não por acaso, a web vem crescendo como o exemplo mais bem acabado de ambiente orientado a serviço quando se fala em agilidade, interoperabilidade e escalabilidade. Está claro que o uso de modelos centrados na web na vai atender a todas as necessidades do mercado corporativo, mas sua evolução vai permitir que sejam utilizados em uma série de aplicativos nos próximos cinco anos.

Por quê?
Dreyfuss é direto ao falar sobre novas arquiteturas: “tudo o que se fizer daqui para frente será feito sobre a web, que hoje é o canal de tecnologia por excelência”. De todo modo, Bicudo acredita que as empresas ainda estão se preparando para trabalhar com isso. “É algo que vai provocar uma mudança razoável em TI, principalmente na área de administração de arquitetura”, diz.

Quem usa
Desde 2007 a operadora de turismo CVC vem apostando na plataforma SOA. Naquele ano, a companhia investiu 1,2 milhão de reais na migração de seu sistema de gestão. O objetivo: simplificar a estrutura de TI para que as operações financeiras funcionassem melhor e padronizar os sistemas na plataforma Oracle, ganhando tempo de desenvolvimento e integração em uma mesma interface.

Na época ocorreu a implementação do Oracle Business Suíte para 72 usuários internos encarregados de tarefas como cadastro de faturas, controle fiscal e de pagamentos, entre outras tarefas. Além da área financeira, o projeto de modernização da infra-estrutura de tecnologia incluiu também a área de segurança da informação. Com cerca de 2,5 mil usuários internos dos sistemas de informação, a operadora não tinha até então nenhuma padronização para senhas ou logins, algo que o executivo classifica como nada fácil de se administrar.

Para facilitar esse trabalho, a CVC Turismo decidiu implantar também, em novembro do ano passado, a IDM Suite, solução de gestão de identidade da Oracle. O passo seguinte foi a estruturação dos portais de relacionamento com seus cerca de 7 mil agentes de viagem com base na arquitetura orientada a serviços (SOA), também em banco de dados Oracle, e viabilizar o pagamento online aos parceiros de negócios.

6 – Comunicações unificadas
O Gartner acredita que, nos próximos cinco anos, o número de fornecedores de comunicações com os quais as empresas lidam atualmente deve cair pelo menos 50%. Esta mudança deve-se ao crescimento da capacidade de convivência entre servidores de aplicativos e aplicativos de comunicação, que cada vez mais compartilham servidores e sistemas operacionais. Isso vai causar uma consolidação massiva da indústria de comunicações e vai exigir cuidados das empresas usuárias.

Por quê?
Bicudo afirma que os CIOs devem estar atentos à expansão da conectividade e à ampliação das possibilidades de redução de custo geradas a partir da adoção de comunicações unificadas. “Sem dúvida é uma área que deve evoluir bastante, também acompanhando o crescimento do acesso a internet”, concorda Dreyfuss.

Quem usa
A Terex Latin America, fabricante de equipamentos para construção, possui 17 mil colaboradores em sua sede em Westport (EUA) e em suas unidades espalhadas no resto do mundo. A presença global exigiu a criação de mecanismos que facilitassem o fluxo de comunicação, integrando o escritório local com as filiais internacionais. Para isso, a companhia optou pela implementação de um projeto que envolveu a tecnologia de vídeo conferência e roteadores.

O projeto, desenvolvido pela IPconnection, envolveu a instalação da solução de videoconferência Tandberg 1700 MXP, roteadores da Cisco Systems e outros softwares de administração dos equipamentos, para a filial de Barueri. Hoje, a empresa pode reunir até 14 pessoas ao mesmo tempo em uma sessão de videoconferência, além de poder contar com a apresentação de vídeos e conteúdos que estejam em qualquer computador de usuários que estejam conectados à rede MPLS (MultiProtocol Label Switching). A companhia pretende expandir o projeto para a fábrica no Rio Grande do Sul e para as unidades da Índia, China e outros países da Europa Oriental.

7 – Business Intelligence
A adoção de aplicativos de BI estava no topo das listas de prioridades para os CIOs em 2008 e permanece na lista em 2009 por conta do potencial de geração de impactos positivos nos negócios. Bem utilizadas, estas ferramentas podem ampliar o desempenho das empresas usuárias. Mais que isso, aumentam dramaticamente a capacidade de tomar decisões rápidas em todos os níveis da organização, das estratégias corporativas aos processos operacionais.

Por quê?
O BI continua na lista, mas de acordo com Cássio Dreyfuss, ele passa por uma mudança significativa nas empresas usuárias, uma vez que não se trata mais de adotar uma ferramenta que vai complementar o sistema de gestão de fornecer informações sobre a própria empresa. “As companhias brasileiras começam a olhar para fora e perceber que podem reagir a partir do ponto de vista dos seus clientes e isso aumenta o potencial de gastos com estas ferramentas, porque aqui ainda não fizemos os investimentos que as companhias lá de fora já fizeram” diz.

Quem usa
Unificar a plataforma para informações referentes às auditorias externas de mercado, agilizar a tomada de decisões estratégicas e possibilitar a toda companhia a utilização da mesma solução para suportar o processo de análise de desempenho do negócio. Estas eram as principais necessidades da Sanofi-aventis, uma das maiores empresas farmacêuticas do mercado brasileiro, ao iniciar a implantação da solução de BI da Cognos.

O projeto, coordenado pela Softtek, aconteceu em duas etapas. A primeira foi para identificação de requerimentos, com o objetivo de entender e documentar as solicitações dos usuários, possibilitar melhor visibilidade do esforço e risco do projeto, identificar da primeira área a ser desenvolvida visando garantir resultados rápidos e sinergia entre os assuntos e garantir a entrega dos produtos rapidamente.

Já a segunda fase do projeto, realizada de agosto de 2007 a outubro de 2008, incluiu o refinamento dos levantamentos anteriores e desenvolvimento. Dando continuidade, várias ferramentas foram instaladas no desenvolvimento do projeto: Análise Studio, para relatórios e consultas na base de dados; Report Studio, para relatórios de alta complexidade; Query Report, para consultas AD-HOC; Cubos PowerPlay, para relatórios dinâmicos e Data Manager, ferramenta de ETL.

8 – Servidores
Parecia um tema já consolidado, mas a evolução dos processos de virtualização provocaram uma nova onda evolutiva nestes equipamentos (os blades são um exemplo). Esta evolução vai simplificar itens como o provisionamento da capacidade de atender necessidades de crescimento. A simplificação permite que as empresas mapeiem recursos distintos, como memória. Eles também simplificam o inventário de sistemas.

Por quê?
Na prática, a utilização de servidores mais simples permite a redução de gastos. Por exemplo, em caso de aumento de capacidade, elimina a necessidade de pagar por vários recursos novos, mas apenas por aqueles que realmente necessitam ser atualizados. “O resultado é uma maior utilização, sem a perda de recursos que poderiam estar com a configuração errada”, ressalta Dreyfuss.

Quem usa
A Grendene percebeu que havia acertado em optar pela virtualização de seus servidores quando, antes de terminado o projeto de consolidação, surgiram quatro novas iniciativas que exigiriam novos servidores. Os treze servidores estavam obsoletos e trabalhando no gargalo quando a equipe de infra-estrutura de TI resolveu que era hora de investir. Como a empresa já tinha uma solução de storage da HP, a parceria com a fabricante pareceu vantajosa. A solução de virtualização da VMware foi incluída no pacote.

Giancarlo Fontoura, diretor de infra-estrutura de TI, optou, então, por não só adquirir o hardware, mas também o apoio de consultoria e treinamento. Os servidores foram substituídos por apenas quatro servidores blade que rodam treze máquinas virtuais, mais quatro destinadas aos projetos de caráter urgente que apareceram no meio do caminho. Com tudo isso, segundo Fontoura, o projeto com virtualização ficou cerca de 30% mais barato do que aquele orçado sem essa ferramenta.

Além da flexibilidade para agir diante de uma mudança de escopo, a área de infra-estrutura de TI ainda se comprometeu a recuperar qualquer servidor em, no máximo, quinze minutos. O TCO (Total Cost of Ownership) e os custos de demanda e de suporte à infra-estrutura diminuíram já que foi reduzida por mais da metade o número de máquinas físicas. Além disso, o aproveitamento de CPU e memória é, de acordo com o executivo, muito melhor hoje. O número de transações por minuto passou de 400 mil para 800 mil com os novos equipamentos e a virtualização.

9 – Software como serviço
Outro tema que ocupou muitas das discussões do setor ao longo de 2008, mas que não chegou a apresentar grandes níveis de adoção. De todo modo, a possibilidade de ‘alugar’ um aplicativo e pagar por utilização, ou por usuário, torna-se ainda mais atraente no momento em que empresas de diversos tamanhos discutem como reduzir custos sem perder eficiência.

Por quê?
“O modelo de software como serviço deixa de ser algo novo e chega à maturidade em 2009”, prevê Bicudo. Isso acontece em função de dois fatores distintos: a evolução natural do modelo, que há alguns anos vem ganhando forma no mercado; e o impulso dado pela crise econômica, que deve fazer com que as empresas acelerem o processo de adoção do modelo.

Quem usa
A construtora OAS anunciou em 2008 a implantação do sistema de gestão empresarial da Mega Sistemas disponibilizado como serviço pela CorpFlex. Seguindo o modelo SaaS (Software as a Service), o software fica hospedado no data center do fornecedor, que se responsabiliza pelo gerenciamento do software e de toda infra-estrutura necessária de manutenção do ambiente de data center.

Uma das mais importantes vantagens desse projeto para Marcelo Vitório, gerente de TI da OAS, foi o curto prazo de implementação. “Em quatro meses conseguimos instalar o sistema de gestão e fazer a hospedagem no data center”, conta. “O modelo de negócio viabilizou a implementação. Se tivéssemos que comprar o ERP, teríamos que fazer alto investimento e levaria muito mais tempo a sua implantação”, aponta Vitório. Ele ainda destaca que, em apenas dois meses do uso do software, o número de usuários passou de 10 para 25.

10 – Outsourcing
Atrelada à promessa de consolidação da proposta de entrega de TI como serviço está o fortalecimento do conceito de terceirização. O modelo surge como alternativa às empresas que estejam cortando custos, necessitando ampliar suas estruturas ou, ainda, iniciar sua operação.

Por quê?
O uso da terceirização dá aos gestores de TI a possibilidade gastos operacionais relacionados à manutenção de sistemas e equipamentos, sem a perda das funcionalidades relacionadas. Ganha força com a crise que, segundo Bicudo, “provocou diversos ajustes nas prioridades dos CIOs para 2009”.

Quem usa
TI Verde é um conceito que envolve iniciativas em várias frentes. Em 2008, ao adotar o conceito de terceirização de impressão, a Nutrin Sistemas de Alimentação Ltda., investiu em um deles. Com o outsourcing, a companhia conseguiu diminuir o número de cópias de 50 mil para 34 mil por mês, reduzindo custos de impressão, cópias e papel.

“Tivemos uma média de 35% de economia”, comemora Odair Alves de Arruda Junior, gerente de tecnologia da informação da empresa. O contrato prevê uma franquia de 40 mil cópias mensais, feitas em três multifuncionais Lexmark X646e. A economia de custos se traduz na redução de folhas impressas (30%), diminuição de impressões perdidas (80%), redução da quantidade de cópias (30%), além da eliminação de equipamentos.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Netbooks nas empresas: Esta estratégia faz sentido?

Para empresas com trabalho em campo, a resposta é sim. Para outros tipos de usuários corporativos, a resposta não está tão clara assim.

Por InfoWorld/EUA

02 de março de 2009 - 08h04

Quando os principais nomes da indústria de tecnologia - Intel, Arm, Microsoft, Linux, Acer, HP, Dell, Sony e vários outros - passam a apontar para os netbooks como a próxima grande revolução, a InfoWorld decidiu ver as possibilidades do dispositivo no ambiente empresarial.

Antes de decidir se a área de tecnologia da informação (TI) deve adotar netbooks, é preciso responder duas questões críticas.

Primeiro, os netbooks podem ser melhores do que outros dispositivos que você já têm? E, segundo, a TI deve analisar como os dispositivos móveis serão usados pelos funcionários quando em campo. Ele se encaixa na estratégia geral da TI? Ele adiciona ou subtrai o custo total de propriedade?

Em seu início, as configurações dos netbooks estavam entre 512MB de RAM e 2GB a 4GB de armazenamento em flash. Além disso, eles contavam com processadores menos poderosos que limitavam a quantidade e variedade de aplicações que poderiam rodar. Eles também tendem a ter uma tela e teclado pequenos. E rodam Linux.

Para o colunista do Computerworld, EUA, Mike Elgan, os netbooks vão ter o preço reduzido sensivelmente por conta dos subsídios das operadoras de telecom.

Hoje, os netbooks estão menores do que uma folha de papel e tem grossura de uma polegada (2,54 cm) e pesam até 6 quilos conforme a bateria (que pode ser de três, quatro ou seis células). Muitos deles possuem um processador Atom de 1.6GHz com HD de 160MB e 1GB de memória RAM com tela de 8 a 12 polegadas. Eles vem com Linux ou Windows XP e, quando for lançado, o Windows 7. Os custos variam de 1 mil reais a 1,5 mil reais conforme a configuração.

Boa opção: netbook para uso em campo
Netbooks são perfeitos para operações de campo - transporte e logística, manutenção e reparos, pesquisas e até cuidados médicos - graças ao tamanho diminuto e baixo preço, além da facilidade de se criar aplicações próprias sem custo adicional, já que eles usam sistemas operacionais tradicionais (ao contrário dos handhelds).

"Bom o suficiente para usar e barato o suficiente para perdê-lo" era o que o pessoal de TI dizia sobre o RadioShack TRS- 80, também conhecido como Trash 80, na década de 80 e apontado como o primeiro “netbook”. O mesmo pode ser dito sobre a maioria dos netbooks. Seja o aparelho foi perdido ou roubado, faz mais sentido para a empresa substituir o aparelho do que ter um fornecedor que entregue peças 24 horas por dia.

O tamanho menor tem outras vantagens, defende Ryan Meyer, dono de uma empresa de manutenção de PCs nos EUA. Seus funcionários agradecem por trazer todas as informações que precisam em suas mãos quando estão agachados atrás de uma cabine de servidor procurando números de serial. "A longa bateria também ajuda," diz Meyer.

Talvez a maior vantagem esteja nos sistemas operacionais padrão em vez das versões proprietárias usadas em vários handhelds, defende Eric Openshaw, analista na Deloitte: "Eles são mais fáceis de manter, atualizar e personalizar."

Familiaridade com Windows ou Linux significa uma curva de aprendizado mais curta para os usuários e para TI. Mais, a padronização do hardware e do SO se traduz em custos menores para desenvolvimento e menos tempo de trabalho na TI, seja feito pelo pessoal interno ou terceirizado.

Além isso, é mais fácil para os desenvolvedores garantir o suporte aos netbooks, o que deve facilitar a sua entrada nas empresas, defende Openshaw.

Se você comparar isso com os pré-requisitos dos handhelds, aponta Ron Purdhomme, vice-presidente da consultoria de telecom inCode, vê que é exigido muito tempo de codificação além de middleware para rodar um aparelho Motorola com Symbol (comum em várias empresas) ou com Windows Mobile.

Netbook como uma ferramenta básica de produtividade
Existe outra área em que os netbooks podem ganhar espaço nas empresas: como uma solução para os funcionários que não trabalham pesado com planilhas ou documentos complexos, usando apenas parte da suíte Office da Microsoft e que passam a maior parte do tempo em e-mail e aplicações web.

Eles ainda têm, no entanto, dificuldades para suportar grandes aplicações como Microsoft Office, mas conforme o Google e outros continuarem a adicionar aplicações de produtividade na nuvem, a barreira do desempenho pode desapareer – imaginando que as aplicações em cloud podem mesmo desafiar o Office.

Mesmo se as suítes na nuvem não substituírem o Office, várias alternativas aos produtos da Microsoft vão funcionar bem para os funcionários médios.

Netbooks vai matar os notebook?
Os laptops serão substituídos pelos netbook? Existem várias razões para acreditar que isso é improvável.

A maior vantagem deles para o trabalho de campo - o tamanho pequeno - significa que os usuários não podem fazer muito com ele além de preencher formulários, receber um pedido, ver estoque ou checar um e-mail.

Esta é a visão da Microsoft. "Um netbook é para consumo, não criação," disse James DeBragga, gerente de marketing de Windows na empresa. Edição simples de documentos podem ser feitas com tranquilidade, mas DeBragga acredita que você não vai trabalhar em uma planilha complexa a partir de um netbook.

Se você é como o usuário médio que usa de 5 a 10 janelas abertas simultaneamente, você vai achar difícil navegar por entre estas aplicações e realizar tarefas de negócios.

E não apenas a tela é pequena, mas o teclado também e isso vai dificultar a digitação para a maioria dos usuários. Do ponto de vista de uso ergonômico, os netbooks não são confortáveis para utilização durante um longo período de tempo e não são pequenos os suficientes para serem colocados no bolso, disse Ken Dulaney, analista do Gartner.

Mesmo se conectado a um teclado e monitor para melhor ergonomia, a limitada capacidade de processamento e de armazenamento de um netbook segue inalterada, o que restringe as tarefas básicas de produtividade.

Quem vive na estrada pode gostar da idéia de um aparelho leve para viagens rápidas, mas existe o custo adicional e o trabalho para manter dois dispositivos para estes funcionários. Qual é o sentido de um empregado carregar um netbook para navegar pela web e para e-mail se ele ainda possui um notebook completo? Neste contexto, o netbooks deixa de ser um “peso pena” para ser um peso extra.

Netbooks tem valor – e uma vantagem escondida
Apesar das suas limitações, está claro que os netbooks são interessantes para vários tipos de trabalho de campo, assim como para funcionários que vivem viajando como pessoal de vendas que não têm demanda por outro tipo de software.

E os netbooks vão trazer outra vantagem para as empresas, defende Dulaney, do Gartner: Eles estão pressionando para baixo os preços dos laptops. Se os notebooks ficarem mais baratos e, talvez, um pouco menores, as companhias vão economizar.