sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
Computação em nuvem: 10 tendências para 2010
Queda nos preços, melhoria no desempenho e monitoramento mais detalhado são alguns dos caminhos para o cloud computing no próximo ano.
Por IDG News Service
31 de dezembro de 2009 - 08h00
A computação em nuvem (cloud computing) começa a ganhar mais espaço no ambiente corporativo, especialmente nas áreas de desenvolvimento, aplicativos menos críticos e serviços. Mas os fornecedores dessa modalidade ainda estão tentando fortalecer a imagem de que a nuvem representa um item essencial aos negócios.
Entre as iniciativas recentes dos fornecedores está o trabalho para criar padrões e melhorar a segurança, bem como adotar preços baseados no uso do software e não no custo por usuário.
Para 2010, há uma tendência de mais empresas aderirem ao cloud computing. E a Computerworld preparou uma lista do que os fornecedores tendem a fazer no próximo ano.
Queda dos preços da nuvem
A Amazon EC2 cortou seus preços em 15% no mês de novembro e uma plataforma pequena baseada em Linux caiu de 10 centavos de dólar para 8,5 centavos de dólar por hora. No mesmo mês, o Google cortou os preços do seu serviço de hospedagem de fotos Picasa: de 20 dólares anuais para 5 dólares anuais.
Os aplicativos baseados na nuvem estão tomando uma rota similar. O pacote de produtividade online para negócios da Microsoft, que inclui as versões SaaS do Exchange, teve uma queda no seu preço mensal por usuário: de 15 dólares para 10 dólares. O Google Apps Premier Edition continua liderando os preços, com o valor de 50 dólares anuais.
O preço da nuvem está caindo tanto que chega a ser “ridículo”, brincou o chefe executivo da consultora de web Roundarch Inc, Jeff Maling. “Eles estão abaixando muito o preço para ganhar volume na plataforma”, afirmou Maling.
Transição para modelos de preço mais simples
Conforme os provedores criam mais opções e serviços, a complexidade dos preços aumenta. A Amazon, por exemplo, tem uma calculadora para estimar o custo das transferências de banda larga, balanços de carga e IP elástico.
Em 2010, devemos ver uma proliferação dos modelos “pague pelo consumo”, nos quais um usuário faz um contrato por um determinado número de horas, que inclui vários serviços, segundo o presidente sênior da consultoria de serviços de Tecnologia da Informação (TI) CSS Corp, Ahmar Abbas.
Vendedores de aplicativos corporativos vão abraçar as medições
Isso pode ser difícil de alcançar em 2010, porque será difícil para os vendedores de aplicações migrarem do licenciamento previsível e modelos tradicionais de receita - como preços por usuário – para medição. Mas os preços nesse novo modelo, baseado no uso, ajudará companhias como a Accelera Solutions, que oferece um desktop virtual hospedado via nuvem.
A companhia combina uma variação de ferramentas de software que usam esquemas diferentes de licenciamento e cobra um valor de 25 dólares mensais pelo pacote básico, de acordo com o presidente da empresa, Joe Brown. Ele acredita que os vendedores vão se adaptar.
“Todos eles reconhecem que a nuvem vai gerar negócios”, disse Brown. Analistas da indústria, que estão otimistas sobre a ideia da medição, acreditam que esse modelo integra melhorias na tecnologia para monitoramento de uso, algo que pode chegar ao mercado no próximo ano. Mas, por enquanto, os provedores de nuvem são, em alguns casos, forçados a negociar acordos personalizados.
Provedores de nuvem oferecerão cada vez mais acordos corporativos
Os SLAs (acordos de nível de serviço) de 99,9% e 100%, oferecidos pelos fornecedores de nuvem, são apenas uma questão marketing. Essas garantias não significam que um fornecedor é capaz de supris as necessidades críticas das empresas.
O chefe técnico da empresa de monitoramento de desempenho Lexington, Imad Mouline, diz que o que os consumidores querem se saber é se os provedores podem, por exemplo, distribuir conteúdos tão rápido na Costa Leste quanto na Costa Oeste, além de outras características como a qualidade das conexões de rede e as propostas para aumentar a capacidade dos servidores.
Os gestores de TI vão querer acordos de serviço (SLAs, sigla em inglês) que os permitam dormir tranquilamente de noite, afirmou Mouline. “Caso contrário, a nuvem continuará sendo usada apenas para testes de aplicativos e desenvolvimento.”
Novas tecnologias vão melhorar o uso e o desempenho da nuvem
A produtora de melhorias para tecnologia de redes sem fio Riverbed Technology está trabalhando os serviços principais em seus dispositivos de hardware, com um sistema virtual para uso na nuvem.
A empresa planeja lançar esse produto em 2010. Como tendência, os terceiros vão aumentar seu foco em adaptar as tecnologias de data centers a ambientes de nuvem, incluindo ferramentas para ajudar a reduzir o custo do “on-boarding” ou movimento de aplicações para a nuvem.
Fornecedores de nuvem vão cuidar das questões de segurança
Em março, várias companhias, incluindo fornecedores e usuários da nuvem, formaram a Cloud Security Alliance para criar um consenso sobre a questão da segurança. “Segurança é o inibidor número um da aceitação da plataforma”, afirmou o vice presidente da Novell Justin Steinman.
Há, por exemplo, várias questões de legislação e tecnologia a serem tratadas. Se um prestador de serviços de pagamento realiza operações em uma nuvem de terceiros e há um vazamento de dados confidenciais do consumidor, quem é o responsável? E quem é o dono dos dados? E quem processa quem?
Steinman diz que essas questões estão sendo resolvidas, em parte, por meio de SLAs rígidos, com “punições drásticas” para os fornecedores caso algo dê errado. Os usuários podem esperar tecnologias que permitirão aos fornecedores atender a diferentes necessidades de segurança dos consumidores. Também pode haver um empurrão para mudanças regulatórias em torno das contas de serviços de nuvem.
O monitoramento do desempenho será onipresente
Serviços de nuvem são, em sua maior parte, oferecidos ao usuário final e se um dos grandes fornecedores tiver um problema em seu data center, ele será imediatamente percebido.
Os fornecedores de nuvem estão sob crescente pressão para divulgar todos os relatórios sobre a suas falhas e há um controle quase constante de um número aparentemente crescente de terceiros com cartões de pontuação e relatórios de glitch comparativos. Não se surpreenda se você ligar a TV de manhã e ver não apenas notícias sobre o tráfego e clima, mas também sobre o desempenho dos serviços de nuvem.
Padrões abertos para o avanço da computação em nuvem
Aqui está a pergunta: Será que os clientes serão capazes de se mover facilmente entre as nuvens? A resposta depende do quão rápido os fornecedores e os consumidores chegarão a acordos padronizados. “Para que a computação em nuvem pegue de verdade, ela tem que ser aberta”, afirmou o administrador geral de nuvem da Rackspace US, Emil Sayegh. OS fornecedores terão de permitir o movimento entre as nuvens e interoperabilidade, além da recuperação de desastre entre as nuvens, segundo Sayegh. “Não acreditamos em manter as pessoas reféns.”
A política - e não a TI - conduzirá as decisões
As escolhas do modelo de nuvem serão cada vez mais feitas de acordo com as políticas corporativas, e não pelos administradores de TI. A decisão em outubro da cidade de Los Angeles de aprovar um acordo de cinco anos com o Google Apps, pelo valor de 7,25 bilhões de dólares, é um grande negócio.
A negociação envolveu o presidente e o conselho da cidade em um debate público sobre os serviços a nuvem. Os serviços baseados em nuvem têm desmistificado as operações de computação e, cada vez mais, oficiais eleitos (e executivos de negócios) vão perguntar aos gestores de TI sobre a nuvem.
A nuvem vai descentralizar as tomadas de decisões de TI
Uma das primeiras ações significativas do CIO do Presidente Barack Obama, Vivek Kundra, foi criar uma loja de aplicativos federais que permite aos funcionários do governo norte-americano a encomenda de serviços e ferramentas sem que seja necessário um processo de aprovação por meio do setor de TI para cada ação. A loja virtual ainda está sendo trabalhada. A possibilidade de encomendar armazenamento em nuvem e hospedagem web ainda está por vir, mas o objetivo está determinado. Os esforços federais, no entanto, é um dos sinais mais visíveis de uma tendência mais ampla. Depois de uma movimentação em torno da centralização de recursos de TI e da consolidação de data centers, as unidades de negócios podem ter um pouco mais de independência para tirar os subtrair os serviços de TI por meio dos fornecedores.
Por IDG News Service
31 de dezembro de 2009 - 08h00
A computação em nuvem (cloud computing) começa a ganhar mais espaço no ambiente corporativo, especialmente nas áreas de desenvolvimento, aplicativos menos críticos e serviços. Mas os fornecedores dessa modalidade ainda estão tentando fortalecer a imagem de que a nuvem representa um item essencial aos negócios.
Entre as iniciativas recentes dos fornecedores está o trabalho para criar padrões e melhorar a segurança, bem como adotar preços baseados no uso do software e não no custo por usuário.
Para 2010, há uma tendência de mais empresas aderirem ao cloud computing. E a Computerworld preparou uma lista do que os fornecedores tendem a fazer no próximo ano.
Queda dos preços da nuvem
A Amazon EC2 cortou seus preços em 15% no mês de novembro e uma plataforma pequena baseada em Linux caiu de 10 centavos de dólar para 8,5 centavos de dólar por hora. No mesmo mês, o Google cortou os preços do seu serviço de hospedagem de fotos Picasa: de 20 dólares anuais para 5 dólares anuais.
Os aplicativos baseados na nuvem estão tomando uma rota similar. O pacote de produtividade online para negócios da Microsoft, que inclui as versões SaaS do Exchange, teve uma queda no seu preço mensal por usuário: de 15 dólares para 10 dólares. O Google Apps Premier Edition continua liderando os preços, com o valor de 50 dólares anuais.
O preço da nuvem está caindo tanto que chega a ser “ridículo”, brincou o chefe executivo da consultora de web Roundarch Inc, Jeff Maling. “Eles estão abaixando muito o preço para ganhar volume na plataforma”, afirmou Maling.
Transição para modelos de preço mais simples
Conforme os provedores criam mais opções e serviços, a complexidade dos preços aumenta. A Amazon, por exemplo, tem uma calculadora para estimar o custo das transferências de banda larga, balanços de carga e IP elástico.
Em 2010, devemos ver uma proliferação dos modelos “pague pelo consumo”, nos quais um usuário faz um contrato por um determinado número de horas, que inclui vários serviços, segundo o presidente sênior da consultoria de serviços de Tecnologia da Informação (TI) CSS Corp, Ahmar Abbas.
Vendedores de aplicativos corporativos vão abraçar as medições
Isso pode ser difícil de alcançar em 2010, porque será difícil para os vendedores de aplicações migrarem do licenciamento previsível e modelos tradicionais de receita - como preços por usuário – para medição. Mas os preços nesse novo modelo, baseado no uso, ajudará companhias como a Accelera Solutions, que oferece um desktop virtual hospedado via nuvem.
A companhia combina uma variação de ferramentas de software que usam esquemas diferentes de licenciamento e cobra um valor de 25 dólares mensais pelo pacote básico, de acordo com o presidente da empresa, Joe Brown. Ele acredita que os vendedores vão se adaptar.
“Todos eles reconhecem que a nuvem vai gerar negócios”, disse Brown. Analistas da indústria, que estão otimistas sobre a ideia da medição, acreditam que esse modelo integra melhorias na tecnologia para monitoramento de uso, algo que pode chegar ao mercado no próximo ano. Mas, por enquanto, os provedores de nuvem são, em alguns casos, forçados a negociar acordos personalizados.
Provedores de nuvem oferecerão cada vez mais acordos corporativos
Os SLAs (acordos de nível de serviço) de 99,9% e 100%, oferecidos pelos fornecedores de nuvem, são apenas uma questão marketing. Essas garantias não significam que um fornecedor é capaz de supris as necessidades críticas das empresas.
O chefe técnico da empresa de monitoramento de desempenho Lexington, Imad Mouline, diz que o que os consumidores querem se saber é se os provedores podem, por exemplo, distribuir conteúdos tão rápido na Costa Leste quanto na Costa Oeste, além de outras características como a qualidade das conexões de rede e as propostas para aumentar a capacidade dos servidores.
Os gestores de TI vão querer acordos de serviço (SLAs, sigla em inglês) que os permitam dormir tranquilamente de noite, afirmou Mouline. “Caso contrário, a nuvem continuará sendo usada apenas para testes de aplicativos e desenvolvimento.”
Novas tecnologias vão melhorar o uso e o desempenho da nuvem
A produtora de melhorias para tecnologia de redes sem fio Riverbed Technology está trabalhando os serviços principais em seus dispositivos de hardware, com um sistema virtual para uso na nuvem.
A empresa planeja lançar esse produto em 2010. Como tendência, os terceiros vão aumentar seu foco em adaptar as tecnologias de data centers a ambientes de nuvem, incluindo ferramentas para ajudar a reduzir o custo do “on-boarding” ou movimento de aplicações para a nuvem.
Fornecedores de nuvem vão cuidar das questões de segurança
Em março, várias companhias, incluindo fornecedores e usuários da nuvem, formaram a Cloud Security Alliance para criar um consenso sobre a questão da segurança. “Segurança é o inibidor número um da aceitação da plataforma”, afirmou o vice presidente da Novell Justin Steinman.
Há, por exemplo, várias questões de legislação e tecnologia a serem tratadas. Se um prestador de serviços de pagamento realiza operações em uma nuvem de terceiros e há um vazamento de dados confidenciais do consumidor, quem é o responsável? E quem é o dono dos dados? E quem processa quem?
Steinman diz que essas questões estão sendo resolvidas, em parte, por meio de SLAs rígidos, com “punições drásticas” para os fornecedores caso algo dê errado. Os usuários podem esperar tecnologias que permitirão aos fornecedores atender a diferentes necessidades de segurança dos consumidores. Também pode haver um empurrão para mudanças regulatórias em torno das contas de serviços de nuvem.
O monitoramento do desempenho será onipresente
Serviços de nuvem são, em sua maior parte, oferecidos ao usuário final e se um dos grandes fornecedores tiver um problema em seu data center, ele será imediatamente percebido.
Os fornecedores de nuvem estão sob crescente pressão para divulgar todos os relatórios sobre a suas falhas e há um controle quase constante de um número aparentemente crescente de terceiros com cartões de pontuação e relatórios de glitch comparativos. Não se surpreenda se você ligar a TV de manhã e ver não apenas notícias sobre o tráfego e clima, mas também sobre o desempenho dos serviços de nuvem.
Padrões abertos para o avanço da computação em nuvem
Aqui está a pergunta: Será que os clientes serão capazes de se mover facilmente entre as nuvens? A resposta depende do quão rápido os fornecedores e os consumidores chegarão a acordos padronizados. “Para que a computação em nuvem pegue de verdade, ela tem que ser aberta”, afirmou o administrador geral de nuvem da Rackspace US, Emil Sayegh. OS fornecedores terão de permitir o movimento entre as nuvens e interoperabilidade, além da recuperação de desastre entre as nuvens, segundo Sayegh. “Não acreditamos em manter as pessoas reféns.”
A política - e não a TI - conduzirá as decisões
As escolhas do modelo de nuvem serão cada vez mais feitas de acordo com as políticas corporativas, e não pelos administradores de TI. A decisão em outubro da cidade de Los Angeles de aprovar um acordo de cinco anos com o Google Apps, pelo valor de 7,25 bilhões de dólares, é um grande negócio.
A negociação envolveu o presidente e o conselho da cidade em um debate público sobre os serviços a nuvem. Os serviços baseados em nuvem têm desmistificado as operações de computação e, cada vez mais, oficiais eleitos (e executivos de negócios) vão perguntar aos gestores de TI sobre a nuvem.
A nuvem vai descentralizar as tomadas de decisões de TI
Uma das primeiras ações significativas do CIO do Presidente Barack Obama, Vivek Kundra, foi criar uma loja de aplicativos federais que permite aos funcionários do governo norte-americano a encomenda de serviços e ferramentas sem que seja necessário um processo de aprovação por meio do setor de TI para cada ação. A loja virtual ainda está sendo trabalhada. A possibilidade de encomendar armazenamento em nuvem e hospedagem web ainda está por vir, mas o objetivo está determinado. Os esforços federais, no entanto, é um dos sinais mais visíveis de uma tendência mais ampla. Depois de uma movimentação em torno da centralização de recursos de TI e da consolidação de data centers, as unidades de negócios podem ter um pouco mais de independência para tirar os subtrair os serviços de TI por meio dos fornecedores.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário