terça-feira, 30 de março de 2010
Marítima Seguros centraliza contratos e reduz custos em 25%
Seguradora assina acordo de outsourcing de TI com a Tivit. Contrato inclui serviços de data center, service desk e gerenciamento da rede de telecomunicações da empresa, além de site de disaster recovery.
Por Fabiana Monte, para a Computerworld
30 de março de 2010 - 07h05
A Marítima Seguros assinou contrato de outsourcing de TI com a Tivit, com duração de seis anos. O valor do negócio não foi revelado, mas, com a parceria, toda a infraestrutura tecnológica da seguradora será gerenciada pela prestadora de serviços. O acordo inclui serviço de data center, service desk e gerenciamento da rede de telecomunicações para os 51 escritórios da companhia, explica o diretor-adjunto de TI da Marítima, Marcelo Bartilotti.
"Houve preocupação em reduzir o número de fornecedores, porque, se você fragmenta em fornecedores distintos, o gerenciamento fica complicado. Consolidamos serviços de data center; suporte local e remoto; e gestão da rede de dados com a Tivit", diz o executivo. Ao concentrar todos os serviços em um único fornecedor, a companhia obteve redução de custos da ordem de 25%, estima Bartilotti, ressaltando, no entanto, que este não foi o aspecto preponderante para a decisão.
A seguradora precisava evoluir processos e controles de gestão para suportar o crescimento previsto. Era necessário aumentar o nível de governança corporativa da companhia que, em julho de 2009, teve 50% de suas ações compradas pelo 3º maior grupo de seguros do Japão, Sompo Japan, por 328,5 milhões de reais. "O cliente tinha muito clara sua estratégia e conseguiu orientar a TI em linha com os negócios", comenta o vice-presidente de terceirização de infraestrutura de TI da Tivit, Carlos Eduardo Mazon. "Estamos usando ferramentas de gerenciamento de processos, o que causou um impacto muito grande em relação a práticas de governança", acrescenta Bartilotti.
Um relatório do conselho de administração da Marítima datado de agosto do ano passado indica que a companhia pretendia investir 21 milhões de reais em seu plano estratégico, valor 30% superior ao verificado em 2008. De acordo com o texto, as ações de crescimento exigiriam "predominantemente investimentos em processos, sistemas de computação e tecnologia".
Os recursos aplicados pela empresa no primeiro semestre do ano passado superaram os 10,1 milhões de reais, indica o documento, e foram usados em diversas iniciativas, entre elas "redução de custos operacionais, atualização tecnológica e adequação da capacidade de processamento da infraestrutura para suportar o crescimento da empresa; destacando-se os projetos de migração para a plataforma de rede e correio eletrônico da Microsoft, aquisição de servidores e migração para o datacenter da Tivit, em sintonia com o Plano de Continuidade de Negócios (PCN)".
Centralização levou quatro meses
Após a assinatura do contrato com a Tivit, em janeiro de 2009, o processo de centralização da gestão e de migração de três fornecedores levou quatro meses, com a realização de diversas ações simultâneas, como migração de servidores e dados da Marítima para o data center da Tivit, implantação de catálogo de serviços e de service desk, por exemplo.
Ao migrar servidores e dados, a Marítima optou também por consolidar servidores em ambiente virtual, usando a solução da VMware. Com a iniciativa, a empresa passou de 113 servidores físicos para 90 máquinas físicas e 50 virtuais. A virtualização também levou à atualização de alguns ambientes da seguradora, gerando melhorias de performance, pois os antigos sistemas estavam no limite.
"Sistemas de Business Intelligence e autuários - segmento forte em seguradoras - foram bastante beneficiados, com ganhos de performance e estabilidade", exemplifica Bartilotti. O ERP da empresa, bem como sistemas de emissão de apólices, também estão rodando no ambiente virtual.
O próximo passo será a criação de um site de disaster recovery para a Marítima Seguros, que deverá estar funcionando no segundo semestre, como parte do projeto de gestão de riscos da companhia. De acordo com Bartilotti, haverá dois data centers equivalentes, com alta disponibilidade - o de produção em São Paulo e o de disaster recovery no Rio de Janeiro. "Temos alguns sistemas para algum tipo de contingência hoje, mas não é para toda a companhia. Com o site de backup implantado, no caso de qualquer incidente a gente restabelece a operação rapidamente", prevê.
Entre as aplicações hoje cobertas, Bartilotti aponta as da área financeira e de saúde, consideradas críticas para a operação da companhia. A autorização de um atendimento de saúde, por exemplo, pode ser feita no ambiente de contingência, bem como o recebimento de propostas de seguro. Mas a emissão de uma apólice, cujo prazo de legal é de até 15 dias, ficaria indisponível, conta o executivo. "Outras aplicações têm tempo de recuperação que depende da implementação do backup".
A Marítima utiliza dois tipos de ambientes - em plataforma alta e baixa. No caso de mainframe, a solução é contratada como serviço da Tivit, já os ativos de plataforma baixa são um mix de equipamentos da seguradora e contratados da fornecedora.
A seguradora se relaciona com mais de 1 milhão de clientes, entre empresas e pessoas físicas, de seus produtos de saúde, automóvel, vida e riscos especiais (residencial, condomínio, empresarial). O data center da empresa armazena 22 terabytes de informação. Antes da consolidação do data center, eram 13 TB.
Por Fabiana Monte, para a Computerworld
30 de março de 2010 - 07h05
A Marítima Seguros assinou contrato de outsourcing de TI com a Tivit, com duração de seis anos. O valor do negócio não foi revelado, mas, com a parceria, toda a infraestrutura tecnológica da seguradora será gerenciada pela prestadora de serviços. O acordo inclui serviço de data center, service desk e gerenciamento da rede de telecomunicações para os 51 escritórios da companhia, explica o diretor-adjunto de TI da Marítima, Marcelo Bartilotti.
"Houve preocupação em reduzir o número de fornecedores, porque, se você fragmenta em fornecedores distintos, o gerenciamento fica complicado. Consolidamos serviços de data center; suporte local e remoto; e gestão da rede de dados com a Tivit", diz o executivo. Ao concentrar todos os serviços em um único fornecedor, a companhia obteve redução de custos da ordem de 25%, estima Bartilotti, ressaltando, no entanto, que este não foi o aspecto preponderante para a decisão.
A seguradora precisava evoluir processos e controles de gestão para suportar o crescimento previsto. Era necessário aumentar o nível de governança corporativa da companhia que, em julho de 2009, teve 50% de suas ações compradas pelo 3º maior grupo de seguros do Japão, Sompo Japan, por 328,5 milhões de reais. "O cliente tinha muito clara sua estratégia e conseguiu orientar a TI em linha com os negócios", comenta o vice-presidente de terceirização de infraestrutura de TI da Tivit, Carlos Eduardo Mazon. "Estamos usando ferramentas de gerenciamento de processos, o que causou um impacto muito grande em relação a práticas de governança", acrescenta Bartilotti.
Um relatório do conselho de administração da Marítima datado de agosto do ano passado indica que a companhia pretendia investir 21 milhões de reais em seu plano estratégico, valor 30% superior ao verificado em 2008. De acordo com o texto, as ações de crescimento exigiriam "predominantemente investimentos em processos, sistemas de computação e tecnologia".
Os recursos aplicados pela empresa no primeiro semestre do ano passado superaram os 10,1 milhões de reais, indica o documento, e foram usados em diversas iniciativas, entre elas "redução de custos operacionais, atualização tecnológica e adequação da capacidade de processamento da infraestrutura para suportar o crescimento da empresa; destacando-se os projetos de migração para a plataforma de rede e correio eletrônico da Microsoft, aquisição de servidores e migração para o datacenter da Tivit, em sintonia com o Plano de Continuidade de Negócios (PCN)".
Centralização levou quatro meses
Após a assinatura do contrato com a Tivit, em janeiro de 2009, o processo de centralização da gestão e de migração de três fornecedores levou quatro meses, com a realização de diversas ações simultâneas, como migração de servidores e dados da Marítima para o data center da Tivit, implantação de catálogo de serviços e de service desk, por exemplo.
Ao migrar servidores e dados, a Marítima optou também por consolidar servidores em ambiente virtual, usando a solução da VMware. Com a iniciativa, a empresa passou de 113 servidores físicos para 90 máquinas físicas e 50 virtuais. A virtualização também levou à atualização de alguns ambientes da seguradora, gerando melhorias de performance, pois os antigos sistemas estavam no limite.
"Sistemas de Business Intelligence e autuários - segmento forte em seguradoras - foram bastante beneficiados, com ganhos de performance e estabilidade", exemplifica Bartilotti. O ERP da empresa, bem como sistemas de emissão de apólices, também estão rodando no ambiente virtual.
O próximo passo será a criação de um site de disaster recovery para a Marítima Seguros, que deverá estar funcionando no segundo semestre, como parte do projeto de gestão de riscos da companhia. De acordo com Bartilotti, haverá dois data centers equivalentes, com alta disponibilidade - o de produção em São Paulo e o de disaster recovery no Rio de Janeiro. "Temos alguns sistemas para algum tipo de contingência hoje, mas não é para toda a companhia. Com o site de backup implantado, no caso de qualquer incidente a gente restabelece a operação rapidamente", prevê.
Entre as aplicações hoje cobertas, Bartilotti aponta as da área financeira e de saúde, consideradas críticas para a operação da companhia. A autorização de um atendimento de saúde, por exemplo, pode ser feita no ambiente de contingência, bem como o recebimento de propostas de seguro. Mas a emissão de uma apólice, cujo prazo de legal é de até 15 dias, ficaria indisponível, conta o executivo. "Outras aplicações têm tempo de recuperação que depende da implementação do backup".
A Marítima utiliza dois tipos de ambientes - em plataforma alta e baixa. No caso de mainframe, a solução é contratada como serviço da Tivit, já os ativos de plataforma baixa são um mix de equipamentos da seguradora e contratados da fornecedora.
A seguradora se relaciona com mais de 1 milhão de clientes, entre empresas e pessoas físicas, de seus produtos de saúde, automóvel, vida e riscos especiais (residencial, condomínio, empresarial). O data center da empresa armazena 22 terabytes de informação. Antes da consolidação do data center, eram 13 TB.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário