segunda-feira, 6 de abril de 2009

Seis perspectivas a se considerar antes de adotar SOA

São Paulo - Para Kleber Bacili, diretor de tecnologia da Sensedia, empresas precisam entender desafios, benefícios e como medir resultados antes de adotar a arquitetura.

Por Fábio Barros, editor-executivo do COMPUTERWORLD

25 de março de 2009 - 15h10

O atual cenário econômico pressiona as empresas a reduzir custos e inovar nas soluções implementadas para enfrentar a crise. O investimento em SOA pode ser colocado em dúvida devido à pressão para a redução de custos e a comum dificuldade em se quantificar o retorno. Agora, mais do que nunca, as empresas estão focadas em maximizar o retorno de cada real investido. Para isso, antes de responder a pergunta: “SOA ainda é viável nesse cenário?”, é fundamental entender os desafios e benefícios que a abordagem SOA entrega e como medir resultados para justificar o investimento.

De acordo com Kleber Bacili diretor de tecnologia da Sensedia, uma boa maneira de responder a pergunta acima é entender o que empresas que tenham passado por esse processo e especialistas do ramo pensam sobre o impacto das iniciativas SOA no atual cenário econômico. Para isso, há seis perspectivas que devem ser levadas em conta:

1. Três boas práticas essenciais - primeiro: use SOA para minimizar o futuro custo de mudanças em uma ou duas áreas críticas. Segundo: crie um pequeno grupo, um “Centro de Excelência SOA” para liderar esses projetos, desenvolver os conhecimentos necessários e educar todos os envolvidos. terceiro: faça com que esse centro colabore com as áreas de negócio para aprender quais são os problemas mais adequados para resolver.

2. Como provar a importância de SOA – a arquitetura facilita processos e diminui redundâncias no desenvolvimento e integração das aplicações, possibilitando às empresas continuar operando e talvez até expandir suas operações, sem aumentar o quadro de funcionários para desenvolver novos serviços ou mantê-los.

3. Pense em longo prazo - SOA é uma metodologia de TI de longo prazo e não deve ser suscetível a flutuações econômicas de curto prazo. As empresas que reconhecem SOA como uma estratégia fundamental, continuarão investindo nessa iniciativa e serão mais competitivas.

4. Destaque o Retorno do Investimento (ROI) - dar visibilidade aos sistemas legados por meio de interfaces ou extrair processos e serviços em domínios existentes, possibilita a mudança de processos sem custos elevados e com respostas rápidas. Fazendo isso, o número e tipos de projetos de alto valor agregado se tornam óbvios.

5. Plug-and-play SOA - para provar seu valor durante uma recessão, SOA terá que se tornar plug-and-play no coração do serviço de cada área de negócios: integração, BPM, governança etc.

6. SOA é necessária em tempos difíceis - todos querem o orçamento de TI alavancando projetos, em vez de reinventando, reintegrando e reconstruindo a roda. Quanto mais madura a iniciativa, menor a energia a ser gasta.

“Como o conceito de governança ainda é muito vago para as empresas, isso faz com que muitas o negligenciem e tenham sérias dificuldades com a abordagem SOA. Muitas organizações, quando pensam em SOA e governança, imaginam grandes investimentos em software e serviços de consultoria e, muitas vezes, desconhecem o retorno do investimento”, afirma Bacili.

Mas o executivo afirma que é neste momento que a arquitetura se prova viável. “Um dos aspectos mais importantes da arquitetura é justamente a possibilidade de estruturar uma abordagem incremental, na qual a empresa possa distribuir os investimentos ao longo do tempo: priorizar as ações que possam trazer resultados mais rapidamente, fazer o acompanhamento detalhado e dar passos consistentes em direção aos níveis mais altos de maturidade”, diz.

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